
quinta-feira, 25 de março de 2010
Conselho de "Justiça" da FPF (2)

quarta-feira, 24 de março de 2010
Conselho de "Justiça" da FPF
Artigo 1º - Definições
d) Agentes: os dirigentes e funcionários dos clubes, jogadores, treinadores, auxiliares-técnicos, árbitros e árbitros assistentes, observadores dos árbitros e delegados da Liga, médicos, massagistas e, em geral, todos os sujeitos que participem nas competições profissionais organizadas pela Liga ou que desenvolvam actividade, desempenhem funções ou exerçam cargos no âmbito dessas competições.
Artigo 115.º - Das agressões:
Delegados ou outros intervenientes no jogo com direito de acesso ou permanência no recinto desportivo;
e) Agressão que determine lesão de especial gravidade quer pela sua natureza quer pelo período de incapacidade: suspensão de 1 a 6 anos e multa de € 5.000 (cinco mil euros) a € 25.000 (vinte e cinco mil euros);
f) Agressão em outros casos: suspensão de 6 meses a 3 anos e multa de € 2.500 (dois mil e quinhentos euros) a € 7.500 (sete mil e quinhentos euros).
2. Os factos previstos nas alíneas do número anterior quando na forma de tentativa são punidos com os limites das penas acima indicadas reduzidas a metade.
Artigo 120.º - Das agressões
1. São punidos nos termos das alíneas seguintes as agressões praticadas pelos jogadores contra:
Delegados ou outros intervenientes no jogo com direito de acesso ou permanncia no recinto desportivo.
a) Resposta a agressão: suspensão de 2 a 6 jogos e multa de € 1.250 (mil duzentos e cinquenta euros) a € 12.500 (doze mil e quinhentos euros);
Público:
Agressão: suspensão de 1 a 4 jogos e multa de € 750 (setecentos e cinquenta euros) a € 3.750 (três mil setecentos e cinquenta euros);
Concordo que é discutível que um steward deva ser considerado um interveniente no jogo. Contudo é assim que são tratados pelo regulamento disciplinar à luz do qual este Conselho de "Justiça" da FPF julgou os recursos do FC Porto. Não havia qualquer alernativa à decisão, correcta, do Conselho de Disciplina da Liga. Porque ou o CJ considera que Hulk e Sapunaru responderam a agressões (o que é desmentido pelos relatórios de árbitro e delegado da Liga e pelas imagens), ou equipara os stewards ao "público", o que, convenhamos, roça o absurdo. E ainda dizem que é o Benfica que é "levado ao colo" nesta opereta bufa a que chamamos "futebol português".
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
sexta-feira, 20 de abril de 2007
A paranóia e os seus limites
Não é de espantar que os amigos se protejam. Nada melhor para desvalorizar a extrema-direita que fazê-la igual à "extrema-esquerda" (que, neste caso, é entendida como nada mais nada menos... que o PCP e o BE!). Aliás, o perigo dessa "extrema esquerda" para a democracia é ainda superior: é que estes tem votos, e os outros não (daí o perigo para a democracia, curioso, que vêm da legitamção democrática a que estes partidos se sujeitam).
Aqui há duas lógicas a convergir: por um lado, branqueia-se a extrema-direita: "também se aceita a extrema-esquerda, que até é representada no parlamento, e no fundo está integrada pela democracia, qual o problema de surgirem uns lunáticos do outro lado?"- esta é a lógica instrumental do argumento. Mas há também uma fobia subterrânea nestes senhores, que sentem tanto asco por tudo o que lhes cheire a "esquerda" que não se importam de desculpar os capangas que fazem os trabalhinhos sujos, assim como "devaneios da juventude".
Resta-lhes explicar, para que a comparação tenha o mínimo de honestidade intelectual, se os militantes do PCP e do BE andam armados; se participam em espancamentos daqueles que tem ideias, hábitos, ou simplesmente uma cor de pele diferente; se vivem numa lógica de violência e se sentem em estado de guerra; se têm treino militar; se utilizam actividades criminosas para se financiar.
E apetecia-me mudar o tom para explicar a alguns exaltados comentadores desse post a diferença entre "desobediência civil" - sim, a tal que faz parte do programa do campo de férias da juventude do BE - e violência. Que a "desobediência civil" é a resistência pacífica, e mesmo passiva, a uma autoridade que se contesta. Que foi o Gandhi que a inventou. Mas valerá a pena explicar estas coisas a certas alminhas atacadas da paranóia esquerdofóbica?
E apetecia-me mudar ainda mais o tom para perguntar a certos mentirosos cuja patologia ultrapassa em muito a paranóia onde é que eles viram essa "violência dos okupas" contra os pacatos cidadãos? Em frente de casa ocupada é que é inseguro passear? Porque razão é que, repetidamente, os habitantes dos bairros onde existem casas ocupadas se colocam do lado dos okupas contra os despejos destes?