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quarta-feira, 11 de abril de 2007

Segoléne

A França, com todas as suas idiossincracias, algumas detestáveis, é um grande país. Não é por acaso que é pátria de grandes pensadores e terreno de mudanças políticas há muitos séculos: é a tendência meio chauvinista dos franceses para se pensarem grandes que os leva a pensar em grande.
As mudanças sociais e políticas urgentes neste principio de século precisam de terrenos assim. Têm de ser postas à prova, para que se possa provar que outra forma de entender as relações sociais, que ultrapasse o abjecto egoismo activo dos "liberais", é possivel, viável, saudável.
Numa noticiazeca do DN De hoje sobre Ségolene Royale estava algo do que pode ser um esboço de um programa político de Esquerda no século XXI: aumento do ordenado mínimo; gestão do mercado público; reservar as ajudas públicas às empresas que não façam despedimentos quando têm lucro; revisão dos estatutos do Banco Central Europeu, para que o crescimento e o emprego façam parte dos seus objectivos.
Mesmo com a globalização dos mercados, tenho a certeza que um programa político de Esquerda aplicado em qualquer país forte da Europa tem todas as condições para ser possivel, viável e saudável. Que depois se vejam os resultados. Aí veremos se o Friedman sempre tem razão.


(Regresso após férias. Espero que as vossas tenham sido tão boas como as minhas)