
Deixem-me puxar dos galões
Não são os da tropa que não frequentei. Mas ainda andava eu no Liceu António Enes, com o Luís Carlos Patraquim, o Victor Nogueira Pereira e mais uns quantos, quando lançámos um jornal, O Progresso. Mais tarde, já a frequentar a Universidade, ainda em Moçambique, com a Joana Pereira Leite, o José Luís Faria e, salvo erro, o Castro Guerra, foi a vez de O Manifesto. Em 1976, em Évora, estava num comando internacionalista, mais o José Pinto de Sá, a Dot e o Marciano, a lançar um dazibao, afixado no Arcada, com o sugestivo título Arreda Canalha Totalitária.
O O Progresso acabou com a interferência da extrema-direita universitária moçambicana, na altura liderada pelo Mesquitela e pelo Martinez. O O Manifesto fechou porque os dirigentes da Frelimo entenderam que só eles podiam falar de Marx. A Canalha Totalitária não arredou. Sou de esquerda e prefiro o Sócrates ao Coelho. Vivo com qualquer deles. Já se triunfar a Canalha Totalitária vou ter que emigrar. Antes contem comigo para combater a canalha.
(A propósito do que leio nos blogues)