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terça-feira, 13 de maio de 2008

Putin cria Governo restrito com incondicionais e liberais


O todo-poderoso PM russo, o incontornável chefe da maioria presidencial, Vladimir Putin, divulgou já com a maior das celeridades a composição do seu primeiro governo. Um liberal , próximo do PR Medvedev, Alexei Kudrin, foi indigitado para vice-PM e ministro das Finanças, numa jogada para agradar ao Oeste, segundo caracterizou o F. Times hoje.O PR irá substituir o director do FSB, ex-KGB. O grande rival de Medvedev, o terrível Sergei Ivanov, foi despromovido a ministro sem pasta.

A grande novidade da equipa de Putin prende-se com a transferência que organizou dos seus principais conselheiros, que passaram do Kremlin para a chefia do Governo como aliados e conselheiros de um inner circle muito restrito. Igor Shuvalov, um antigo liberal e ajudante no Kremlin, passou a vice PM responsável pelas Relações Económicas Internacionais, e irá negociar o processo de adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio além de ter funções específicas para tentar revitalizar o enfraquecido tecido das PME , pólo decisivo para a retoma económica sustentada da economia.

Igor Sechin, um dos líderes da ala "dura" do poder, irá trabalhar ao lado de Putin na Casa Branca de Moscovo, assim se chama o imóvel da sede do governo. Sechin, que era considerado um hábil manipulador e uma figura parda do Kremlin, irá ter que resolver as magnas questões da Política Industrial e do Ambiente. Dois homens da máxima confiança de Poutin, Sergei Sobyanin, e o ainda PM, Viktor Zubkov, serão os dois vice-PM ao lado do incontestável maestro da política russa. O chefe da administração presidencial de Dmitri Medvedev será Sergei Naryshkin, antigo vice-primeiro ministro.Os restantes ajudantes do novo PR são caras novas:tecnocratas e liberais? A ver vamos…

A posse do novo governo deve ter lugar nos próximos dias. Os comentadores internacionais inquietam-se com a desmesura e o sistema constitucional fechado a sete chaves confeccionado por W. Poutin. O novo PR pode ser destituído por decisão do Parlamento(Douma), onde o partido chefiado pelo antigo presidente tem a maioria absoluta. Os desafios económicos e políticos em que a Rússia está envolvida são gigantescos: sem combater a corrupção e a burocracia- os dois males maiores- os prodigiosos planos de investimento e modernização industriais e de infra-estruturas- no valor de vários triliões de dólares – arriscam-se a serem perigosamente minados e tornados inoperantes.E depois será o caos e a Europa do Oeste pode ficar numa pantanosa situação, a vários títulos.

FAR

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Berlusconi forma governo tripartido e cobiça com ênfase lugar de Napolitano

O Cavalière , altaneiro ou glutão, nome de guerra de Berlusconi, apresentou ontem o novo governo ao PR italiano, o legendário comunista Giorgio Napolitano, de que as más-línguas juram que o novo PM quer vir a ser o sucessor deixando o governo, logo que possa, a cargo da sua secretária de Estado preferida e próxima, Gianni Letta, mais velha um ano, 73, do que o actual homem-forte do poder político transalpino de coloração muito dura e conservadora . A margem de manobra de Berlu é muito reduzida: perdendo GW Bush, só pode contar com os investimentos da Rússia de Poutin, de sentido mais do que problemático e obscuro, num país onde o sector público lidera o Factor Total de Produtividade, aliado a uma evasão fiscal incontrolável e uma indústria desequilibrada sem competitividade, segundo análise recente de Wolfgang Münchau no F. Times desta semana .
Berlusconi tinha andado a prometer cortes no números de ministros para se distinguir do macro--governo Prodi de gigantescas proporções. Não conseguiu. E confessou mesmo aos jornalistas que a " formação do executivo lhe causou muito sofrimento", por causa das reivindicações dos seus aliados de direita e extrema-direita renovada na atribuição dos postos. Forza Itália, partido berlusconiano, averbou 12 ministros, e a Liga do Norte e a Aliança Nacional ficaram com quatro cada uma. A novidade é que o líder e o número dois da L. do Norte entram no governo. E isso, dizem os comentadores políticos, só pode vir a causar problemas adicionais ao novo PM.
Quatro mulheres entram como ministros, a tempo inteiro. O PR opôs-se veementemente à nomeação de um jovem siciliano de 38 anos , Angelino Alfano, dado como muito próximo do PM, para o espinhoso e exposto cargo de ministro da Justiça. Do naipe das mulheres, destaque para a promoção de uma antiga rainha de beleza e corista da TV, Mara Carfagna, com 32 anos, para o cargo de Secretária de Estado da Igualdade de Oportunidades. Uma outra diva de 31 anos, Giorgia Meloni, foi indicada para a pasta da Juventude; e Stefania Prestigiacomo para a do Ambiente.Tudo a nivel de Secretarias de Estado, no entanto. A única ministra por extenso, a da Educação, é Maria Stella Gelmini
Berlu foi buscar três antigos ministros do seu anterior governo. O número dois da Liga do Norte, o racista e islamonofobo, Roberto Calderoli, cuja eventual nomeação levantou protestos de imediato na Líbia. Ninguém mais se esquece que andou a passear um suíno em terrenos dados para a construção de uma mesquita. E por outro lado, usou vezes sem conta uma t-shirt com os polémicos cartoons de Maomé realizados na Dinamarca. A coisa promete, tanto mais que Calderoli foi apontado para ministro do " Simplex " italiano para combater a burocracia e simplificar as leis…
O antigo comissário da Justiça Europeia, Franco Frattini, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. E Giulio Tremonti, eurocéptico e anti-globalização, aceitou a pasta das Finanças. Umberto Bossi, o todo-poderoso líder da Liga do Norte, ficou com a pasta essencial das Reformas e do Federalismo, pontos de fricção política maior no contexto da vida italiana. Três técnicos-todo-o terreno abraçam as pastas da Saúde, Trabalho e Infraestruturas, Altero Matteoli, do Desenvolvimento Económico, Claudio Scajola, e da Agricultura, Luca Zaia, respectivamente. Roberto Faroni herda a pasta do Interior e Sandra Bondki, a da Cultura.

FAR