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domingo, 13 de julho de 2008

sexta-feira, 13 de julho de 2007

À espera da notícia


Da série "Jornalistas em serviço". Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

quinta-feira, 12 de julho de 2007

À espera que a estrela acorde


Da série "Jornalista em serviço". Cimeira do G8.Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sala de controlo


Da série "Jornalistas em seviço". Atenção ao écran. Para cada rosto na TV há uma sala de controlo da qualidade. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

terça-feira, 10 de julho de 2007

Tanta lente para um só homem


Da série "Jornalistas em serviço". Cimeira do G8. Heiligendamm. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Tudo a postos para a emissão ao vivo

.
Da série "Jornalistas em serviço". Tempo de respirar fundo. Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

domingo, 8 de julho de 2007

Por cima é melhor


Fotógrafo tenta o melhor ângulo. Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

sábado, 7 de julho de 2007

Vem aí a porrada








Da série"Jornalistas em serviço". Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha











Foto de Jota Esse Erre

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A entrevistar o ZZ Top?


Da série "Jornalistas em serviço". Entre reportagens tempo de basófia. Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Entre câmaras


Da série "Jornalistas em serviço". Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Puta de máquina que não funciona


Da série "Jornalistas em serviço". Conferência de imprensa de Durão Barroso. Cimeira do G8. Heiligendamm. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

terça-feira, 3 de julho de 2007

À procura de ângulo


Da série "Jornalistas em serviço". Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

segunda-feira, 2 de julho de 2007

It´s show time


Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

domingo, 1 de julho de 2007

sábado, 30 de junho de 2007

Onde está o palhaço?


