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sábado, 10 de abril de 2010

anaCrónicas 14

O bispo de Tenerife

O silêncio era uma regra do tempo e do medo do chefe. Agora há chefes, a cobardia soltou-se e há menos silêncio, cada chefe diz o que se lhe pede no débito do combate mediático global. Há uma ética do ruído, se não se lhe chamar ausência dela e os golpes sucedem-se na arena comunicacional. As intervenções da hierarquia do clero no mapa actual da pedofilia são nalguns casos desassombradas e entre a impossibilidade do seu silenciamento agora – na nossa Casa Pia, Pia repito, os casos que não vieram a lume, muitos mais que os conhecidos certamente, se não metiam membros do clero deviam-se basicamente a uma claustrofobia e miséria próprias de um bafio de sacristia misturado com regras de disciplina de caserna – e o comentário dos casos subsumido no escândalo alargando com os crimes crescendo a conta-gotas, ouvem-se as coisas mais extraordinárias. Duas delas bradam aos céus diria para parafrasear uma expressão bispal. A da comparação com o racismo que conduziu ao holocausto é obviamente deslocada e mesmo estúpida, mas a do bispo de Tenerife só o pode inculpar a ele como provável praticante – aos Domingos claro. Afirmar que a pedofilia é culpa da atitude provocatória e erótica das vítimas é pôr o carrasco no altar dos santos. Está tudo certo, esta é a igreja deles.

FMR

sexta-feira, 9 de abril de 2010

quinta-feira, 17 de abril de 2008

domingo, 9 de dezembro de 2007

quarta-feira, 18 de julho de 2007