Mostrar mensagens com a etiqueta Le Canard Enchainé. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Le Canard Enchainé. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A "sarkolândia" vista pelo Le Canard Enchainé

O principal conselheiro e "caneta" de Nicolas Sarkozy aponta o Canard como exemplo tipo do Jornalismo de investigação de alta qualidade

Aí está ela, a verdade, a saltar como a sardinha da costa: Henri Guaino, o principal conselheiro do novo Pr. francês, considera o Le Canard Enchainé como um jornal de alta qualidade informativa. Com uma redacção pequena e sem publicidade, o grande semanário da Política e da Sociedade francesa ganha novos louros com a tomada de posse do sucessor de Jacques Chirac. O que é de sublinhar, no duro e complexo contexto da Nova Informação gaulesa onde, a Blogosfera, tem um grande poder também.

O que nos diz esta semana o Canard ? Que Fillon, o primeiro-ministro, começa a sentir na pele os efeitos da hiper-presidencialização instaurada por Sarkozy. Ao quero, falo, posso e controlo tudo do PR, Fillon, um puro radical centrista com gaulismo socializante à mistura, começa a sentir-se constrangido e a responsabilizar os homens-de-mão de Sarkozy, a sua guarda pretoriana, como o secretário-geral da Presidência, Claude Guéant, o tal Henri Guaino e o porta-voz Martinon, o trio infernal que rodeia o novo super-magistrado hexagonal.

"Há acertos a realizar com os colaboradores do Presidente que falam muito", confessou Fillon ao Figaro, o ex-líbris jornalístico da direita francesa. E o Canard a ir por diante e a usar o conceito operatório de Unidades de Barulho Mediático, controladas por um expert na matéria e próximo de Sarkozy. Segundo a tabela, Fillon é dos que menos se ouve, o que menos unidades de barulho produz na Imprensa e TV. Sarkozy distancia-o a 2500 por cento de altitude sonora e caligráfica. A última que aconteceu a Fillon, é que Sarkozy se apoderou de um chalé nos jardins da residência do PM, uma das poucas vantagens da função e, além disso, vai legislar para ir à Assembleia Nacional, uma vez por mês, responder perante os deputados, o que deixa o PM quase sem funções políticas relevantes.


FAR