Manifestantes anti-G8. Khulungborg. Alemanha

Foto Jota Esse Erre

quinta-feira, 28 de junho de 2007

À espera dos turistas


Cimeira do G8. Khulungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

terça-feira, 26 de junho de 2007

Beleza germânica


Cimeira do G8. Khuhungborg. Alemanha

Foto de Jota Esse Erre

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Do Reino da Dinamarca

Olá,

Já deixei o local da conferência dos Oito Governadores que como vocês se devem ter apercebido foi um sucesso. Toda a malta comeu e bebeu bem, toda a malta foi à praia e os globalizados antiglobalização andaram à porrada com a polícia pelo que não houve nada de anormal. Houve também um comunicado final a dizer que sim e tal e coisa e o aquecimento global e uma promessa de mais 60 mil milhões de dólares para África. Nada de anormal portanto.
A malta das organizações missionárias que estão sempre presentes a estas conferências e que hoje em dia são conhecidas por ONGs disse como era de esperar que a massa não chega e ficaram particularmente chateadas porque os oito governadores não disseram quando é que vão gastar essa massa. Ficaram todos de certo modo embaraçados quando numa conferência de imprensa alguém lhes perguntou o que é que tinham a dizer sobre o facto dos Estados Unidos e a Grã-Bretanha serem os países que mais cumpriram as promessas feitas há dois anos atrás e o que é acham do facto do burro do George Bush ser aquele que mais massa dá a África. Eu pensava que iam responder “porque é burro” mas, ena pai parecia que tinham engolido um sapo. Mais chateados ficaram quando o jornalista, com um ar e pronúncia do continente asiático, perguntou o que é que achavam do facto dos 60 mil milhões agora prometidos 30 mil milhões virem dos Estados Unidos. Eu pensei mais uma vez que iam responder “porque ao contrário dos italianos que nos últimos dois anos não deram um tostão do que prometeram o George Bush é burro” mas não. Disseram que é tudo uma “cortina de fumo para esconder o facto de que não estão a cumprir anteriores promessas” e coisa e tal. Um dos activistas missionários disse que “o povo rugiu e os g 8 ganiram”. A malta dos jornais gramou à brava e eu tenho que admitir que dá um bom título.
No último dia foi outra vez a conferência de imprensa do Sarko e desta vez fiquei porque o dito cujo pregou uma finta ao pessoal de informação. Chegou mais cedo vejam lá! É bom sinal. O Chirac fazia ponto em chegar atrasado o que me irritava sempre e eu mais irritado ficava quando ele começava a dizer bacoradas sobre a importância da França no mundo que como vocês sabem está muito rapidamente a caminhar para o zero. Ou como dizia um alemão no local da conferência dos 8 Governadores: zilch que eu creio que significa nada ou pelo menos soa a isso.
Nesse último dia fui dar uma volta pela vedação construída em redor do local da conferência e fiquei impressionado. Tenho que voz dizer que os alemães continuam a ser os melhores em construir vedações para impedir pessoas de passear se de um lado para o outro. Desta vez como a maior parte dos polícias eram da antiga Alemanha do proletariado foi só recordar como a coisa era feita e aplicá-la em pequena escala. Ao contrário do que aconteceu há dois anos na Escócia nenhum globalizado antiglobalização conseguiu furar a rede patrulhada ao seu longo por carros e policias a cavalo e helicópteros sempre no ar. O Honeckker teria ficado orgulhoso. Eu cá achei que nos pontos de entrada da vedação deveriam ter posto sinais como “check point Charlie. You are now leaving the free world. You are now entering 8 Governors in Wonderland” e depois deixar entrar todos os globalizados antiglobalização e fechar a cancela.
Nesse último dia houve um incidente que ia acabando em sangue. Uns fotógrafos bifes queriam dar porrada (ou como eles diziam “fuck up”) a cinco globalizados antiglobalização que resolveram outra vez dar um ar da sua graça bloqueando a linha de caminhos-de-ferro que ligava o local da conferência ao centro de imprensa/copos e salsichas Aconteceu que o comboio estava cheio de jornalistas todos muito apressados porque era o fim do dia e tinham ainda que ir escrever o que tinham dito os oito Governadores antes de ir para os copos.
Quando o comboio parou e fomos informados que tínhamos que esperar pela chegada da polícia uns fotógrafos bifes perguntaram: mas quanto são eles? “Five”, respondeu a germânica dos caminhos-de-ferro. Os bifes olharam uns para os outros e disseram :”Let’s fuck tem up”. A mulher dos caminhos de ferro só dizia “nein nein” e “ I call die polizei”. Ao que uns eslavos entoaram em coro: “Yes lets fuck them up”.. Mesmo uns franceses presentes com fato e gravata começaram a gritar que os globalizados antiglobalização são “des cons” e a sugerir aos ingleses fotógrafos com um ar de rufias para irem lá à frente “fuck them up”. Como vêem problemas comuns podem produzir alianças inesperadas, Só que a germânica apercebendo-se que os bifes queriam triar o emprego aos polizei fez recuar rapidamente o comboio para o local da conferência até os polizei irem “fuck them up”’
Os bifes lá se acalmaram mas acho que tinham razão. Um comboio com 300 jornalistas poderia muito bem ter “fucked up” os cinco globalizados antiglobalização sem ser preciso chamar a polícia. Mas enfim… como diz o grande filósofo inglês Mick Jagger “you can’t always get what you want”. Resultado: Fomos todos atrasados para os copos onde ao fim da noite apareceram também muitos polizei para tirar fotos e beber uns copos com o maralhal. Bacano! Eu pedi a uns três ou quatro para me darem uma T-shirt preta que eles usam com a palavra Polizei nas costas mas só levei com os pés. Uma polizei ficou ofendida perguntando-me: Você quer que eu tire a minha t shirt aqui? Fiquei sem camisola e lá pensei outra vez no filósofo Mick Jagger.
Estou agora em Copenhaga que agora tem mais mulheres com fraldas amarradas à cabeça para esconder o cabelo e mais talhos al hal mas onde tal como há 30 anos se pode passar dias e dias sem ver um policia. O que é porreiro. Significa que aos fins-de-semana os dinamarqueses continuam a apanhar bebedeiras de caixão à cova e que ninguém os chateia, Mas volto a este assunto mais tarde.

