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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Allan D. Bloom: Weber e Nietzsche

" Weber designa Nietzsche como o ponto de partida comum dos pensadores admiráveis do séc.XX. Indica-nos também qual é o único problema fundamental: a relação entre a razão, ou a ciência, e o bem. Quando fala da " felicidade " ou do " último homem", Nietzsche não quer dizer que o "último homem" seja infeliz, mas únicamente que essa felicidade é nauseabunda. Para se compreender acertadamente a situação em que nos encontramos, é preciso possuir a experiência de um desprezo profundo; ora a nossa capacidade de desprezo está a desaparecer. A ciência de Weber pressupõe esta experiência, que se pode classificar de subjectiva "
In Allan D. Bloom, A alma desarmada.Ensaio sobre o declínio da Cultura Geral. Edit. Julliard.Paris
FAR

sexta-feira, 21 de março de 2008

Uma de Nietzsche para o top do nosso Blogue

Andamos todos engajados na guerrilha política e passional causada pelos solavancos assimétricos da Governação. Procuramos munições no virtual, no passado e nas entranhas. Estamos vivos e defendemos a Liberdade de Expressão com todos os dentes. Não queremos voltar para trás e despachar banalidades controladas e mesquinhas. O nosso sucesso de audiência atingiu uma velocidade de cruzeiro, que se espera reforçada, cada vez mais e melhor.

De Friedrich Nietzsche, um texto muito interessante sobre a Amizade, inserto em “Aurora”.

Tem barbas a objecção que se faz à vida filosófica de que, por ela, nos tornamos inúteis aos nossos amigos; isso torna-se impensável, no entanto, para o espírito de um homem moderno, pois é muito antiga. A antiguidade celebrou profunda e fortemente a noção de amizade, e quase que a levou para a cova. Isso construiu uma vantagem sobre nós: podemos-lhe opor o amor ideal do sexo. Todas as grandes coisas que foram realizadas pela humanidade antiga radicaram no facto do homem se encontrar ao lado do seu semelhante; e que nenhuma mulher conseguiria ultrapassar o objecto do amor mais próximo e alto, ou mesmo o ser o objective último - como ensina o sentimento da paixão. Talvez por causa disso, as nossas árvores não crescem muito por causa da hera e da vinha que nela se enroscam”. (Tradução livre)

FAR

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

A tentação de Nietzsche: alguns dados

Bataille e Heidegger, Deleuze e Rorty ou Foucault ajudam-nos a pensar a tentação de Zarathustra, inexpugnável libelo contra a filosofia idealista de Sócrates, Descartes e Hegel.

Ninguém pode ter a estulta pretensão de ter lido " todo " Nietzsche, a não ser que se tenha perdido nos meandros da mais abjecta das senilidades. A obra do genial demiurgo ergue-se pela radicalização da noção kantiana de síntese, onde o idealismo e a moral se postulam como marcas da ontologia metafísica mais inoperante. Aprofundando o anti-transcendentalismo de Schopenhauer e Kierkegaard, Nietzsche tentou fazer o contrário da apóstrofe de Hegel sobre a filosofia: "Deter o seu tempo no pensamento".

Datam de 1919 as primeiras traduções francesas da obra irregular e assimétrica, contraditória e ambiciosa de Nietzsche. Mas só a partir de 1950 se começam a editar os livros principais. " Assim Falava Zarathustra " surgiu em língua francesa em 1953, por exemplo. Quando, "A Vontade de Poder", o tinha sido em 1948; e a "Gaia Ciência", em 1950 também.

A primeira edição alemã das Obras Completas de Nietzsche sai dos prelos, em Estugarda, em 1905, com 19 volumes. A que se juntam, dez anos depois, os 5 volumes da Correspondência. Nos anos sessenta, os eruditos italianos Giorgio Colli e Mazzino Montinari em conjunto com investigadores universitários alemães abalançam-se a fazer uma nova edição crítica das OC. Que será traduzida em Itália, no Japão e na França. Gilles Deleuze e Maurice de Gandillac supervisionam a tradução francesa. Nos anos 80, Pierre Klossowski lança uma edição nova da "Gaia Ciência". Num total de 14 volumes, a edição francesa que demorou cinco anos a totalizar, contém 6 volumes de Fragmentos Póstumos integrais e mais sete acoplados às obras do período correspondente entre 1869/1882.


FAR