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Depois descemos pela poeira
Hospedados os deuses em suas casas
De longe segurando os frutos
Vimos o lucilar das lanças e as abóbadas fendidas
Os nomes
Inermes nas bermas dos caminhos
Imprecavam às cidades
Ur, a perdida,
Sttutgart ainda à Sua espera
E as botas na lama do Sublime por Diotima
Se os deuses as ocupam
Onde abrigar os Amigos?
Dissemos
E plantámos a maçã no teu ventre
E veio a noite
O que nos cercava
a videira redimiu
E o sol Amigos
Eu vi
Um anjo máquina pelos caminhos da montanha
Os vales e as reentrâncias da Terra
Seus lábios no mar
Era depois do Escuro
E as mãos
O que tacteámos delas!
Um nome disse: é um dorso
Arqueado ao meio por um rio
Alguém desesperou do rosto
E as casas abriram-se
E eram os teus seios
Eu vi a Árvore
E o diverso sopro
Ó os cajueiros de os erguer
Da infância
Ò trovão anunciando os Espíritos
Arrepio azul dos gala-galas
Ò longe aqui tão perto nos caminhos
Que as mãos afagam
Perdida tu na lonjura
E precipitada de toda a Beleza
Alta noite
Hannah
E os Amigos latejando
Ò trucidante máquina louca
Do mundo
Íman mineral silenciosa
Ó espúria!
Eu vi
E foi o primeiro Escuro
Luís Carlos Patraquim
Excerto de “O Escuro Anterior”, inédito
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quinta-feira, 25 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
A Cirurgia do Prazer
Etiquetas:
Esfera do Caos,
Filosofia,
Livros a aguardar publicação,
Miguel Almeida
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Uma carta à atenção das editoras
Armando,
Sobre os livros estive a verificar nas agendas e não mandei para a Antígona. Aliás este ano só mandei para a Guerra & Paz mas o nosso amigo e colega de sucesso nem respondeu.
O “Corpo de Intervenção” não é publicável. Aquilo está para além de tudo o que foi escrito. Ninguém escreve assim sobre juízes, polícias e padres e não sofre uns quantos processos judiciais.
A brigada da PJ que se enraba quando resolve um caso, a lei do enrabanço para resolver o problema da droga em Portugal, que põe os juízes em frenesim sexual nas boites, as miúdas aos treze anos desfloradas para não nascer outro Cristo, a prostituição como escolha profissional digna, a substituição do sangue pelo esperma de Cristo, enfim, é um ataque frontal aos valores mais queridos da Civilização, no seu estado perfeito, que hoje vivemos.
Eu creio que ficou bem escrito. Peguei no lixo produzido pela Humanidade, (chamam-lhe Cultura), e juntei tudo num sítio, como fazem os artistas plásticos que querem chocar. O livro é mais influenciado por Damien Hirst que por qualquer escritor, excepto, Sade (na destruição da moral de “Justine”) ou Jarry (no absurdo das situações). Tentei criar algo usando o lixo que é produzido diariamente. Muitas frases e situações descritas sucederam de facto noutros contextos.
O livro é uma declaração política num mundo absurdo e ridículo. Viste como são usados os serviços secretos? Para a guerra do Iraque, sex up a informação, para colocar bombas nucleares escondidas no país. Agora, como é preciso refrear os ânimos contra o Irão, aparecem a dizer que o programa nuclear foi interrompido. E salvaram os políticos americanos que não têm capacidade, militar e psicológica, para outra invasão. Isto é simplesmente ridículo.
A “Cruzada Para Converter Bagdad Ao Cristianismo” é mais ou menos a mesma coisa mas sem os palavrões. Acho que o final ficou bem composto e glorifica o nosso querido Portugal. Mas a utilização de parênteses curvos e rectos retira-o do conceito de literatura actual que faz sonhar e viajar o leitor.
“As Doze Cadelas” é uma ode à noite de Lisboa. Que só existe por causa da rotação da Terra, e não porque seja um lugar de divertimento, cheio de propostas interessantes.
Tenho mais um escrito sobre um agente secreto português que vive uma aventura absurda para glória do nosso querido país. É mais uma paródia ao cinema que uma obra literária.
Claro que escrevi tudo isto sem Internet. Usando os livros que me restam, a enciclopédia e, sobretudo, os meus apontamentos. É possível que necessitem de um aggiornamento.
