
Foto de Ivone Ralha
O AUTOR A UM AMIGO QUE LHE DISSERA
NÃO SER ELE CAPAZ DE CITAR
MAIS DO QUE TRÊS THOMAS
NA VIDA CULTURAL ANGLO-SAXÓNICA
Thomas Moore
Dylan Thomas
Thomas Stearns Eliot
John Thomas (1)
Thomas Gainsborough
Por quem me tomas?
(1) cf., D. H. Lawrence
Rui Knopfli
10 comentários:
O melhor é o último.
É uma pena RK ser tão pouco conhecido!
E morreu o Sebastião Belo, indigente. A. Quadros não acabou assim também?
Ricardo, a preferência é sua.
Carlos, o RK é conhecido. O Sebastião Alba terá morrido indigente. Penso não ter sido o caso do A. Quadros.
Agradeço os vossos comentários.
Abraço.
Rui Knopfli foi diplomata ao serviço de Portugal,depois do 25 de Abril. António Quadros, um dos maiores poetas do séc.XX, era nobre e arquitecto, tendo dado aulas em Viseu na Faculdade, do pólo local da Universidade Católica do Porto, nos anos 80. Era muito amigo e compunha letras para o Zéca Afonso,fazendo parte dos inner-circles do criador do Grândola Vila Morena, ante-câmaras do poder alternativo de grande qualidade,luxo e erotismo. O poema e o prefácio de Jorge de Sena às Quibíricas de A.Quadros tem mesmo muita importância histórica e cultural. FAR
Tomas 1 Kopo
Julgo não ser mau...
O Prefácio é maravilhoso.
É que ouvi , em tempos, que A.Quadros tinha sido encontrado cadáver numa rua de Viseu, resultado de alccolismo marcado
( talvez autodestruição, talvez desilusão).
E RK, penso quase nada produziu nos anos que esteve em Londres.
Rui Knopfli foi 22 anos adido de Imprensa na Embaixada de Portugal em Londres(1975/1997), morrendo nesse ano. Não sei aonde está sepultado. Conheci o Vergílio de Lemos em Paris nos anos 70, mas nunca falámos da extraordinária geração de poetas de Moçambique, não sei porquê.Bebiamos uns copos e faziamos crónicas na RFI. Eu tinha ido de novo para Paris, roido de saudades por uma alemã de Bochum,Rhur,que parecia a BB quando tinha 25 anos. Oh corpos divinos- leiam Sena - " como não amam/ os que de amar/ o amor de amar amar/ o amor não amam... ". FAR
FAR:
Não convivi mas ouvi muitas vezes o A.Quadros. Lembro-me de frases espantosas que me ficaram na memória:
- Por favor não façam mais estátuas.Só esculturas;
- Faça-me perguntas longas, para eu lhe dar respostas curtas;
- No meio de uma grande algazarra de intelectuais disse: Também já estive em Paris!
Conhecer Paris, que é um conjunto de aldeias, sempre dá balanço para descobrir Addis-Abehba ou Khartoum. Pelo prodigioso apuramento dos sentidos e a capacidade de aceitar a diferença. Em 15 anos de Paris, já se sabia o mês em que chegavam as escandinavas e qual o modus-operandi de comprar as últimas edições ou roupa de marca nos circutos paralelos.Tudo depende da idade e da mentalidade de cada um. Nunca fui snob nem pretensioso como o meu ex-amigo-de-peito Manuel maria Carrilho. Ciao e bom vento!.FAR
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