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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Onde se prova, mais uma vez, o meu conhecimento sobre futebol. Ora aprendam:

Quem quiser entender aquilo que um jogador vale para uma tática, que veja o jogo do Brasil hoje. Jogar com o Ramires em vez do Filipe Melo, sem alterar em nada a tática, foi uma mudança da noite para o dia na qualidade de jogo do Brasil. O "duplo pivot", para funcionar bem, precisa de um médio mais defensivo, trinco puro, e ao lado de outro que seja um verdadeiro transportador de bola: Costinha-Maniche; Petit-Tiago, e etc. Isto toda a gente sabe, mas parece que o Dunga não sabia. Jogando com o Gilberto e o Filipe Melo, apresentava um onze com dois trincos puros, uma ideia boa para o Gil Vicente quando vem jogar à Luz. Com o Ramires, que é a melhor opção que tem à disposição para o lugar, a equipa ganhou um verdadeiro transportador de jogo: partindo do mesmo princípio posicional, a dinâmica é completamente diferente. Vejam o golo do Robinho, e a cavalgada que o Ramires faz com a bola do meio-campo à entrada da área. Claro que isto aconteceu por acaso, já que o Filipe Melo se lesionou. Irá Dunga perceber a tempo a razão da mudança na qualidade de jogo do escrete? Nunca se sabe.
Entretanto, quanto a nós amanhã, espero que a ideia do Queiroz não seja a de jogar como fez contra o Brasil: dar a bola à Espanha é suicídio, o que os espanhóis mais gostam é de ter a bola nos pés e circulá-la. Ao contrário do Brasil, não perdem a paciência, aliás a paciência é a grande virtude do jogo da Espanha, e é tanta que às vezes começa a ser um defeito, já que os espanhóis parecem convencidos que, com calma, o golo há-de aparecer mais cedo ou mais tarde. Na verdade, com este treinador nunca estou seguro, o seu currículo em perceber as coisas mais simples do futebol não é famoso. Mas nunca se sabe.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

JL Zapatero: Diálogo e abertura contra crise!

A Espanha deu mais uma grande lição à Europa. Enquanto Sarkozy quase conduziu a direita francesa à beira do abismo e Sócrates insiste na sua política de reformas audaciosas, Zapatero ganha confortavelmente as Legislativas por uma margem quase a raiar a maioria absoluta, esmagando a Esquerda Unida e os nacionalistas bascos e catalães, ao mesmo tempo que conteve a vaga da direita unida com a hierarquia católica ortodoxa.
O espectro do fim do verdadeiro "milagre económico espanhol” - que se alongou por cerca de uma dezena de anos - tornou mais imperativa a reforma e acutilância da direcção do PSOE, geração Zapatero, que tem audaciosos estrategos, uma imagem de marca de grande dinamismo e um brilho internacional indesmentível. José Sócrates só tem a ganhar em seguir o modelo Zapatero!


"Par contraste, le dynamisme économique n'a-t-il pas été favorisé par un consensus sur la politique à mener ?
C'est le cas : contrairement à la France, les deux principaux partis espagnols sont libéraux du point de vue économique. La politique conduite par les gouvernements depuis la Transition a été très favorable aux entreprises. Le franquisme était dirigiste. Beaucoup d'entreprises étaient publiques à la mort de Franco, et Felipe Gonzalez en a privatisé un grand nombre. Dans les années 1990, les opérations de fusions-acquisitions ont été encouragées, notamment dans la banque. Elles ont abouti aux deux grandes banques que sont actuellement le Santander et le BBVA.
A la même époque, de nombreux pays d'Amérique latine ont ouvert leur économie. Des entreprises espagnoles encore publiques à l'époque y ont investi, encouragées par les pouvoirs publics. C'est le cas de Telefonica, d'Iberia ou de Repsol, par exemple. Depuis, les entreprises espagnoles se sont déployées partout. Emilio Botin, président du Santander, passé du 12e au 8e rang mondial en 2007, n'hésite pas à dire que son objectif pour 2008 est de prendre la place de Citigroup comme numéro un mondial ! C'est un discours de conquérant.

La présence à l'étranger de quelques grands groupes suffit-elle à pérenniser le modèle de croissance espagnol ?
Non, elle leur permet de diversifier les risques, mais pas d'assurer la pérennité du modèle de croissance national. Les banques espagnoles ont un bon "matelas" pour faire face à la crise. La Banque centrale leur a imposé la prudence en leur interdisant d'utiliser certains instruments financiers considérés comme trop risqués. Mais la croissance ne repose pas sur des activités à forte valeur ajoutée : on a misé sur le tourisme, le BTP, la banque de détail. La seule exception, c'est l'énergie, avec une expertise dans les énergies renouvelables, l'éolien et le solaire en tête. Mais ça ne va pas beaucoup plus loin. On a détruit les côtes en alimentant la corruption, on n'investit pas dans la recherche, on ne fait pas suffisamment d'enfants : c'est un modèle qui n'est pas durable.
L'Espagne est encore sur sa lancée, elle bénéficie d'une image de grand dynamisme, mais le modèle s'épuise, et la crise économique internationale ne va pas l'épargner. A Sciences Po, des élèves d'Europe de l'Est s'inscrivent à mon cours pour comprendre comment on peut se développer grâce à l'Union européenne (l'Espagne a bénéficié de plus de 200 milliards d'euros de fonds européens depuis son adhésion en 1986). Et je leur réponds que l'Espagne est en péril : nos "trente glorieuses", de 1977 à 2007, sont sans doute achevées.
"
Sylvia Desazars de Montgailhard, Les "trente glorieuses" de l'Espagne s'achèvent. Le Monde