Um abraço,
Do reino da Dinamarca

Jota Esse Erre

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Da conferência dos Oito Governadores

Olá,

Vocês desculpem-me lá mas ontem à noite estava totalmente cansado e não tive pachorra para escrever. O Sarko deu uma seca ao pessoal à velha e à francesa e o Presidente Barolo deu outra conferência de imprensa em que repetiu as mesmas coisas do dia anterior. Só que desta vez tudo era um sucesso em vez de ser um desejo porque aparentemente houve um acordo sobre o aquecimento global. A malta acordou que afinal não acordou em nada e isso aparentemente e segundo o Barolo foi um sucesso.
Para ser honesto o Sarko não nos fez esperar tanto tempo como o Jacques Chirac fez há dois anos na Escócia quando chegou uma hora e meio atrasado à conferência de imprensa. O Sarko só nos fez esperar 45 minutos. Por essa altura eu já estava farto e fui dar uma volta e descobri que os tempos mudaram.
Falei com um dos comandantes “de terreno” da polícia de choque. Um tipo aí de uns 50 anos, cabelo rapado à careca, barba de dois dias, magro como o caniço, só nervo nem um grama de gordura e …. um brinco na orelha esquerda. Ena pai, se não fosse a farda eu pensaria que o gajo era um freak dos velhos tempos só que sem cabelo.
Mas a melhor cena foi quando ali perto de Heiligendam antes de mais uma cena de porrada entre os globalizados antiglobalização e a polícia, um dos manifestantes sacou de um trompete e tocou impecavelmente e com muito soul e feeling a…. Internacional. O tipo tocava bem embora eu tenha pensado na altura que foi um pouco de mau gosto tocar a internacional num local que pertenceu à antiga Alemanha de Leste. Alias ninguém aplaudiu mas lá que foi bem tocado isso foi. Passados uns minutos e não sei por que razão a polícia decidiu dar chuvarada ao pessoal com dois carros com duas mangueiras uma das quais estava sempre a pingar grandes quantidades de água mesmo quando não estava a ser usada. Começou tudo aos empurrões e a polícia apanhou também uma chuvarada. Houve um gajo que atirou com uma garrafa de cerveja meio cheia que inexplicavelmente não se partiu quando um polícia a aparou com o seu escudo. Tenho que aprender a técnica. Depois a coisa começou a aquecer e eu fui-me embora.
Tenho a dizer-vos que já estou um pouco farto de tudo isto. Ontem aliás fui à praia para passar tempo, praia que é aqui mesmo em frente do centro de imprensa. Quando voltei duas horas depois estava toda a malta na galhofa em frente a um écran gigante a ver o George e o Vlad (é assim que os amigos tratam o Putin) a dizerem que se amam. Não sei lá por que razão a malta em frente ao écran achou uma piada enorme quando o Bush disse que a “Rússia é um grande país e os Estados Unidos também são um grande país e o mundo fica nervoso quando começamos a argumentar”. Risada geral! Deve ter sido pela profundidade filosófica da declaração, mas o Vlad gostou e deu a mão ao George para a foto. Tão romântico! E malta toda na galhofa com um jornalista espanhol a dizer que pareciam “maricons”
Vocês devem ter notado que eu disse que a malta estava em frente a um écran. Isto em grande parte funciona assim. A malta no centro de imprensa vê as notícias no écran da televisão (como vocês) e depois escreve as notícias sobre as coisas que vocês já viram em directo. É porreiro! Se isto durasse mais três dias ninguém mais iria a Heiligendam porque o maralhal da informação prefere ficar aqui no centro de imprensa onde a comida e a bebida é melhor. Os alemães ontem numa tentativa de animar o pessoal abriram um campo de voleibol na praia. Infelizmente só uns gajos barrigudos é que foram jogar e depois um deles começou aos berros quando a bola bateu directamente na câmara de televisão estacionada a uns metros de distância. Esse barrigudo foi-se embora com um ar preocupadíssimo sentando-se depois num banco a limpar a câmara e a gritar insultos (creio eu!) numa língua que eu não percebia.
Ah! Já me esquecia que ontem fui a uma conferência de imprensa de activistas de causas africanas. Fiquei a saber que o aquecimento global é que causa cheias em Moçambique. Segundo um dos gajos que falou na conferência de imprensa (um nigeriano com uma impecável pronúncia britânica) os países da brancalhada deveriam pagar aos países africanos pelo aquecimento global. “E isso para além do dinheiro já prometido,” disse ele. Ninguém se riu o que eu achei estranho. A brancalhada continuou toda a escrever nos cadernos de notas, todos muito sérios. Eu estava à espera que o nigeriano dissesse: "estava só a gozar", mas não. Aparentemente estava a falar a sério. Quando eu lhe disse que cheias em Moçambique acontecem desde o tempo do antes da Outra Senhora, ele disse-me que agora ocorrem com mais frequência e afectam mais pessoas. Ninguém se riu, vejam lá!
A sala desta conferência não tinha ar condicionado ou janelas e a malta começou toda a sentir o efeito de estufa. Fui-me embora quando um outro activista disse que a brancalhada deveria pagar a África porque uma percentagem enorme dos seus médicos e enfermeiros vão trabalhar para esses países. Ninguém se riu e ninguém perguntou porque é que os médicos e enfermeiros não querem ficar em África. Eu já estava a transpirar e fui beber uma cervejinha alemã com uma salsicha. Depois fiquei com azia. Não sei se foi da salsicha ou das conferências de imprensa.
Hoje isto termina. O Thabo Mbeki está ali neste momento falar com o Tony Blá Blá e com a Angie. Tenho que me ir embora porque pode ser que alguns deles tenha alguma coisa a dizer. O que duvido.

