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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Para o amante de fotografia que possa estar na dúvida...

© Jeff Wall, after "Invisible Man" by Ralph Ellison, the Prologue 1999–200

...se ir a Santiago de Compostela ver a exposição do Jeff Wall vale ou não a viagem, espero com isto dar um último empurrão no sentido de IR. A exposição "Jeff Wall: the Crooked Path" fica por mais duas semanas no Centro Galego de Arte Contemporânea. 

Ver meia dúzia das suas imagens icónicas seria suficiente para justificar a viagem, mas há mais:

Para quem nunca presenciou um Jeff Wall, o momento é especial. As histórias inacabadas ganham vida e as personagens dão mais indicações. O tamanho e as caixas de luz permitem-nos olhar para todo e qualquer pormenor, confirmando que por detrás do acto obsessivo dessa realidade ficcionada está um autor que exige o domínio de toda a mise-en-scène, assim controlando toda a estrutura narrativa e libertando-se a ele próprio no acto da leitura, de receber as imagens, de as completar, as compreender. Não há erros, não parecem haver desfoques acidentais e só nas últimas impressões a jacto de tinta pode haver algum desconforto, ainda que a ruptura seja puramente técnica. 

Para quem já viu Jeff Wall, o discurso expositivo oferece muito mais. Não só porque o percurso do autor é ornamentado e preenchido pelas obras dos seus pares, permitindo, indicando e em muito poucos casos forçando associações, mas também porque esses autores seus contemporâneas são eles mesmos pedras basilares da História contemporânea, desde a literatura à fotografia, passando pelo cinema, a pintura, a escultura, a performance e a instalação. Temos Thomas Ruff, Thomas Struth e Bustamante, Otto Schulze e Winogrand, uma prova única de Horsfield e os únicos Gursky que até hoje desfrutei de ver. Há referências a André Breton, Bergman, Duchamp e a lista de argumentos segue. 

Já a caminhar para o fim da exposição uma dupla de naturezas-mortas de Christopher Williams que nos deixam a salivar. De uma forma bem mais desajeitada, espero ter aberto o apetite. 


© Christopher Williams Bergische Bauernscheune, Junkersholz, Leichlingen 2009

sábado, 31 de dezembro de 2011

Levar o passado para o futuro?

Não é bem isso, é mais ver se não se repete!
Votos de um bom 2012, em especial para a trupe deste blog.

 
© Arquivo de Família, Sofia Silva

a imagem lê "Jody: como vês, aqui também há pretos, e eu até aproveito para lhes dar beijinhos! Que tal, também queres?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Time after time blow up

© Ori Gersht, Time After Time: Blow Up No. 14, 2008

Aquando de preparar aulas esbarro na fantasiosa ideia de que “posso fazer alguma coisa por estes putos”, que de facto os posso ajudar a encontrarem uma identidade, ou pelo menos um ou dois motivos para se entusiasmarem com a ideia de tomarem consciência de si próprios. 
No curso desta divagação os pensamentos dão nós e detenho-me a pensar na questão do grupo e como tanto daquilo que julgamos ser a nossa Identidade nos é imposto pelos outros, ou pelo menos pela sua percepção. É realmente como se fossemos um objecto, um bocado de matéria espelhada que tudo reflecte e muito pouco absorve. 
Entretanto ocorre-me trazer à baila as questões da Identidade política, mas os dedos tomam as rédeas do tempo e deparo-me com mais uma notícia sobre um episódio de violência contra os ciganos, desta vez na República Checa e embora pudesse(mos) ficar aqui a discutir questões de emi- e imi-gração o que fica deste e doutros artigos é o perfeito desequilíbrio de adrenalina desta gente (não comparável à que circulava nos motins de Londres, basta ver pelos corpos destas bestinhas e talvez pela roupagem). Como generaliza a elite intelectual de esquerda o problema de toda esta violência descompassada é a falta de sentido de pertença, a ideia de “worldless”, mas continuo sem conseguir ligar directamente a pobreza, a falta de oportunidades, o desemprego, o tédio, ao culto do corpo, ao ideal da força física e do sucesso, e muito menos aos “ideais” de extrema-direita, sobretudo se me lembrar de uma das teorias do Michael Hardt de como a pobreza pode estar na origem de um movimento de amor (como conceito político, no sentido de partilha e sentido de comunidade), mas talvez isso só se aplique na América do Sul...
Laura Nadar

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Frases curtas

© Chih-Chien Wan, Newspaper Wrap, 2004
 

Retomando o percurso há uns meses deixado em lume brando dou com esta posta início a uma reflexão mais detalhada (e/ou/mas também tão esporádica quanto necessária) sobre o tema da Autenticidade que se escusará aos leitores com pouco interesse nesta questão do que é ser-se autêntico.

O enquadramento aplicar-se-á tão à actualidade quanto me for possível acompanhar a realidade, também de forma a evitar o campo minado em que a temática se esconde, tão cheio de contra-sensos e relativismos capazes de deixar qualquer um à beira do golpe baixo da relativização.

Espero manter-me à altura e não contribuir para essa luta desenfreada entre o hemisfério sentimental e o contrato social. Ao mesmo tempo espero também que vá ficando claro que esta reflexão não pretende ser uma incursão ao mundo das impossibilidades de se ser livre mas antes à ideia da responsabilização de se ser um Eu próprio. Porque esta última assusta qualquer um cá andamos; a maioria a sofrer de normalidade e uns outros tantos de contas mal feitas com a loucura.

Termino esta introdução deixando cair a única conclusão que prevejo tirar sobre o assunto (lembrar-me-ei de me esforçar por não tirar mais nenhuma), a mesma de que a literatura nos convence: na sociedade contemporânea, é impossível o binómio de um ser autêntico e um ser funcional. Para a avistar, contudo, exige-se apenas que se escolha um caminho e que por ele se seja responsável. Exige-se porque se pode, cada um que pique as pedras como lhe convir.

Laura Nadar

quinta-feira, 3 de junho de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

No Photos!!!

O realizador, a modelo, e o "protector" que não gosta de fotógrafos. Nova Iorque

Foto de Jota Esse Erre

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O anúncio

Modelos a serem fotografados para um anúncio. Brighton Beach Nova Yorque

Foto de Jota Esse Erre

quarta-feira, 26 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Nascer do sol na Costa do Sol. Maputo. Outubro de 2009

Foto Sérgio Santimano