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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Viena 2008, em memória a Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)
Foto:g.ludovice

If I accept you as you are, I will make you worse; however if I treat you as though you are what you are capable of becoming, I help you become that
Goethe


A isso se chama em urbanismo, a imaginar o futuro. No amor, a apostar na construção de sentidos. Na educação, a conceber a diferença entre a potência e o acto. Na poesia, a embalar o mais além ao colo. Na vida, a empurrar a morte que também se apelida de cristalização. Na política portuguesa, a conceber a usurpação de direitos básicos aos cidadãos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Dos Cafés..

Café Mozart com esplanada para Albertina. Viena, 2008
Foto:g.ludovice

"(...) O típico café vienense que é famoso em todo o mundo, sempre me produziu um sentimento de aversão, porque tudo nele é contra mim. Por outro lado, durante décadas senti-me no Braunerhof, que foi sempre inteiramente contra mim, (como o Hawelka) como se estivesse em minha casa, como no café Museum, como noutros cafés vienenses que frequentei nos meus anos de Viena.(...) Sempre detestei os cafés vienenses, porque neles fui sempre confrontado com os meus iguais, esta é que é a verdade, e eu não quero ser permanentemente confrontado comigo e muito menos no café, aonde vou para fugir de mim, mas precisamente aí acabo por ser confrontado comigo e com os meus iguais. Eu não me suporto a mim mesmo, quanto mais toda uma horda de meus iguais que cismam e escrevem. Eu fujo à literatura onde quer que seja, e por isso tenho de me proibir de frequentar o café de Viena ou pelo menos ter sempre presente, quando estou em Viena, que não devo entrar de maneira nenhuma e seja em que circunstância for num chamado café de literatos vienense. Mas sofro da doença da ida ao café, sou continuamente obrigado a entrar num café de literatos, embora tudo em mim contra isso se insurja. Quanto maior e mais profunda era a minha aversão aos cafés de literatos vienenses, mais vezes e mais entusiasticamente eu neles entrava. Esta é que é a verdade. Quem sabe como teria sido a minha evolução, se não tivesse conhecido o Paul Wittgenstein precisamente no auge dessa crise que, sem ele, me teria lançado provavelmente de cabeça para baixo no mundo dos literatos vienense e do seu pântano intelectual (...)"
In: O sobrinho de Wittgenstein - uma amizade, Thomas Bernhard, Assírio e Alvim, 2000

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Movimento Secessionista

Edifício da Secessão, desenhado pelo arquitecto Joseph Maria Olbrich (1897) como manifesto do movimento secessionista. Tem apenas duas cores, branco e dourado. A sua forma geométrica básica é o quadrado, sendo suavizado o acabamento com curvas e ornamentos. Tem um friso de 34 m criado pelo pintor austríaco Gustav Klimt em 1902, em homenagem a Ludwivg van Beethoven. A sua cúpula tem três mil folhas de louro douradas (símbolo do louro: vitória, dignidade, pureza) .

O edifício é apelidado carinhosamente pelos vienenses, como "couve dourada". Boa parte do seu interior foi saqueado durante a segunda guerra mundial e a partir dos anos 70, salvo do seu declínio. A crítica comparou-o a uma estufa, armazém ou casa de banho pública. Contudo, hoje é considerado uma das mais importantes obras do estilo Arte Nova vienense.

Por cima da entrada, a divisa do movimento:

"Der Zeit ihre Kunst. Der Kunst ihre, Freiheit"

"A cada época a sua arte, à arte a sua liberdade"

www.secession.at

Foto:g.ludovice

domingo, 18 de maio de 2008

Da Alma..

"(...) À frente, o rosto e as mãos olham a partir dela, as sensações e aspirações passam diante dela, e ninguém duvida que aquilo que se faz nesse espaço é razoável, ou pelo menos possuído de paixão. Ou seja, as circunstâncias exteriores pedem-nos para agir de uma maneira que qualquer um pode compreender; e quando nós, enredados nas paixões fazemos coisas incompreensíveis, também isso está, à sua maneira certo. Mas por mais perfeito, compreensível e acabado que tudo pareça ser, é sempre acompanhado pelo sentimento obscuro de se tratar apenas de uma metade. Falta qualquer coisa nesse equilíbrio e o homem avança para não vacilar, como na corda bamba. E ao avançar na vida e deixar atrás de si o que viveu, o que está por viver e o já vivido formam uma parede, e o seu caminho assemelha-se então ao do caruncho na madeira, que pode furar ou recuar, mas deixa sempre um espaço vazio atrás de si. E é nesta terrível sensação de um espaço cego e amputado atrás de todo o espaço cheio, nesta metade sempre em falta mesmo quando tudo é já uma totalidade, que podemos entrever aquilo a que se chama alma.(...)"
Robert Musil (Escritor Austríaco)
in: "O homem sem qualidades I"

Viena 2008
Foto:g.ludovice

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Friedensreich Hundertwasser (1928/2000)

Hundertwasser concebia as janelas como a alma de uma casa, tendo por isso diferenciado as janelas em forma e tamanho, neste povoado colorido.

