Em menos anos se constrói uma morada, seja ela o que se quiser chamar.
Pergunto-me se um prisioneiro encaixará em si o termo "saudade", quando devolvido ao início do percurso que o conduziu até ali. Não o sentimentalismo barato, mas aquilo que se tornou em mais alma, porventura com os cheiros já adocicados do inimigo, pelo tempo de convivência.
Que pode uma pessoa passar a pensar e sentir, devido a uma mudança de chão?
É inimaginável...
Que estranheza haverá, em supôr que ela exista no olhar de uma "colombiana" raptada há anos?
O resgate não foi uma libertação, mas numa visão radical, um novo rapto, desta vez o que a faz regressar a um mundo para o qual já não pode olhar do mesmo modo.