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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Justiça de classe

Seis meses de prisão para dois jovens envolvidos nos "distúrbios" da manifestação da Greve Geral. Sobre os polícias infiltrados, provocadores, e agindo à margem de qualquer enquadramento legal, que estiveram na origem de grande parte dos "distúrbios" que resultaram nestas condenações, a PSP e o ministro continuam a negar apesar de todas as provas, até em vídeo, os contrariarem, e a IGAI e a PGR assobiam para o lado. Registo também o carácter "não remissível em multa" das condenações, em contraste com tantos casos de criminalidade "comum" (querem uma comparação: eu mesmo fiz uma vez queixa de um segurança de discoteca, por agressão, um incidente bem mais grave que este, e apesar de ser o segundo caso que envolvia o dito segurança, a condenação foi remissível em multa). O senhor juiz terá claramente assumido o seu papel de "pilar do sistema", e esquecido o espírito da lei, esse simples instrumento. Mais um passo está dado no sentido da criminalização de qualquer tipo de contestação que escape ao inócuo enquadramento legalista dos sindicatos, e pretenda ser algo mais que a habitual válvula de escape do sistema.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Paulo Granjo: apelo aos comerciantes

O Paulo Granjo publicou um apelo muito interessante aos comerciantes para que adiram à Greve Geral, que abaixo se reproduz. Ele diz-nos que irá passar o texto aos da sua zona, que conhece pessoalmente, e com quem tem, portanto, relações que o tornam alguém credível aos seus olhos. Uma ideia muito válida, que pode ser partilhada por todos, já que o texto foi disponibilizado para download aqui (adaptando o quinto parágrafo).


APELO AOS COMERCIANTES

Caro Senhor comerciante:
É verdade que nos dias de greves a facturação costuma ser um pouco melhor.
É também verdade que as greves costumam ser feitas pelas pessoas que trabalham para outras, e não por quem tem o seu próprio negócio.
É verdade, ainda, que nas greves gerais as lojas costumam continuar abertas, dando a impressão de que tudo está normal e de que os comerciantes não têm nada a ver com o assunto.
Mas esta Greve Geral também tem a ver consigo. E muito.
Veja o meu caso: Desde o início do ano que levo para casa menos X% do salário. No Natal, vou receber quase menos XXXX euros de subsídio. No ano que vem, querem continuar a cortar-me no ordenado e não me querem pagar nem o subsídio de Natal, nem o de férias. E lá para Março vou pagar mais de IRS.
Quem é que acha que vai sofrer com isso, para além de mim e da minha família?
Não é o banco, pois a esse tenho sempre que continuar a pagar a casa.
São as compras que lhe faço a si e aos seus colegas que irão ficar cada vez mais pequenas, tal como as de todas as outras pessoas na minha situação. É também o senhor quem vai sofrer com isso.
Quanto mais o país ficar parado no dia 24, mais hipóteses há de que as coisas não sejam assim no ano que vem.
Ao fechar a porta do seu estabelecimento no dia da Greve Geral, estará a defender os interesses dos seus clientes e estará a defender os seus próprios interesses.
Peço-lhe que pense nisso.
Ass: NOME, PROFISSÃO

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A greve, a ocupação e os serviços mínimos

Foto roubada ao Spectrum
À manifestação de ontem, que no decurso da dita apelidei de "serviços mínimos da luta anti-capitalista", sucedeu, surpreendentemente, uma acção de luta que aprecio, apoio incondicionalmente, e que espero que tenha sucesso: uma nova ocupação em Lisboa, a segunda em poucos meses, desta vez na Rua de São Lázaro, 94. A coisa envolve distribuição gratuita de sopas, e uma rádio pirata disponível em 108.0 fm. Já se sabe que a mobilização nos primeiros dias é essencial, pelo que se apela à presença de todos no local.
No Spectrum encontram o essencial tanto sobre esta ocupação como sobre a manifestação. Da minha parte o tempo é neste momento muito escasso, pelo que este blogue também está mais ou menos a cumprir os serviços mínimos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Direito à greve?

Uma fonte interna informou-me hoje que a PT está a pedir aos chefes de departamento o nome das pessoas que vão fazer greve no dia 24, supostamente para "garantir os serviços mínimos". Mais concretamente: quem vai trabalhar nesse dia, e se é efectivo ou contratado. Este "pedido de informações" abarca áreas que vão muito para além daquelas que tem de facto de assegurar serviços mínimos (basicamente a gestão da rede). Além de configurar uma óbvia ilegalidade, o "inquérito" da PT é, claro, uma forma de intimidação dos seus trabalhadores e uma evidente limitação do direito à greve. É esta, portanto, a cultura das nossas empresas e dos nossos empresários, o desrespeito pelos direitos dos seus trabalhadores e uma atitude de perseguição e confrontação gratuita, para os "pôr na ordem", e para que trabalhem quietinhos e caladinhos (e note-se que nem é uma greve especificamente da PT, mas uma Greve Geral). Face a este tipo de atitudes, torna-se claro que ter esperanças na "concertação" e no "compromisso", como tantas vezes fazem os nossos sindicatos, é apenas cair na cilada habitual. Para defender os nossos direitos, não resta outra via que a do confronto, e não foram os trabalhadores que a escolheram.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Greve geral!

Uma ideia do Daniel Oliveira.

Quer-me é parecer que vai surgir por aí um fura-greves socratiano a picar o ponto...