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sábado, 19 de julho de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O princípio de uma grande amizade

A SUPER-ENCENAÇÃO EM TORNO DA "INDEPENDENTE" BARONESA está a sofrer sérios danos nas últimas semanas. Analistas e psicanalistas tentam desmontar o meccano estrutural da venda da sua imagem política e social. As sondagens apresentam-se muito embrulhadas e mistificadas. E as grandes apostas do Blogue centram-se na continuação da Guerra dos Anónimos e no bombardeamento do FAR, por forma a pagar os múltiplos apoios angariados e satisfazer os traidores que já se colaram ao seu staff nuclear.
No Observer de Londres, José Fernando e Mimi falam-nos disso tudo num artigo de boa qualidade. Segundo eles, fundamentalmente, a baronesa é a candidata dos fortíssimos grupos lobbistas que operam na capital, a ponta-de-lança dos neo-capitalistas mais empertigados e a refém das teorias mais sinistras do Espesso, seita ligada aos meios trágicos do cristianismo radical extremista, racista e xenófobo.
Subliminarmente, os terríveis fantasmas da Cientologia podem manobrar na sombra também. O cocktail é alucinante, dramático e sinistro: um verdadeiro filme de terror, onde as gafes das ratazanas do esgoto e das galinhas desdentadas parecem deslizes de adolescente mimado e infeliz. Ao invés, a baronesa construiu uma "máquina" eleitoral extrema: a nata dos capitalistas financeiros, o suprassumo dos grandes lobbistas juntos com o magma dos cristãos extremistas.
O staff dos conselheiros políticos da "baronesa" é altamente revelador: o mais importante conselheiro de política internacional é Armandinho do Pico, uma das individualidades mais sinistras ligadas ao Comité para a Libertação dos Anónimos. Outros neo-conservadores integrados no inner circle da estratégia da Baronesa são, nada mais nada menos do que FAR-FAR-AWAY, o famigerado antigo representante da Pastelaria nas Nações Unidas, o Barão de Bobone, editor da bíblia dos conservadores de todos os bordos, L'Emmerdeur, representado em Portugal pela revista Índico, o polígrafo extremista Cimbalino Revol da Silva, que quer ressuscitar o neo-colonialismo anglo-saxónico, e a assustadora Clarinha Simplesmente, ex-directora da Casa Miguel Reis e adepta consagrada do bombardeamento do FAR.
O que se conclui daqui: falta de princípios básicos de amizade e boa convivência, carradas de bosta de raiva, de inominável má-fé e erros. Quem redigiu as pretensas emendas aos textos do FAR, das duas uma: ou não sabe ler ou foi toldado pela mais cega e insuportável das vinganças possíveis. Ou, talvez, com o desejo de armar ao pingarelho para inglês-ver e enganar o parceiro sobre os seus dotes. Claro.
Os filhos de Hitler e Goebbels e Estaline vão ser todos processados.

FAR2

As cuecas são todas iguais mas umas são mais iguais do que outras

Um par de cuecas que pertenceram à Rainha Vitória de Inglaterra vão ser leiloadas no dia 30 de Julho, informou a BBC. «Têm o monograma VR, (Victoria Regina), pelo que sabemos que eram dela. Tendo em conta a proveniência e o pedigree, são uma peça muito excitante», disse à BBC Charles Hanson, da leiloeira. As cuecas estavam na posse da família de uma antiga dama-de-companhia da Rainha. Espera-se que o leilão da peça ultrapasse os 630 euros.

sexta-feira, 21 de março de 2008

5 anos

Perco demasiado do meu tempo a ler blogues de direita. É um exercício quase cristão,de sofrimento por tanta falta de racionalidade junta.
Quando li estes posts, não tive remédio senão rir-me. Afinal, esta gente diz que o perigo era Saddam, que o mundo corria perigo. O mundo hoje, dizem eles, corre menos perigos. Morreram 150 a 600 mil pessoas, mas isso são danos colaterais que não devem ser muito importantes. Mais, dizem que agora é fácil - com os números na mão - refilar. Claro, só o Professor Karamba é que advinhava que numa guerra morre muita gente. Pelos vistos, Paulo Tunhas não o conseguiria fazer: "Hoje, com tantos cadáveres às costas, e vários erros trágicos evitáveis, é da praxe dizer que não."
É, de facto, perder tempo. Porque esta gente finge-se mais estúpida do que é (e, em alguns casos, é uma proeza extraordinária). Esta gente sabe muito bem que estas guerras têm um interesse económico claro e só a defendem porque isso favorece este sistema que as beneficia. O resto é conversa.
Mas fica uma lembrança e um aviso: o nosso país é invasor do Iraque. O nosso governo patrocinou a chacina que ainda lá corre. Ora, se o meu país fosse invadido (mesmo com este cretino no governo) e me matassem a família, acho perfeitamente lícito responder. Aliás, a resistência francesa foi isso: resistiu-se a um país invasor. Portanto, se um dia um destes atrasados mentais estiver a andar de metro e explodir uma bomba, tenham a bondade de não perguntar "Porquê?". É a consequência de uma guerra que aprovaram.
Podem agora chamar-me nomes e exultar com a extrema esquerda e com a sua violência. Violentos são vocês, seus filhos de uma grande puta (Ai, tão malcriado que ele é! Vão-se foder, seus cabrões! Mais vale ser filho da puta e aprovar que uma guerra onde há gente a morrer do que dizer "filho da puta"?).
Há gente que morre pelo sistema que vocês defendem, há guerras para sustentar o santificado mercado. Isto é responsabilidade vossa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Richard Rorty: "Todas as coisas têm agora que ser feitas de novo"

Do grande filósofo anti-sistema, o mais europeu dos norte-americanos, recentemente falecido, um ponto de ordem radical para nos fazer pensar (e viver...) de outra maneira.

"As figuras que estou a usar como paradigmas da teorização ironista - o Hegel da Fenomenologia, o Nietzsche de O Crepúsculo dos Ídolos e o Heidegger da Carta sobre o Humanismo - têm em comum a ideia de que há algo (a história, o homem ocidental, a metafísica - algo de suficientemente vasto para ter um destino) que esgotou as suas possibilidades. Assim, todas as coisas têm agora que ser feitas de novo. Não estão apenas interessados em fazer-se de novo a eles próprios. Pretendem também fazer de novo essa coisa grandiosa: a sua própria autonomia será uma excrescência dessa novidade mais vasta. Pretendem o sublime e o inefável e não apenas o belo e o novo - pretendem algo de incomensurável com o passado, não apenas o passado recapturado através da redisposição e da redescrição. Pretendem não apenas a beleza visível e relativa da redisposição, mas sim a sublimidade inefável e absoluta do Totalmente Diferente: querem a Revolução Total ".

In Richard Rorty, Contingência, Ironia e Solidariedade, Editorial Presença, Lisboa


FAR