Detesto ver aviltada a iniciativa Magalhães e não me apoquentam os desequilíbrios da incorporação nacional. Ao abrigo do princípio segundo o qual um tuga que por fatalidade deixe uma perna debaixo de um combóio e a substitua por uma prótese, por exemplo neutro, made in Switzerland, continua a ser português de grei e lei. Considere-se que a oficinagem biónica prossegue...quando é que o nosso reconstituído deixa de ser Tuga? Ah!!!!! A Alma Lusitana.Portanto, o que importa é a alma do Magalhães, e essa é portuguesa concerteza, uma mistura de chouriço e canivete suíço.O que distingue o Magalhães não é a casca grossa, quasi indestrutível, ou o software básico, ou a opção decorativa. O que o diferencia dos outros indigentes é adptabilidade, as multifunções. Um Magalhães é uma mónada, um prodígio quântico, um ça-va-seul.Conforme a corrente a que estiver ligado, o Magalhães é correio, é leitor, analisa, improvisa, recolhe o lixo, escalfa um ovo, navega, é fácil de arrumar, passa a ferro e entretém. Antes havia Deus, agora temos o Magalhães.O mundo treme antecipando nova cruzada marítima do Homo Taganus. Os Oliveira da Figueira desembarcando nos locais mais exóticos e mais desenvolvidos, por isso mesmo, de Magalhães desfraldado e nota na mão. Atão, não há happy hour?Desiludam-se, porém, aqueles que vêem no Magalhães um instrumento igualitário e fabiano ou um comunismo a la japonaise. O Magalhães não é chaplinesco, detesta marchas de diferentes fingindo de iguais. O Magalhães é o futuro habitante de Portugal.Cada exemplar, e creio serão distribuídos dez milhões, está programado para trocar de lugar com o proprietário/utilizador que lhe calhou na rifa. Amanhã, exultem, o Chiado regurgita de Magalhães com Silvas e Marias a tiracolo.Eu voto Magalhães, e bocê?
PS: Podem mandar-me um Magalhães e um exemplar do livro “Mudar de Vida”de Luís Marques Mendes. E uma foto da Cabra Velha.
JSP
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
SOS
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Da democratização da informática
O Magalhães
Vinda de onde vem — políticos com sensibilidade às novas tecnologias, jornalistas, bloggers da direita, etc.; e nem todos são tontos — a campanha contra o computador Magalhães roça o irracional. O governo faz propaganda? É evidente que sim. Que outro governo não faria? A introdução do Magalhães na rede de ensino é uma medida de indiscutível alcance? É evidente que sim. O busílis está em que Sócrates se lembrou, e eles não. Tão simples como isto. Saber se o computador é 100% português (e já agora gostava que me indicassem um computador 100% americano, japonês, inglês, coreano, alemão, indiano ou chinês) ou resultado de parcerias, não lhe retira eficácia. O tour dos ministros era dispensável? Eu acho que sim, mas eu não faço política. O PSD teria feito exactamente o mesmo se, sendo governo, os seus ideólogos tivessem força (não teriam) para impor a distribuição de computadores nos termos actuais. O clamor da oposição é directamente proporcional à mudança de paradigma. Portugal não se resume aos meninos da alta classe média cujos papás podem pagar tecnologia de ponta. Porque os da média-média têm sérias dificuldades. E os outros simplesmente não podem (nunca puderam). O que é espantoso é que a democratização da informática, hoje, provoque sobressalto idêntico ao que teria provocado, há cem anos, uma campanha de alfabetização em massa. O resto é cantiga.
Com a devida vénia ao Eduardo Pitta
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