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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Justiça de classe

Seis meses de prisão para dois jovens envolvidos nos "distúrbios" da manifestação da Greve Geral. Sobre os polícias infiltrados, provocadores, e agindo à margem de qualquer enquadramento legal, que estiveram na origem de grande parte dos "distúrbios" que resultaram nestas condenações, a PSP e o ministro continuam a negar apesar de todas as provas, até em vídeo, os contrariarem, e a IGAI e a PGR assobiam para o lado. Registo também o carácter "não remissível em multa" das condenações, em contraste com tantos casos de criminalidade "comum" (querem uma comparação: eu mesmo fiz uma vez queixa de um segurança de discoteca, por agressão, um incidente bem mais grave que este, e apesar de ser o segundo caso que envolvia o dito segurança, a condenação foi remissível em multa). O senhor juiz terá claramente assumido o seu papel de "pilar do sistema", e esquecido o espírito da lei, esse simples instrumento. Mais um passo está dado no sentido da criminalização de qualquer tipo de contestação que escape ao inócuo enquadramento legalista dos sindicatos, e pretenda ser algo mais que a habitual válvula de escape do sistema.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Notas sobre o choque e o espanto no Mundial da vuvuzela (3), ou Eu ainda como o meu chapéu


O choque e o espanto: Não, desta vez não fui eu a dar a táctica ao Queiroz. Eu teria jogado olhos nos olhos com o Brasil, e não assumindo a superioridade do adversário. Sabem que mais? Hoje o gajo esteve melhor que eu. Estou a começar a ficar muito espantado com o que se está a passar, já que, se é verdade que um relógio parado dá as horas certas duas vezes por dia, neste caso começo a pensar que alguém deu corda ao relógio. Mas vamos aos factos: apresentando-se num 4x5x1 muito defensivo, com um médio esquerdo de contenção, um lateral direito que é um central extra, o Pepe no lugar do Pedro Mendes, e deixando o Ronaldo na frente para o contra-ataque, a linha inicial de Portugal, desta vez, deixou toda a gente com a pulga atrás da orelha. Talvez este facto se tenha, também, devido ao sítio onde assisti ao jogo: o British Bar, a pátria dos cépticos insuportáveis. A verdade é que, desta vez, o inominável acertou. O excesso de gente na defesa fez o Brasil perder bolas atrás de bolas. Este Brasil, já se sabe, ataca com pouca gente, e o Dunga é incapaz de desfazer aquele patético duplo-pivot na frente da defesa. Resultado: a nossa superioridade em número na zona de ataque do Brasil, aliada a uma boa concentração dos defesas, e, é preciso dizê-lo, a uma tarde de pouca inspiração dos brasileiros, quase anulou o perigo do escrete. Em compensação, as bolas perdidas originavam contra-ataques perigosos, e apesar da jogada de maior perigo da primeira parte ter sido do Brasil, graças ao Ricardo Costa (tapa-se a manta de um lado, destapa-se do outro, já se sabe...), o maior número de chances foi nosso. Jogo parecido na segunda parte, uma oportunidade do Meireles para empatar o também em  chances claras de golo, algum risco, mas pouco, com as entradas do Simão e do Pedro Mendes. O Brasil, diga-se, também pouco parecia interessado em arriscar. Não esquecer que o empate os deixou em primeiro lugar.
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Estilo: Não alinho com aqueles que dizem que Portugal "não assumiu o jogo", e coisas que tais. O que interessa, no futebol, não é a forma, mas o conteúdo. Desmultiplicando: pouco importa se se joga em ataque continuado, como o Brasil, ou em puro contra-ataque, como a nossa selecção hoje: o que importa no futebol é criar oprtunidades e marcar golos. Duvido muito, mas muito mesmo, que jogando de igual para igual com o Brasil tivessemos, não só evitado as chances deles, como criado tantas nossas.
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No entanto... Não deixa, contudo, de ser verdade, que hoje era Portugal que tinha algo a ganhar do jogo, e não o Brasil, ou seja, evitar a Espanha nos oitavos. Apesar de estar a dar o braço a torcer quanto às minhas previsões calamitosas sobre a prestação da equipa orientada por este treinador inútil, vamos ver se não pagamos caro os erros e a falta de coragem do primeiro jogo.
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Figuras: O Eduardo e o Ricardo Carvalho comandaram com distinção uma defesa que esteve imperial. O Ricardo Costa, um jogador banal e que deixa dúvidas sobre a sua convocatória, esteve bem naquilo que lhe mandaram fazer, e o que não fez é aquilo que não sabe fazer (a maior parte das coisas que se faz num jogo de futebol). Merece destaque, já que se antevia um descalabro daquele lado, o que acabou por não suceder.
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O meu chapéu: Faço como o outro: se Portugal passar a Espanha, como o meu chapéu.
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Para destoar do clima de euforia: A nossa PSP, que parece querer, nos últimos tempos, assumir-se publicamente como a cambada de idiotas fardados e mal formados que realmente é, fez o favor de originar uma carga policial no Parque das Nações, sem razão que o justificasse, sobre portugueses e brasileiros que assistiam pacificamente ao jogo. Com ou sem Mundial, com ou sem vitórias, com ou sem esta alienação geral, de vez em quando a realidade chama-nos à Terra.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

