A guerra do Iraque pode prolongar-se até 2017 e irá custar, pelo menos, entre 2,2 e 5 triliões de dólares, o suficiente para combater a iletracia no Universo e acabar com a fome e o atraso tecnológico no Terceiro Mundo. Estas são algumas das principais conclusões do mais recente trabalho publicado em conjunto pelo Nobel da Economia de 2001, J.Stiglitz, e a sua colega de Harvard University, Linda J. Bilmes. O Washington Post estudou ao pormenor o livro: “The Three Trillion Dollar War: The true cost of the Iraq Conflict”, publicado pela Editora Norton, de NY City.
Num artigo conjunto de apresentação do livro, publicado no W.Post, Stiglitz e Bilmes apontam o carrossel de mentiras encobertas, veladas e descaradas tecidas pela administração de GW Bush em torno dos custos da guerra. A guerra do Iraque é a segunda mais longa e a segunda mais cara -depois da II Guerra Mundial. Só o custo pelo tratamento de reabilitação psicossomática dos veteranos( e feridos) de guerra deve subir para os 10 biliões anuais, sensivelmente o dobro do provocado pela Guerra do Golfo. Tudo numa primeira estimativa. “The total loss from this economic downturn- measured by the disparity between the economy´s actual output and its potential output- is likely to be the greatest since the Great Depression. That total, itself well in excess of 1 trilion dollars, is not included in our estimated 3 trilion cost of the war”, precisam os peritos.
“Os economistas pensam vulgarmente que as guerras são benéficas para a economia, uma noção admitida pelo facto das enormes despesas da II Guerra Mundial terem ajudado os EUA e o Mundo a libertarem-se dos efeitos da Grande Depressão dos anos 30. Mas nós agora conhecemos melhores formas para estimular a economia - formas que implementam rapidamente o bem estar dos cidadãos e criam as fundações para o futuro crescimento. O dinheiro gasto no Iraque não irá criar certamente as bases para um crescimento de longo prazo nos EUA, em áreas como a Pesquisa, a Educação ou a modernização de infra-estruturas”, assinalam.
E ainda mais esta crítica cintilante e dura: “Enquanto o governo dos USA andou a gastar para lá das normas no Iraque, outros estados arrecadaram fundos - inclusive os países ricos em petróleo que, como as multinacionais petrolíferas - foram os grandes vencedores desta guerra. Não admira, portanto, que a China, Singapura e muitos dos emirados do Golfo Pérsico se tenham tornado credores de última hora para os bancos em risco de Wall Street, apostando biliões de dólares para segurar o Citigroup, o Merrill Lynch e outras firmas que queimaram os dedos nos delirantes empréstimos do imobiliário sem regras nem controlo. Quanto tempo é que se há-de esperar para que os temíveis fundos soberanos controlados por esses Estados, comecem por adquirir grandes fatias de outros pontos essenciais da economia Americana?”.
FAR
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quarta-feira, 19 de março de 2008
Stiglitz e Linda Bilmes: Guerra do Iraque vai custar entre 2,2 a 5 triliões de dólares
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sexta-feira, 9 de novembro de 2007
NY.Times: "Falcões" perdem terreno junto a GW. Bush?
John Bolton, o infeliz saneado da ONU como representante dos EUA, a trabalhar agora na pesada "máquina" de propaganda de ir-para-a-guerra republicana, o American Entreprise Institute, lançou um livro e fez declarações bombásticas no meio dessa publicidade infernal, reporta hoje o NY Times. Os "falcões" parece estarem em minoria...Mas nunca se sabe com tal gente, a cheirar a evangelistas e a petróleo pesado...
O interessante da questão prende-se, decisivamente, com o facto de um "incondicional" de GW. Bush, vir a público contestar a moderação da actual estratégia de política externa norte-americana. Ele acusa os "High Minded" da estratégia bushista, a pouco e pouco, a direito e de través, terem imposto uma política de "soft power" e movido todo o empenho de conquista e supremacia pela sua linha , "pelo controlo não só dos Média, Congresso, Departamento de Estado e ONU, mas também agora da Casa Branca".
