Roseta, mais uma vez, roeu a corda, impedindo uma maioria de Esquerda com um programa para Lisboa. Ela diz que "agora se viu a quem o Zé faz falta". E a Roseta, faz falta a quem? A Lisboa? Ainda se a sua agenda fosse partir o PS ao meio, por aí eu percebia, e concerteza apoiava. Mas o que vejo são "compromissos com os cidadãos", "compromissos com a cidade", sem qualquer substância, ou política, ou de projecto, ou de governabilidade para esta cidade a cair de podre. Espero enganar-me, mas cada vez mais vejo nesta "lista independete" uma vendetta.
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sexta-feira, 3 de agosto de 2007
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Um bom acordo

Confesso que nestas eleições em Lisboa acabei a dar o dito por não dito, e votei em Sá Fernandes. Porque a candidatura de Roseta me desulidiu imenso, primeiro ao rejeitar a unidade da Esquerda que podia ter sido a maior surpresa dos últimos 20 anos de regime democrático, e depois pela paupérrima campanha que fez, um chorrilho de banalidades e apelos vácuos à "participação dos cidadãos". Acho que decidí o meu voto depois de, à pergunta "qual a prioridade para o Bairro Alto", Roseta responder "apagar os graffitis".
Dito isto, penso que o acordo encontrado entre Costa e Sá Fernandes é um bom acordo para as duas partes, e sobretudo para a cidade. António Costa pode ser, sem dúvida, um bom presidente de câmara. Porque tem peso político, inteligência e, sobretudo, ambição. É um homem que quer deixar uma marca, para daqui a uns anos estar em posição de suceder a Sócrates, e por isso não quer falhar.
Sá Fernandes, pelo contrário, garante o equilíbrio "radical" que a governação desta cidade exige, ela que está farta de meias-tintas e de interesses. Lisboa tem, urgentemente, de mudar e encontrar um rumo, e ninguém como o vereador do BE parece conhecê-lo melhor: aposta na habitação a custo controlado, para trazer jovens para o centro, na frente ribeirinha, para potenciar o que de mais belo a cidade tem para oferecer aos seus visitantes, e no corredor verde, para torná-la aprazível para os seus habitantes. Acrescentaria tirar o mais possível os carros do centro, reforçar os transportes públicos, e construir uma nova ponte rodo-ferroviária entre Chelas e o Barreiro (embora isto não dependa da câmara). Bom seria que a coligação pudesse incluir também Roseta, também ela uma conhecedora profunda da cidade, e com o know-how de arquitecta a constituir mais-valia, e o seu número dois, Manuel Silva Ramos, dirigente da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados, que certamente exigiria como condição medidas para reduzir ao máximo o tráfego automóvel na cidade. Para já, um bom começo.
(Entretanto os "liberais" espumam-se com o acordo, o que só pode ser bom sinal)
quinta-feira, 10 de maio de 2007
A candidata que a esquerda exige

Recordam-se aqui as palavras do Luis Palácios em comentário a este meu post, no rescaldo das últimas autárquicas:
«O outro candidato, direi a outra candidata é a presidente da ordem dos arquitectos Helena Roseta. Para mim a melhor de todos, com conhecimento técnico da mais importante questão de Lisboa, o urbanismo, com frontalidade e coragem de tentar politicas arrojadas e inovadoras para a cidade, com uma consciência social invulgar no PS e uma capacidade de agregar as esquerdas como mais nenhum. Evidentemente que pensar nela como candidata é utopia. As posições por si assumidas nos últimos anos, em clara e constante demarcação da linha oficial, fazem dela uma figura pouca querida pela grande maioria da cúpula do PS.»
Pelos vistos, Roseta sabe-o tão bem como o Palácios, daí que tenha optado por sair do PS. Este, em particular na capital, afunda-se em jogos de bastidores e guerras de protagonismo, como se viu muito bem nesta metade de legislatura que ora finda. Não tenho dúvidas: Helena Roseta é a minha candidata. Se conseguir construir uma base de unidade ampla à esquerda, que tem de incluir José Sá Fernandes e o BE, embora não deva pedir emprestada a sigla a ninguém, estamos perante uma oportunidade quase única de demonstrar que é possível formar projectos ganhadores progressistas, e que escapam à lógica do centrão e ao neoliberalismo.
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