Mostrar mensagens com a etiqueta Eleições. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Eleições. Mostrar todas as mensagens

domingo, 3 de abril de 2011

Correio Interno


André,
            Caiu o Governo, teoricamente, pois virá mais do mesmo, pelos mesmos, para os mesmos. Será uma campanha eleitoral de arromba, com os partidos a competirem entre si, para o título de quem promete mais “sacrifícios”. Essa grande marcha do consenso. Votem em nós, que baixamos as pensões e subimos o IVA, não! em nós, que para além disso, prometemos baixar os ordenados outra vez. Venham votar em nós que vamos pôr a geração 500 € no seu correto lugar: o de 400 €. Votem em nós que lhes tiramos os subsídios sociais todos. Em nós, que vamos despedir-vos com uma mão à frente outra atrás, sem direito a subsídio ou indemnização. E vão fazer tudo isto sem outdoors.
  
Abraços
Maturino Galvão

sábado, 18 de outubro de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

II - Zimbabué: Atraso na contagem eleitoral pode revelar fraude massiva

Três dias depois das Presidenciais, a contagem de votos tem sido realizada gota-a-gota, o que segundo observadores bem colocados pode denunciar fraude massiva. A jornalista sul-africana, Heidi Holland, disse ao Liberation que Mugabe "tudo fará" para se perpetuar no poder. Desenvolvendo uma análise psicológica que sustenta após a realização de um livro de entrevistas com o PR zimbabueano, a jornalista admite que Mugabe vai tentar manipular os resultados e agarrar-se ao poder. O déspota considera-se injustiçado pelos antigos colonos brancos, a Coroa britânica e pelo seu próprio povo, sublinha a repórter. Entretanto, os 14 países da Comunidade da África Austral para o Desenvolvimento (SADC), revelam-se muito "apreensivos" com a demora da contagem eleitoral e as represálias dimanadas das cúpulas militares afectas a Mugabe.

O NY Times Online, que acerta rigorosamente as notícias, revelava hoje de manhã, citando outro biógrafo de Mugabe, que "ele só não alterará os resultados a seu favor, se o não conseguir"; ao mesmo tempo, o mesmo observador, afirma "não ser certo que as forces militares e militarizadas estejam a cem por cento com Mugabe". Por outro lado, o NYT Online revela que a administração de GW Bush faz pressões sobre o Governo de Harare para que a contagem e revelação dos resultados eleitorais se processe sem lentidão.

Por fim, e ao meio-dia de hoje, o The Guardian On Line relata que, segundo membros do Corpo Diplomático instalados em Harare, há grande expectativa e a maior das atenções sobre uma reunião que decorreu sob a égide de Mugabe no Palácio presidencial, onde se discutiram duas opções: ou Mugabe se declara reeleito ou as F. Armadas decretam o estado de sítio para impedir a revolta da população. De acordo com o jornal, o ministro da Justiça, Patrick Chinamasa, de perfil autoritário e brutal, perdeu a sua reeleição no departamento de onde é natural. Vários outros ministros são dados como batidos, adianta a mesma fonte.

FAR

Aqui vídeo do New York Times

segunda-feira, 31 de março de 2008

Zimbabué: Mugabe derrotado?

Em directo com o Le Monde e o NY Times On Line Services, parece desenhar-se uma derrota estrondosa do PR vitalício e déspota, Robert Mugabe, nas Presidenciais zimbabueanas. As últimas estimativas avançadas pelo NYT, cerca das 18 horas de hoje, revelavam os seguintes resultados: 58 por cento para o candidato do Movimento da Mudança Democrática, Morgan Tsvangirai, 37 por cento para Mugabe e só 5 por cento para o antigo ministro das Finanças, Simba Makoni.

Num rápido balanço da campanha, se Mugabe tentou "instrumentalizar" as chefias das Forças Armadas e da Polícia contra os partidos da Oposição, de realçar a grande postura moderada e apaziguadora do chefe da Oposição, Morgan Tsvangirai, que se furtou a atacar pessoalmente Mugabe. E refutou o envio do "ditador" para o Tribunal dos Direitos do Homem, em Haia, por causa de massacres étnicos perpetrados, há uns anos a esta parte.

Mugabe conseguiu em oitos anos destruir grande parte da economia do Zimbabué, através de um plano sinistro que obrigou a maioria dos colonos brancos a abandonarem as suas terras e gado. A China e a Rússia reforçaram entretanto o seu controlo sobre as minas de ferro,cobre e carvão; e, em troca, providenciam apoio económico e politico à camarilha do partido governamental liderado por Mugabe. A elite política sul-africana tem adoptado um low profile e, sem grande alarde, tentado tirar partido das necessidades prementes do povo zimbabueano de alimentos e objectos de primeira necessidade. A seguir.

FAR

sábado, 22 de março de 2008

Irão: Radicais islâmicos "limpam" legislativas

É mais uma herança de GW Bush: o reforço do poder militar e religioso da facção Ahmid-Nejadh, o PR iraniano que pensa poder levar por diante o plano militar de enriquecimento do urânio. A terceira vaga das sanções impostas pela ONU, que coincidem com a realização da campanha das Legislativas, fizeram acentuar o peso da numenclatura integrista e radical do estado-maior dos Guardas da Revolução.