As negociações com a Coreia do Norte para o desmantelamento do seu arsenal nuclear são um momento iniciático dessa estratégia moderadora. Que pode vir a influenciar a "dificílima opção" que os EUA e os seus aliados devem vir a tomar em relação ao Irão. Bolton não esconde a sua opção guerreira (e nisso talvez deixe mal Cheney e os seus muchachos do Estado-Maior...), ao mesmo tempo que desvaloriza o préstimo de Benazir Bhutto e elogia Musharraf como o "fiel" do controlo nuclear paquistanês. Sobre o Irão precisa: "Trata-se de uma questão dificílima e que tem que ser profundamente examinada. A opção não se coloca entre deixar estar o mundo tal qual hoje é, ou usar a força. A opção coloca-se entre usar a força ou deixar o Irão com armas atómicas". O NY Times apresenta o livro desta forma: "Bolton´s book. Surrender is Not an Option: Defending America at the United Nations and Abroad (Thereshold Editions), is no kiss-and-tell screed against Bush and his team, though he recounts with relish his conflicts with colleagues and rivals at the United Nations and in the State Department".
FAR
O interessante da questão prende-se, decisivamente, com o facto de um "incondicional" de GW. Bush, vir a público contestar a moderação da actual estratégia de política externa norte-americana. Ele acusa os "High Minded" da estratégia bushista, a pouco e pouco, a direito e de través, terem imposto uma política de "soft power" e movido todo o empenho de conquista e supremacia pela sua linha , "pelo controlo não só dos Média, Congresso, Departamento de Estado e ONU, mas também agora da Casa Branca".
As negociações com a Coreia do Norte para o desmantelamento do seu arsenal nuclear são um momento iniciático dessa estratégia moderadora. Que pode vir a influenciar a "dificílima opção" que os EUA e os seus aliados devem vir a tomar em relação ao Irão. Bolton não esconde a sua opção guerreira (e nisso talvez deixe mal Cheney e os seus muchachos do Estado-Maior...), ao mesmo tempo que desvaloriza o préstimo de Benazir Bhutto e elogia Musharraf como o "fiel" do controlo nuclear paquistanês. Sobre o Irão precisa: "Trata-se de uma questão dificílima e que tem que ser profundamente examinada. A opção não se coloca entre deixar estar o mundo tal qual hoje é, ou usar a força. A opção coloca-se entre usar a força ou deixar o Irão com armas atómicas". O NY Times apresenta o livro desta forma: "Bolton´s book. Surrender is Not an Option: Defending America at the United Nations and Abroad (Thereshold Editions), is no kiss-and-tell screed against Bush and his team, though he recounts with relish his conflicts with colleagues and rivals at the United Nations and in the State Department".
FAR
domingo, 16 de setembro de 2007
Da Capital do Império
Olá,
Vocês vão ter que me desculpar o longo silêncio. Mas como vocês sabem escrever cansa e eu prefiro descansar … lendo o que os outros escrevem.
De qualquer modo não pude resistir a ter que vos dar as últimas sobre a cimeira George/José a realizar-se segunda-feira na Casa Branca.
Em primeiro lugar tenho a dizer-vos que os “Yankees” insistiram em chamar à cimeira uma “reunião de trabalho” o que aparentemente causou alguma confusão aí do outro lado do charco.
“Trabalho? O que é isso?” foi a resposta que aparentemente foi dada por uma “destacada entidade” do governo Xuxa quando foi informado por um representante da embaixada da Lusitânia sobre o título oficial do encontro.
Depois mais confusão houve quando na quinta-feira os “yankees”’ informaram a malta da Lusitânia que havia que antecipar o encontro por 10 minutos. Aparentemente houve uma certa incredulidade por parte da diplomacia lusitana para quem – segundo me disseram – “mais dez minutos menos dez minutos” não chateia ninguém. Ou como disse alguém do governo Xuxa: “lá estão esses gajos com americanices”.
A minha fonte – de “alto nível” – manifestou certo nervosismo de que a “empatia” ou como dizem os “Yankees” a “química” entre o José e o George possa não ser boa o que pode estragar tudo. Como vocês se lembram o George dava-se muito bem com o outro José, aquele que é agora presidente da CÊ IÉ IÉ e cujo nome durante a recente cimeira do G 8 um jornalista romeno confundiu com a quiçá melhor região vinícola de Itália e insistiu por isso em chamá-lo Presidente Barolo. Durante dias não se falou doutra coisa …
Como vocês se devem lembrar antes do Barolo ter sido promovido para presidente de um país que não existe ele foi chefe dos lusitanos e dava-se muito bem como o George. Ambos tratam-se pelo primeiro nome e aparentemente quando se encontram estão sempre a contar anedotas um ao outro.
Vamos a ver se no fim da reunião o George trata o Sócrates por José embora eu receie que se isso acontecer o George acabe por confundir os nomes. Ainda por cima um José é presidente da Cê Ié Ié e o outro José é presidente “rotativo” da mesma Cê Ié Ié. Vocês têm que admitir que isso, mesmo sem ter em conta o Bush, é um pouco confuso embora me tenha sido explicado que é tudo muito simples: Um administra “tachos” o outro “problemas a curto prazo e alguns tachos”.