A noite da vingança

Sábado foi dia em cheio para a PSP de Lisboa. Depois do arraial de porrada nas Portas de Santo Antão, logo após a manifestação, a que assisti pessoalmente (e que foi objecto de cobertura jornalística no mínimo nojenta - veja-se por exemplo esta notícia do DN - nada que não fosse esperado), voltaram a atacar no Bairro Alto à noite. Certamente feridos no seu orgulho depois dos acontecimentos da tarde, não quiseram deixar passar a oportunidade de malhar mais um bocado nos perigosos anarquistas - como bem nota o Ricardo Noronha, a crer na polícia, estes anarquistas parecem multiplicar-se como cogumelos, de um modo que nem o mais optimista dos anti-capitalistas julgaria possível.

Nota: se serve de alguma coisa, aproveito para referir que, para além de ser testemunha das cenas da tarde, conheço pessoalmente o Alexandre Gonçalves, o fotojornalista que aparece à direita na fotografia acima (vítima de agressão policial à noite), e que ele está muito longe de ser um "perigoso anarquista" (ou sequer um "anarquista" tout court).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

(Mais um caso de) violência policial no Bairo Alto

"Dois jovens garantem que foram espancados, na madrugada desta terça-feira, no Bairro Alto, em Lisboa, por vários polícias, tendo sido uma das vítimas obrigada a uma intervenção cirúrgica ao maxilar.

Vasco Dias, 19 anos, e Laura Diogo, 18 anos, encontravam-se perto do Largo Camões quando a jovem começou a fazer «percussão» num caixote do lixo. «Um indivíduo à civil, que não se identificou, começou a mandar-me calar em tom agressivo e a chamar-me nomes. Até me deu um estalo», contou Laura ao tvi24.pt.

Eram cerca das 3h30 e surgiram então «mais polícias», «com a farda azul da PSP», mas que «não estavam identificados». «Eu tentei olhar para as placas com os nomes e não as vi», garantiu.

O jovem tentou ajudar a amiga, mas, segundo esta, «atiraram-no para o chão e espancaram-no», enquanto ela própria era alvo de mais agressões. «Nem falaram com ele. E depois fomos algemados e levaram-nos para a esquadra da Praça do Comércio num carro normal da PSP», acrescentou.

Laura não foi identificada e tentou falar com os pais, mas negaram-lhe qualquer telefonema porque «não estava detida, logo não tinha direitos». Os dois estudantes estiveram cerca de uma hora na esquadra, «com os polícias sempre a insultarem-nos e a mandarem-nos calar». Confirmou ainda que o «indivíduo à civil» era, afinal, um agente, porque o viu depois na esquadra.

Vasco foi separado da amiga, porque «quis apresentar queixa», e tudo terminou com um outro agente «à paisana» a «acalmar as coisas» e a mandá-los embora. Os jovens apanharam então um táxi para o hospital de S. José e Vasco Dias teve mesmo de ser submetido a uma cirurgia porque se encontrava com o maxilar fracturado, conforme confirmaram fontes hospitalares ao tvi24.pt.

«Eu vou fazer queixa. Estou neste momento no hospital, onde me vão fazer exames porque tenho alguns ferimentos superficiais e depois vou apresentar queixa», reforçou Laura.

O tvi24.pt tentou contactar Vasco Dias para confirmar em que modos a queixa foi apresentada, mas o jovem, que continua internado, não consegue falar. «Durante duas a três semanas ele vai ter de estar de boca fechada e come por uma palhinha», revelou Filipa Gonçalves, uma amiga que visitou o alegado agredido."

Notícia na TVI24 via Spectrum.

terça-feira, 6 de abril de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

sexta-feira, 18 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

domingo, 16 de dezembro de 2007