Segundo as notícias veiculadas pelo The Guardian, hoje, já que o NYT e o WP não analisaram ainda as primeiras estimativas, os partidários de Ahmid-Nejadh podem vir a alcançar, tudo o leva a crer, uma maioria absoluta superior a 70 por cento. 120 militares já foram eleitos e os Reformadores parece, pois muitas das operações de escrutínio foram contestadas e aguardam recontagem, terem conseguido eleger 40 membros, sobretudo nas capitais de departamentos.

"The conservative consolidation of power in Iran's parliamentary elections has shown that international sanctions are backfiring, according to liberal analysts in Tehran.

Religious conservatives have won 70% of the seats decided so far and are likely to maintain their grip after an imminent run-off vote for about 90 undecided seats.

The election has strengthened the hand of Iran's Revolutionary Guard, a militantly conservative force with growing control over the economy. At least 120 of the 290 members of the new parliament will be former guardsmen like President Mahmoud Ahmadinejad. Reformists, barred from standing across the country, have only won 40 seats. They expected to do well in Tehran, where they were allowed to compete, but are yet to win a seat there, and demanded a recount.
(...)
Even reformists say sanctions do more harm than good, by making Iranians close ranks around the leadership.

"Pressure will not work," said Seyed Safavi, who stood and lost in Tehran for the relatively liberal National Trust party. "Is there any pressure more than war?
"
Julian Borger in Tehran,Saturday, March 22, 2008
The Guardian

FAR

segunda-feira, 10 de março de 2008

JL Zapatero: Diálogo e abertura contra crise!

A Espanha deu mais uma grande lição à Europa. Enquanto Sarkozy quase conduziu a direita francesa à beira do abismo e Sócrates insiste na sua política de reformas audaciosas, Zapatero ganha confortavelmente as Legislativas por uma margem quase a raiar a maioria absoluta, esmagando a Esquerda Unida e os nacionalistas bascos e catalães, ao mesmo tempo que conteve a vaga da direita unida com a hierarquia católica ortodoxa.
O espectro do fim do verdadeiro "milagre económico espanhol” - que se alongou por cerca de uma dezena de anos - tornou mais imperativa a reforma e acutilância da direcção do PSOE, geração Zapatero, que tem audaciosos estrategos, uma imagem de marca de grande dinamismo e um brilho internacional indesmentível. José Sócrates só tem a ganhar em seguir o modelo Zapatero!


"Par contraste, le dynamisme économique n'a-t-il pas été favorisé par un consensus sur la politique à mener ?
C'est le cas : contrairement à la France, les deux principaux partis espagnols sont libéraux du point de vue économique. La politique conduite par les gouvernements depuis la Transition a été très favorable aux entreprises. Le franquisme était dirigiste. Beaucoup d'entreprises étaient publiques à la mort de Franco, et Felipe Gonzalez en a privatisé un grand nombre. Dans les années 1990, les opérations de fusions-acquisitions ont été encouragées, notamment dans la banque. Elles ont abouti aux deux grandes banques que sont actuellement le Santander et le BBVA.
A la même époque, de nombreux pays d'Amérique latine ont ouvert leur économie. Des entreprises espagnoles encore publiques à l'époque y ont investi, encouragées par les pouvoirs publics. C'est le cas de Telefonica, d'Iberia ou de Repsol, par exemple. Depuis, les entreprises espagnoles se sont déployées partout. Emilio Botin, président du Santander, passé du 12e au 8e rang mondial en 2007, n'hésite pas à dire que son objectif pour 2008 est de prendre la place de Citigroup comme numéro un mondial ! C'est un discours de conquérant.

La présence à l'étranger de quelques grands groupes suffit-elle à pérenniser le modèle de croissance espagnol ?
Non, elle leur permet de diversifier les risques, mais pas d'assurer la pérennité du modèle de croissance national. Les banques espagnoles ont un bon "matelas" pour faire face à la crise. La Banque centrale leur a imposé la prudence en leur interdisant d'utiliser certains instruments financiers considérés comme trop risqués. Mais la croissance ne repose pas sur des activités à forte valeur ajoutée : on a misé sur le tourisme, le BTP, la banque de détail. La seule exception, c'est l'énergie, avec une expertise dans les énergies renouvelables, l'éolien et le solaire en tête. Mais ça ne va pas beaucoup plus loin. On a détruit les côtes en alimentant la corruption, on n'investit pas dans la recherche, on ne fait pas suffisamment d'enfants : c'est un modèle qui n'est pas durable.
L'Espagne est encore sur sa lancée, elle bénéficie d'une image de grand dynamisme, mais le modèle s'épuise, et la crise économique internationale ne va pas l'épargner. A Sciences Po, des élèves d'Europe de l'Est s'inscrivent à mon cours pour comprendre comment on peut se développer grâce à l'Union européenne (l'Espagne a bénéficié de plus de 200 milliards d'euros de fonds européens depuis son adhésion en 1986). Et je leur réponds que l'Espagne est en péril : nos "trente glorieuses", de 1977 à 2007, sont sans doute achevées.
"
Sylvia Desazars de Montgailhard, Les "trente glorieuses" de l'Espagne s'achèvent. Le Monde


FAR