Hundertwasserhaus foi inaugurada em 1986, sendo um dos marcos da cidade.


Cada apartamento é único na sua estética e é demarcado, por uma linha separadora constituída de azulejos.


Vivem aqui cerca de duzentas pessoas, nos cinquenta individualizados apartamentos.


Nos seus jardins suspensos tem cerca de duzentas e cinquenta grandes árvores, arbustos e um relvado.

Na Lowengasse, está a entrada principal para este edifício de conto de fadas, em Viena.
fotos:g.ludovice

terça-feira, 6 de maio de 2008

Sigmund Freud Museum

Café Freud, uns conscientes passos à esquerda do Museu de Sigmund Freud.

Interior do café em homenagem a um dos Homens que abanou o século XIX e XX, com a descoberta do Inconsciente e o estudo da Psique Humana. A definição simples do Homem como animal racional tornar-se-ia polémica.

Museu, em memória do Pai da Psicanálise.

Sigmund Freud morou e trabalhou aqui nesta casa em Viena, entre 1891 e 1938, quando se exilou em Inglaterra, devido à invasão nazi.
Autógrafos, fotos, objectos pessoais, alguns objectos da sua colecção de arte popular, livros e a biblioteca científica criada por iniciativa de Anna Freud e que através de donativos e contribuições, se tornou numa das maiores bibliotecas psicanalíticas da Europa, com cerca de 30.000 volumes cobrindo as várias facetas da teoria psicanalítica, terapia e sua história. O inventário inclui mais de setenta jornais em diversas línguas, novas publicações, primeiras edições do trabalho de Freud e a colecção completa de literatura psicanalítica que apareceu em Áustria antes de 1938.

Rua Berggasse 19, Viena. bibliothek@freud-museum.at
Fotos:g.ludovice

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Terra

O seu telhado construído em 1490 é coberto por cerca de 250.000 azulejos coloridos, que formam o brasão de Habsburg. Foi reabilitado após um incêndio na 2º guerra mundial.

Os alicerces da igreja românica original datam de 1147, mas os seus traços mais antigos são o Pórtico dos Gigantes (Riesentor) Séc.XIII e as Torres dos Pagãos (Heidentuerme). Nos Séc. XIV e XV vários soberanos Habsburgs deixaram a sua marca na reconstrução da nave gótica, das capelas laterais e do coro.

Por todas as ruelas centrais, cheira à sua proximidade.
Inevitavelmente ali, a azulejar todos os olhos em si, Stephansdom. Os vienenses carinhosamente chamam-lhe a Steffl e está em pleno coração da cidade.
Foi uma luz ao fundo do túnel para os austríacos, quando começou a ser reconstruída após os bombardeios, na 2º guerra mundial, espelhando um novo começo para todos.

Na Stephansplatz, o mais belo edifício gótico austríaco:
Catedral Stephansdom.
Viena 2008
Fotos:g.ludovice

quarta-feira, 30 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Terra




Wiener Mozart Konzerte, Viena 2008
Foto:g.ludovice

Wolfgang Amadeus Mozart (1756/1791), nasceu em Salzburgo, embora a sua vida enquanto compositor tenha estado ligada a Viena, para onde se mudou em 1781; foi aqui que escreveu as suas maiores obras e onde celebrou todos os seus triunfos e infortúnios, morreu aos trinta e cinco anos.
Mozart em Viena está presente em Staatsoper Wien (Ópera Nacional de Viena) por todas as narinas dos cavalos na cidade, na Ruhestatte Wien -St Marx (cemitério onde foi sepultado em parte incerta), dentro dos papéis brilhantes dos chocolates "Bolas de Mozart", no Mozart-Brunnen Wien IV, o seu rosto está nas chávenas de futuros pequenos almoços, no Papageno-Tor- Theather, na pele dos autocarros, e em Denkmal e......
Mozart casou-se na catedral de Stephansdom.
No café Mozart com esplanada para Albertina, pode-se tomar uma Mélange e comer uma deliciosa Sachertorte.
Mozart, uma bandeira Austríaca com uns meneios económicos, mas sobretudo o Génio que foi e que é imortal e derradeiro.