Até breve
Do local da conferência dos oito governadores

Jota Esse Erre

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Do encontro dos Oito Governadores

Olá!

Hoje tenho a dizer-vos que estou bem lixado com os globalizados antiglobalização. Cortaram a linha de caminhos-de-ferro que liga Kuhulungsborn a Heiligendam e eu gastei cinco horas para percorrer 16 quilómetros para falar com o grande timoneiro Durão a que alguém insistiu em chamar de “Presidente Barolo”.
Mas já lá vamos.
O que aconteceu é que para ir ao local onde os 8 Governadores se reúnem (e “penduras” como o “president Barolo”) os 5.000 mil jornalistas que aqui se encontram para rescrever “press releases” e comer e beber do bom e à borla precisam apanhar o comboio a vapor antigo, relíquia da ditadura do proletariado mas que é bem giro e que portanto merecia uma viagem.
Foi por isso que decidi ir à conferência de imprensa do “Presidente Barolo”. Lixei-me. Os globalizados antiglobalização interromperam a linha de caminhos-de-ferro o que lançou a burocracia da segurança da Bundesrepublik em paranóia total. Primeira reacção foi a do costume: ninguém mais vai ao local onde estão os 8 Governadores. O Barolo deve ter protestado porque depois lá concordaram em permitir que a malta fosse a Heiligensdam. Mas primeiro tivemos que preencher uma lista com os nossos nomes, que depois foi lida por uma gajo da segurança com bigodes grandes e que só falava alemão e que parecia um actor de um filme cómico a ter que ler os nomes da malta. Fartei-me de rir! Principalmente quando ele tentou ler o meu primeiro nome escrito com a minha letra!!! O porquê de termos que preencher uma lista de nomes que depois foi lida por um gajo de bigodes em uniforme escapa-me. Um brasileiro da Folha de São Paulo disse que isso é prova da decadência da Bundesrepublik: "Isto é organização de índio selvagem”, disse ele. “Em Moçambique está bem, mas aqui?” Fiquei calado. Deve ser vocabulário de progressistas!
Lá fomos depois de passados a pente fino pela segurança que incluía uma gaja com um cabelo loiro e uns pulmões de lhes tirar chapéu e depois fomos transportados por vedetas da marinha da Bundesrepublick até Heiligensdam. Porreiro. Um passeio de barco pelo mar báltico protegidos por gajos em barcos de borracha todos vestido de preto estilo carnaval dos Ninjas e que de vez em quando davam umas aceleradelas para impressionar os marinheiros das nossas vedetas que iam a passo de tartaruga (do mar).
Bem lá chegámos a Heiligensdam. Só que ninguém estava à nossa espera e uns gajos da segurança vestidos de fatos muito largos com chumaços debaixo do casaco estavam verdadeiramente em pânico porque não nos esperavam. Fiquei com a impressão que teríamos sido todos passados a fogo de metralhadoras se não estivéssemos sob a protecção da marinha da Bundesrepublick e dos “ninjas”. Os “ninjas” estavam lixados a gritar aos gajos dos casacos com chumaços.
Enfim! Tivemos que esperar na doca enquanto os gajos de fato e chumaços trocavam informações através de microfones escondidos nas mangas dos casacos. Nunca percebi porque é que os gajos da segurança escondem os microfones nas mangas do casaco. Um puto camera man disse-me há tempos atrás que é porque “it looks cool”. Deve ser.