Um abraço.
Maturino Galvão
PS:
Os desenhos vão demorar um pouco. Estas festividades produziram pouca matéria-prima. Vou escrever o próximo post, um conto de fim de ano, esperando que haja uma guerra em 2008, e depois vou ver o que se arranja.
Podes publicar o que quiseres. Não sei se a linguagem será a mais apropriada. Joyce fez com o “Ulisses” uma colagem do seu tempo. Eu com o “Corpo de Intervenção” fiz a mesma coisa. Mas os tempos são outros. Misturei pintura, arquitectura, cinema, música, Direito, Criminologia, História, banda desenhada, desenhos animados, telenovelas, Psicologia, Física, publicidade etc. numa colorida estória nacional. Que deu a Lisboa um peculiar cheiro – o do cadáver do seu padroeiro, S. Vicente.
Sobre os livros estive a verificar nas agendas e não mandei para a Antígona. Aliás este ano só mandei para a Guerra & Paz mas o nosso amigo e colega de sucesso nem respondeu.
O “Corpo de Intervenção” não é publicável. Aquilo está para além de tudo o que foi escrito. Ninguém escreve assim sobre juízes, polícias e padres e não sofre uns quantos processos judiciais.
A brigada da PJ que se enraba quando resolve um caso, a lei do enrabanço para resolver o problema da droga em Portugal, que põe os juízes em frenesim sexual nas boites, as miúdas aos treze anos desfloradas para não nascer outro Cristo, a prostituição como escolha profissional digna, a substituição do sangue pelo esperma de Cristo, enfim, é um ataque frontal aos valores mais queridos da Civilização, no seu estado perfeito, que hoje vivemos.
Eu creio que ficou bem escrito. Peguei no lixo produzido pela Humanidade, (chamam-lhe Cultura), e juntei tudo num sítio, como fazem os artistas plásticos que querem chocar. O livro é mais influenciado por Damien Hirst que por qualquer escritor, excepto, Sade (na destruição da moral de “Justine”) ou Jarry (no absurdo das situações). Tentei criar algo usando o lixo que é produzido diariamente. Muitas frases e situações descritas sucederam de facto noutros contextos.
O livro é uma declaração política num mundo absurdo e ridículo. Viste como são usados os serviços secretos? Para a guerra do Iraque, sex up a informação, para colocar bombas nucleares escondidas no país. Agora, como é preciso refrear os ânimos contra o Irão, aparecem a dizer que o programa nuclear foi interrompido. E salvaram os políticos americanos que não têm capacidade, militar e psicológica, para outra invasão. Isto é simplesmente ridículo.
A “Cruzada Para Converter Bagdad Ao Cristianismo” é mais ou menos a mesma coisa mas sem os palavrões. Acho que o final ficou bem composto e glorifica o nosso querido Portugal. Mas a utilização de parênteses curvos e rectos retira-o do conceito de literatura actual que faz sonhar e viajar o leitor.
“As Doze Cadelas” é uma ode à noite de Lisboa. Que só existe por causa da rotação da Terra, e não porque seja um lugar de divertimento, cheio de propostas interessantes.
Tenho mais um escrito sobre um agente secreto português que vive uma aventura absurda para glória do nosso querido país. É mais uma paródia ao cinema que uma obra literária.
Claro que escrevi tudo isto sem Internet. Usando os livros que me restam, a enciclopédia e, sobretudo, os meus apontamentos. É possível que necessitem de um aggiornamento.
Um abraço.
Maturino Galvão
PS:
Os desenhos vão demorar um pouco. Estas festividades produziram pouca matéria-prima. Vou escrever o próximo post, um conto de fim de ano, esperando que haja uma guerra em 2008, e depois vou ver o que se arranja.
Podes publicar o que quiseres. Não sei se a linguagem será a mais apropriada. Joyce fez com o “Ulisses” uma colagem do seu tempo. Eu com o “Corpo de Intervenção” fiz a mesma coisa. Mas os tempos são outros. Misturei pintura, arquitectura, cinema, música, Direito, Criminologia, História, banda desenhada, desenhos animados, telenovelas, Psicologia, Física, publicidade etc. numa colorida estória nacional. Que deu a Lisboa um peculiar cheiro – o do cadáver do seu padroeiro, S. Vicente.
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