Aparentemente o José (o “rotativo”) quer em primeiro lugar discutir o Kosovo. Como vocês sabem o problema com os Balcãs é que os insoletráveis e os impronunciáveis produzem mais história do que conseguem consumir e aparentemente os impronunciáveis não estão a gostar nada da ideia de dar a independência aos insoletráveis no Kosovo
Fique impressionado com o facto do José (o “rotativo”) querer discutir isto com o George porque demonstra um certo cuidado senão mesmo uma certa acuidade política que – como disse o Bismarck - não passa da capacidade de ouvir o cavalgar distante da história antes dos outros.
Demonstra também que o José (o “rotativo”) sabe que tem que garantir que se houver batatada entre os impronunciáveis e os insoletráveis os americanos estarão lá para garantir que apanha tudo porrada. Aparentemente aí nos corredores de Bruxelas anda tudo à rasca porque como a situação no Iraque não pode ser desfodida há receios aí desse lado do charco que se houver batatada nos Balcãs os Yankees não tenham meios ou vontade para pôr os indígenas na ordem como aconteceu da última vez. (sem autorização da ONU mas com aplauso da Europa!)
O que me fez lembrar uma visita que o Jaime Gama (lembram-se dele?) fez aqui à Capital do Império quando o George foi eleito pela primeira vez já lá vão sete anos. O Gama vaio aqui a correr logo após o George ter sido eleito sob promessa de não envolver tropas americanas na “construção de nações” e lembro-me de que o Gama deu uma conferência de imprensa após conversações com o Powell (lembram-se dele?) todo satisfeito porque este lhe havia prometido que os Estados Unidos iriam continuar envolvidos nos Balcãs.
Se volvidos estes anos todos a NATO e os EUA continuam ainda a ter que garantir a “paz” entre os insoletráveis e os impronunciáveis nos Balcãs imaginem quanto tempo isso vai levar para garantir a paz entre os Ahmed que consideram Maomé profeta e os Amhed que consideram Maomé profeta. E então se os Khomeinis e Khameinis se envolverem a sério….
Eu sei que as superpotências – como disse um general romano cujo nome já não me lembro – não se devem envolver em guerras entre tribos, mas o problema é que na vida real e principalmente no topo raramente a escolha é entre o que é bom e o que é mau, mas sim entre o que é mau e o que é pior.
O José sabe disso: O mau é os insoletráveis andarem outra vez à porrada com os impronunciáveis. O pior é eles andarem à porrada e os Yankees virarem as costas.
Antes de terminar tenho a dizer-vos que ninguém aqui quer saber do encontro entre o George e o José. Da embaixada da Lusitânia disseram-se que só recebem telefonemas dos jornais a perguntar pela Madeleine e a PJ.
Abraços,
Da capital do Império,
Jota Esse Erre
Vocês vão ter que me desculpar o longo silêncio. Mas como vocês sabem escrever cansa e eu prefiro descansar … lendo o que os outros escrevem.
De qualquer modo não pude resistir a ter que vos dar as últimas sobre a cimeira George/José a realizar-se segunda-feira na Casa Branca.
Em primeiro lugar tenho a dizer-vos que os “Yankees” insistiram em chamar à cimeira uma “reunião de trabalho” o que aparentemente causou alguma confusão aí do outro lado do charco.
“Trabalho? O que é isso?” foi a resposta que aparentemente foi dada por uma “destacada entidade” do governo Xuxa quando foi informado por um representante da embaixada da Lusitânia sobre o título oficial do encontro.
Depois mais confusão houve quando na quinta-feira os “yankees”’ informaram a malta da Lusitânia que havia que antecipar o encontro por 10 minutos. Aparentemente houve uma certa incredulidade por parte da diplomacia lusitana para quem – segundo me disseram – “mais dez minutos menos dez minutos” não chateia ninguém. Ou como disse alguém do governo Xuxa: “lá estão esses gajos com americanices”.
A minha fonte – de “alto nível” – manifestou certo nervosismo de que a “empatia” ou como dizem os “Yankees” a “química” entre o José e o George possa não ser boa o que pode estragar tudo. Como vocês se lembram o George dava-se muito bem com o outro José, aquele que é agora presidente da CÊ IÉ IÉ e cujo nome durante a recente cimeira do G 8 um jornalista romeno confundiu com a quiçá melhor região vinícola de Itália e insistiu por isso em chamá-lo Presidente Barolo. Durante dias não se falou doutra coisa …
Como vocês se devem lembrar antes do Barolo ter sido promovido para presidente de um país que não existe ele foi chefe dos lusitanos e dava-se muito bem como o George. Ambos tratam-se pelo primeiro nome e aparentemente quando se encontram estão sempre a contar anedotas um ao outro.