Depois lá fomos a pé através de uma vila onde ao contrário do que acontece em Kuhulunsborg ainda não há recuperação da ditadura do proletariado. Velhas mansões sem pintura, com um aspecto da abandonado ao lado de algumas mansões já recuperadas para o que vai ser um local de turismo dos super ricos. Porreiro!. Fiquei a pensar que os gajos da ditadura do proletariado não deviam gostar de casas grandes. Todas a cair de podre. Atravessámos uma pequena floresta e fiquei alarmado quando um gajo da segurança nos disse : “não saiam do carreiro”. Só espero que não se esqueçam de levantar as minas quando acabar a conferência dos 8 Governadores. Mais tarde perguntei ao gajo da segurança se tinham posto minas na floresta e ele riu-se.
Lá chegamos ao local da conferência de imprensa do Durão e foi aí que um jornalista, creio que da Bulgária, começou a falar do Presidente Barolo. Ena Pai! Um camara man alemão ia caindo, da plataforma onde estava a filmar o acontecimento, de riso.
Depois da conferência ninguém estava interessado no que o Durão tinha dito. Toda a malta queria era falar do Presidente Barolo (que como vocês sabem é um vinho distinto italiano) pelo que eu acrescentei a minha parte à bazofia: “Red Barolo”. O camara man alemão foi o único que compreendeu. Horas depois já em Kuhulungsborg ia eu a sair do mictório quando dei de caras com ele. “Red Barolo”, disse o camera man para depois rebentar a rir.
Na conferência de imprensa eu fiquei lixado porque o Durão passou 95% do tempo a falar do aquecimento do global. Eu fiquei lixado porque já que na sexta feira os 8 Governadores vão reunir-se com os súbditos africanos eu pensava que os problemas da malária, da doença e da pobreza eram mais importantes. Aquecimento global é problema da brancalhada, porra. Por isso eu queria perguntar ao “presidente Barolo”: “Você acha que é possível combater a pobreza sem emitir gases que causam o efeito de estufa?”
Eu acho que é uma pergunta legítima já que os países que causam menos poluição no mundo são em África e são todos os mais pobres do mundo. Pode ser que África seja o futuro, sei lá!
Bem pus a mão no ar mas o “handler” que dirigia a conferência de imprensa não me dava a palavra e o Barolo acabou por só falar do aquecimento global o que me pôs a ferver.
Depois lá voltámos nas vedetas da Bundesrepulibk acompanhados pelos Ninjas. Cinco horas gastei eu nesta palhaçada em que o melhor da festa foi a referência ao Presidente Barolo. Quando cheguei a Kuhulunsburg fui logo beber uma “Rostock” que uma morena alemã de olhos verdes me tinha recomendado na noite anterior. Bem boa!(ambas).
Hoje quinta-feira tenho que ir encontrar-me com o Sarko. Ao princípio da noite. Espero que os globalizados antiglobalização já tenham deixado de tirar mau sino com o comboio. Não estou para outra viagem com Ninjas e marinheiros da Bundesrepublik. Senão se calhar vou é beber uma Rostock com a morena alemã de olhos verdes que graças aos milagres da globalização não fala uma única palavra de inglês, francês, dinamarquês ou mesmo português.

Um abraço
Aqui de Khulungsborg perto do local da conferência dos 8 Governadores

Jota Esse Erre