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terça-feira, 27 de abril de 2010

A 1 de Maio no Maxime (4)


GRUPO DE TEATRO ENXADA MYSTIC

Grupo de Teatro criado no seio da XII Internacional Strikista-Positivista.
A peça “A Madrugada Rubra – O Material Tem Sempre Razão”, escrita por Karl Marxime e adaptada pelo operário-lutador Barreirense, Alípio Silva Mendes Silva, é apresentada no Cabaret Maxime no dia 1 de Maio. Faz sentido, dado que visa, precisamente, a luta de classes, a luta contra o capital, a luta contra os porcos-burgueses, enfim, a luta em geral - citando a tradução de Mendes Silva: “A fome imperialista não se mata com uma colher!”

FAT PACK
Os Fat Pack não são de ano algum.
Duo romântico constituído por Frank Sinistro (A voz) e Maestro Nick Internationale (O piano), tocam canções intemporais, contemporâneas e serôdias, temas estultos. São classe, estilo, inovação e o contraponto perfeito às parvoíces de esquerda que se irão ouvir na primeira parte do show – Fat Pack é música para gente gira, endinheirada e que sabe estar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A 1 de Maio, no Maxime (3)

Sobre o tradutor:

Alípio Silva Mendes Silva (Barreiro, 13 de Novembro de 1887- 31 de Dezembro de 1946), operário Barreirense, dedicou a sua vida à luta por uma terra sem donos.

Abalado pelo início da ditadura em Portugal, lançou-se na tarefa hercúlea de traduzir e adaptar o texto “Morgenrot- Das Material ist immer Recht” de Karl Marxime, tendo passado os seus últimos vinte anos de vida a trabalhar neste projecto, durante o dia, dedicando a noite à luta.

A sua caligrafia humilde e os seus parcos, senão nulos, conhecimentos de Alemão, transportam o texto de Marxime para uma nova dimensão da palavra. A linguística strikista-positivista encontra nesta obra o seu expoente máximo.

Mendes Silva morreu, às mãos da PIDE, a 31 de Dezembro de 1946, durante a tortura de passagem-de-ano. As suas últimas palavras foram: “Mataram-me com desdém. Já é meia-noite?”.

A 1 de Maio, no Maxime (2)

Sobre o autor:

Nos apontamentos de Alípio Silva Mendes Silva, Karl Marxime é descrito como sendo o pseudónimo de Heinrich Gähnenriesige, marinheiro e operário fabril, nascido em Ratzburgo, em 1847.

A única nota com laivos de biografia encontrada nas anotações de Mendes Silva ilustra o autor como sendo “um sábio trabalhador, humilde, com uma inteligência acima da média.” Mendes Silva refere também que “…o fulano que me vendeu o livro disse-me que o autor é muito conhecido na União Soviética e que o próprio Lenine tem um exemplar que lê, todos os dias, antes de se deitar na tábua com pregos a que chama cama. ”

Até aos dias de hoje, são estas as únicas informações disponíveis sobre Karl Marxime.

A 1 de Maio, no Maxime (1)

GRUPO DE TEATRO ENXADA MYSTIC

apresenta:

MARXIME-LENINIME

A MADRUGADA RUBRA – O MATERIAL TEM SEMPRE RAZÃO

AUTORIA: KARL MARXIME

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: ALÍPIO SILVA MENDES SILVA

Com:

Pai – Ricardo Guerreiro

Mãe – Bruno Rosa

Filho – André Carapinha

Outro Filho – Carlos Alves

Narrador – Carlos Ramos

Narrador 2 – Pedro Enguiça

Burguês – Nélson Oliveira

Operário 1 – António Pinto

Operário 2 – Miguel Afonso

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Los Santeros e Mad Dog no Maxime


(ouvir tracks 18 e 19)

DJOM PÓ-DI-PILOM


Mi própi qu’ê Djom,
Djom Pó-di-Pilom,
qu’ê dono di tchom,
tamanho, largom,
co midjo, rolom,
mandioca, fijom,
batata, mamom,
barnela, cimbrom
co pé di polom!

Mi própi qu’ê Djom,
Djom Pó-di-Pilom,
fadjado, roscom!
Casa, quintalom,
co pato, pintom,
galinha, frangom,
tchiquêro, litom
co roda fogom,
co tcheu calderom
ê‘Nhor Deus qui pô!

Mi própi qu’ê Djom,
Djom Pó-di-Pilom,
qui djunta tistom
contado na mom,
tó qu´intchi cerom,
saco, garrafom,
caxa papelom
co três balaiom,
pa mi co nh’irmom!

Mi própi qu´ê Djom,
Djom Pó-di-Pilom,
fadjado, roscom,
qu´ê dono tchom,
qui tem tcheu tistom
má qui ca ladrom!

Jorge Pedro Barbosa. 1958

(Poema musicado por Mad Dog & Los Santeros)