Vamos a ver se no fim da reunião o George trata o Sócrates por José embora eu receie que se isso acontecer o George acabe por confundir os nomes. Ainda por cima um José é presidente da Cê Ié Ié e o outro José é presidente “rotativo” da mesma Cê Ié Ié. Vocês têm que admitir que isso, mesmo sem ter em conta o Bush, é um pouco confuso embora me tenha sido explicado que é tudo muito simples: Um administra “tachos” o outro “problemas a curto prazo e alguns tachos”.
Aparentemente o José (o “rotativo”) quer em primeiro lugar discutir o Kosovo. Como vocês sabem o problema com os Balcãs é que os insoletráveis e os impronunciáveis produzem mais história do que conseguem consumir e aparentemente os impronunciáveis não estão a gostar nada da ideia de dar a independência aos insoletráveis no Kosovo
Fique impressionado com o facto do José (o “rotativo”) querer discutir isto com o George porque demonstra um certo cuidado senão mesmo uma certa acuidade política que – como disse o Bismarck - não passa da capacidade de ouvir o cavalgar distante da história antes dos outros.
Demonstra também que o José (o “rotativo”) sabe que tem que garantir que se houver batatada entre os impronunciáveis e os insoletráveis os americanos estarão lá para garantir que apanha tudo porrada. Aparentemente aí nos corredores de Bruxelas anda tudo à rasca porque como a situação no Iraque não pode ser desfodida há receios aí desse lado do charco que se houver batatada nos Balcãs os Yankees não tenham meios ou vontade para pôr os indígenas na ordem como aconteceu da última vez. (sem autorização da ONU mas com aplauso da Europa!)
O que me fez lembrar uma visita que o Jaime Gama (lembram-se dele?) fez aqui à Capital do Império quando o George foi eleito pela primeira vez já lá vão sete anos. O Gama vaio aqui a correr logo após o George ter sido eleito sob promessa de não envolver tropas americanas na “construção de nações” e lembro-me de que o Gama deu uma conferência de imprensa após conversações com o Powell (lembram-se dele?) todo satisfeito porque este lhe havia prometido que os Estados Unidos iriam continuar envolvidos nos Balcãs.
Se volvidos estes anos todos a NATO e os EUA continuam ainda a ter que garantir a “paz” entre os insoletráveis e os impronunciáveis nos Balcãs imaginem quanto tempo isso vai levar para garantir a paz entre os Ahmed que consideram Maomé profeta e os Amhed que consideram Maomé profeta. E então se os Khomeinis e Khameinis se envolverem a sério….
Eu sei que as superpotências – como disse um general romano cujo nome já não me lembro – não se devem envolver em guerras entre tribos, mas o problema é que na vida real e principalmente no topo raramente a escolha é entre o que é bom e o que é mau, mas sim entre o que é mau e o que é pior.
O José sabe disso: O mau é os insoletráveis andarem outra vez à porrada com os impronunciáveis. O pior é eles andarem à porrada e os Yankees virarem as costas.
Antes de terminar tenho a dizer-vos que ninguém aqui quer saber do encontro entre o George e o José. Da embaixada da Lusitânia disseram-se que só recebem telefonemas dos jornais a perguntar pela Madeleine e a PJ.
Abraços,
Da capital do Império,
Jota Esse Erre
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segunda-feira, 9 de julho de 2007
Iraque: general yankee encoraja Democratas a fazerem ultimato a GW Bush
Antigo militar do staff de Jimmy Carter aconselha retirada de tropas da antiga Mesopotâmia como medida de ética e de justiça militar. "GW Bush recusa-se obstinadamente a admitir a derrota", frisa William E. Odom num texto divulgado pelo Truthout.Com. Ler aqui na íntegra...
A longa derrapagem e degenerescência político-moral de GW. Bush está à vista de todos. Só que os jogos políticos e o aproximar das Primárias no partido Democrático para a escolha do candidato presidencial estão a impedir que a maioria democrática tome as medidas fundamentais para evitar uma derrota desonrosa no Iraque. O antigo adido militar do secretário de Estado de Carter, William Odom, teve a coragem de exortar os membros da maioria do poder legislativo USA a ultimarem GW Bush a iniciar a retirada do Iraque. Caso contrário, frisa, devem levantar-lhe um processo de "Impedimento" de funções, porque " o comportamento presidencial constitui seguramente um alto crime face à impressionante perda de vida de soldados e marines, vítimas da prossecução de interesses meramente pessoais " do Pr. norte-americano.