FAR

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Telegramas

Relações irano-americanas legítimas são solução para guerras no Iraque e Afeganistão - É um refrão que se escuta há meses. E para a qual as cadeias diplomáticas da União Europeia e da ONU têm aplicado o esforço das meninges. A coisa é complexa. Os EUA nunca reconheceram diplomaticamente a República Islâmica iraniana e a administração Bush-II multiplica as " jogadas" no terreno de equipas de espionagem e sedição. Por seu turno, o Irão envolveu-se amplamente em todos os conflitos regionais do Médio Oriente, dispensando treino e material de guerra sofisticado às milícias chiitas, em maioria geográfica incontornável naquelas latitudes. Num artigo de Selig Harrison, expert do Centro de Política Internacional de Washington, que se deslocou a Teerão, e publicado no F.Times, vislumbra-se um começo de paz e sensatez. Harrison diz que o chefe espiritual Ayatollah Kamenei e o Conselho de Segurança Nacional estão dispostos a discutir plenamente com os EUA, e aliados, as questões do processo nuclear e da intervenção político-militar iraniana no Iraque e no Afeganistão. Sem subterfúgios nem ratoeiras. Pedem em troca, para desarmar eventuais críticas dos adeptos do hardliner PR, Ahmadi-Nejad, que os EUA reconheçam a República Islâmica e ponham cobro às acções secretas contra o poder constituído no Irão. Trata-se de uma proposição muito consistente e , frisa o analista, " mesmo com a ajuda iraniana, o futuro quer em Bagdad quer em Cabul, será sempre tempestuoso "; mas, finaliza," a cooperação entre Washington e Bagdad representa a melhor esperança para limitar os estragos ".

Zimbabué: inflação ronda os 1000 por cento ao mês - Ninguém sabe o que poderá acontecer ao poder e ao povo do Zimbabué. O que se sabe, segundo o Washington Post, é que Robert Mugabe adiou para Julho a segunda volta das negociações com os partidos da Oposição, que sob os auspícios da África do Sul decorreram recentemente em Joanesburgo. Fontes governamentais sul-africanas revelaram que todos os experts de economia " sentem " quase como inevitável o colapso económico do antigo " celeiro de África ". Mugabe será assim obrigado a ceder o poder, de força. De acordo com a mesma fonte, os experts calculam em 1000 por cento a infernal taxa de inflação mensal do Zimbabué. Os dois partidos da Oposição, com fortes querelas tácticas, solicitam a nomeação de um colégio eleitoral idóneo que possa realizar as Presidenciais em Março, do mesmo modo que reclamam o fim da polícia-de-choque e o voto livre para os emigrantes (3 milhões) que vivem no estrangeiro.

China: quem manda nas Forças Armadas? - Os países circunvizinhos estão cada vez mais inquietos com a falta de transparência - quem manda e orienta? - que envolve o inacreditável desenvolvimento e modernização do Exército Popular da China. Especialistas militares de Taiwan colocam em xeque a hipótese oficial de que o Presidente da República, Hu Jintao, tenha conseguido domar o apetite das altas chefias do exército, que querem conservar a sua visão sobre o xadrez geoestratégico dos possíveis adversários da RP da China, de acordo com uma extensa análise desenvolvida no NY Times recentemente. Sem se conhecer a real capacidade e orientação estratégica das forças armadas chinesas os seus vizinhos, diz o artigo assinado por David Lague, fica-se sem saber o que é que a China deseja e prepara militarmente no contrabalanço do equilíbrio de poderes na Ásia. A questão da utilização da arma nuclear numa hipotética invasão de Taiwan, inquieta tanto os EUA como os outros estados independentes da zona. Ainda não foi esquecido, e o seu autor não foi castigado, general Zhu Chenghu, director da Academia Militar, que há dois anos brandiu a arma nuclear como opção contra os EUA, caso Washington defenda Taiwan de um ataque surpresa da RP da China.

Espanha: economia com pés de barro - Martin Wolf, do Financial Times, alerta para o fim do espectacular e contra-cílco boom de "nuestros hermanos". A "bolha" do sector da Construção Civil / Imobiliário vai acentuar a queda do crescimento económico, com a competitividade e a produtividade a atingirem valores muito preocupantes. Tudo porque a Espanha valorizou um sector tradicional em detrimento do reforço e da inovação tecnológica. A competitividade sofre com a alta geral dos salários e, sobretudo, com a crescente e forte concorrência dos industriais do Leste europeu. O deficit da balança de pagamentos é o segundo maior do Mundo depois do americano, cifrando-se em cerca de 107 biliões de dólares. Uma política de ajustamento técnico-económico de grande impacto para a próxima década, e tirando partido da estabilidade macroeconómica prodigalizada pela União Europeia, é uma das hipóteses mais ventiladas pelos experts da OCDE , em especial. Que impacto é que esta situação pode ter sobre a economia portuguesa, tão imbricada com a sua congénere ibérica, parece ser uma questão a não iludir.

FAR

segunda-feira, 28 de maio de 2007