O antigo general, expert na Contra-Informação, diz que os Democratas têm perdido no Congresso todas as batalhas para forçarem GW Bush a retirar as tropas do Iraque. Ele diz que Bush os enrola com a definição, que os "perturba", de "tomar conta das tropas", onde um serôdio e equívoco nacionalismo os forçam a deixar continuar a guerra. " A definição de GW Bush é um erro terrível " diz William Odom, "tomando em consideração o que ele obriga a suportar às forças armadas". Um tempo muito longo de missão no terreno de luta.
"Nunca as forças armadas USA foram constrangidas a permanecer num combate prolongado como agora no Iraque. Na Segunda Guerra Mundial, os soldados estavam considerados exaustos depois de 180 dias na linha da frente. Eram retirados para repouso várias vezes. Além disso, semanas a fio, largos sectores da frente de combate estavam calmos, proporcionando momentos de reabilitação física e psíquica. Durante alguns períodos na Guerra da Coreia, as unidades militares tiveram de permanecer em combate mas nunca por um período superior a 365 dias. No Vietname, a rotação das tropas era anual e o combate tinha tempos de significativas paragens", explica.
No Iraque, os soldados americanos permanecem progressivamente em combate, dia após dia, durante mais de um ano, com apenas 15 dias de repouso. Sujeitos "ao confronto quotidiano com o espectro da morte, a perda de membros ou da vista, ou de outras terríveis sequelas". "O impacto psíquico de tais efeitos produz, eventualmente, o que agora se apelida de anomalias originadas por um stress pós-traumático, que origina uma perda de capacidade no militar, o que pode estar na origem das matanças que ele comete. Este tipo de acções só se torna realidade meio ano após a presença do militar nas frentes de guerra no Iraque", analisa.
FAR
A longa derrapagem e degenerescência político-moral de GW. Bush está à vista de todos. Só que os jogos políticos e o aproximar das Primárias no partido Democrático para a escolha do candidato presidencial estão a impedir que a maioria democrática tome as medidas fundamentais para evitar uma derrota desonrosa no Iraque. O antigo adido militar do secretário de Estado de Carter, William Odom, teve a coragem de exortar os membros da maioria do poder legislativo USA a ultimarem GW Bush a iniciar a retirada do Iraque. Caso contrário, frisa, devem levantar-lhe um processo de "Impedimento" de funções, porque " o comportamento presidencial constitui seguramente um alto crime face à impressionante perda de vida de soldados e marines, vítimas da prossecução de interesses meramente pessoais " do Pr. norte-americano.
O antigo general, expert na Contra-Informação, diz que os Democratas têm perdido no Congresso todas as batalhas para forçarem GW Bush a retirar as tropas do Iraque. Ele diz que Bush os enrola com a definição, que os "perturba", de "tomar conta das tropas", onde um serôdio e equívoco nacionalismo os forçam a deixar continuar a guerra. " A definição de GW Bush é um erro terrível " diz William Odom, "tomando em consideração o que ele obriga a suportar às forças armadas". Um tempo muito longo de missão no terreno de luta.
"Nunca as forças armadas USA foram constrangidas a permanecer num combate prolongado como agora no Iraque. Na Segunda Guerra Mundial, os soldados estavam considerados exaustos depois de 180 dias na linha da frente. Eram retirados para repouso várias vezes. Além disso, semanas a fio, largos sectores da frente de combate estavam calmos, proporcionando momentos de reabilitação física e psíquica. Durante alguns períodos na Guerra da Coreia, as unidades militares tiveram de permanecer em combate mas nunca por um período superior a 365 dias. No Vietname, a rotação das tropas era anual e o combate tinha tempos de significativas paragens", explica.
No Iraque, os soldados americanos permanecem progressivamente em combate, dia após dia, durante mais de um ano, com apenas 15 dias de repouso. Sujeitos "ao confronto quotidiano com o espectro da morte, a perda de membros ou da vista, ou de outras terríveis sequelas". "O impacto psíquico de tais efeitos produz, eventualmente, o que agora se apelida de anomalias originadas por um stress pós-traumático, que origina uma perda de capacidade no militar, o que pode estar na origem das matanças que ele comete. Este tipo de acções só se torna realidade meio ano após a presença do militar nas frentes de guerra no Iraque", analisa.
FAR
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