Para ajudar a formar a opinião dos indecisos, e dispensá-los dos debates televisivos, poucos, entre candidatos a P e a VP, propomos que seja apenas avaliada a componente feminina envolvida nos tickets do Burro e do Elefante.
Comecemos pela dupla democrata. A senhora de Obama vence em todas as categorias, menos em beleza. A senhora Biden ganha em beleza a anteriori e em ‘casal moderno’. O senador do Delaware (minúsculo e discreto estado que é de facto a maior e melhor institucionalizada operação global de money laundering) já foi conhecido pelo seu segundo nome, aquele que se segue ao varão Joseph: ROBINETTE.
A mulher do candidato REP, Cindy (McCain), ganhou o prémio Taxidermia 1912 e aparentemente não fala.
Por fim, Sarah Palin, a governadora do Alaska - já lá iremos ao frost bite -, não perde no confronto com todas as ‘professoras’ do cinema porno de LA.
Pelo que, perdoar-me-á a Meditação na Pastelaria, perde relevância o pensamento da Hockey Mom. (Uma boa dica para os produtores da Vivid e outras grandes casas cinematográficas da Costa Oeste).
Recomendando o excelente post sobre o Alaska, in Meditação na Pastelaria, aproveitava para contrapor com a impossibilidade de aquele gigante gelado se assumir como reserva, nem mesmo simbólica, de sanidade ou refúgio da insanidade global. Percebeu-o o Chaplin na Corrida do Ouro em Klondike e, melhor ainda, o brilhante Michael Chabon em “The Yiddish Policemen’s Union”: uma estória alternativa noir que está sendo passada à tela pelos irmãos Cohen.
Recomendamo-lo. Pesem embora os défices de conhecimento de Iddiche e Hebreu e, no nosso caso, do horrendo vício do Xadrez. Que é onde vamos parar se continuarmos a escrever estas merdas.
JSP
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Miss Cabra Velha
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terça-feira, 13 de maio de 2008
A 13 de Maio Ana Cristina Leonardo confessa-se

Provavelmente já nem os implicados se lembram. Celebrava-se o 13 de Maio e o jornal era de extrema-esquerda. Bom, na altura de extrema já não teria muito mas a secção cultural do dito – da qual a humilde signatária deste post fazia parte, sim, que eu não sou como alguns que quando lhes lembram o passado se põem a assobiar para o alto dando-se ares de respeitáveis colunistas adeptos desde a mais tenra idade da «sociedade aberta» – adelante: a citada secção alimentava um saudável e semanal espírito anarquista que incluía socas lançadas à cabeça dos membros mais obtusos (que nós cultivávamos muito a inteligência e na altura usavam-se muito socas sendo portanto o que tínhamos à mão...), caralhadas e murros na mesa quando era preciso, tudo isto, julgo não mentir, regado apenas a café de saco que a malta nesses tempos vivia tesa embora feliz.
Celebrava-se, pois, o 13 de Maio e resolvemos fazermo-nos ao assunto. Publicaram-se vários textos – devidamente enquadrados por uma análise sociológica que pretenderia dar uma certa credibilidade à desbunda, a qual, análise, sairia assinada por conhecido arquitecto, na altura ilustre desconhecido, e cujo conteúdo retomaria apenas, penso não mentir, aqueles clichés da religião ser o ópio do povo, bla, bla, bla, que OVNIS não era assunto que um marxista se dignasse referir –, e é um desses textos que lembro sempre com particular clareza e distinção no 13 de Maio. Rezava assim (cito de cor):
Estavam três pastorinhos a pastorear muito sossegadinhos em Fátima quando, de súbito, avistam a Nossa Senhora em cima de uma azinheira (julgo que é uma azinheira mas se me estiver a enganar na árvore que isso fique por conta da minha ignorância dos meandros da coisa). Estupefactos, mantêm-se mudos e quedos até que um deles mais afoito (não recordo qual) avança e pergunta à aparecida, gargarejando a tirada do Frei Luís de Sousa:
– Quem és tu?
A senhora, sem se deixar intimidar pelos clássicos, responde:
– Sou a Nossa Senhora e venho trazer a verdade ao mundo.
É então que outro dos pastorinhos (e a este também não consigo nomea-lo), dá uma cotovelada para o lado (posso estar a inventar a cena da cotovelada) e comenta:
– Outra marxista!
Já não sei se o texto terminava assim mas sei que deu direito a carta de um leitor anónimo – que, por acaso, viemos mais tarde a identificar embora alguns anos antes dele se transformar num respeitável director dos nossos media (visto que também por lá andava mas era dos sérios, nada de socas...) – que se indignava com a falta de respeito demonstrada pela supracitada secção cultural pelos leitores católicos, carta a que respondemos, com coeso espírito de grupo, dizendo que o jornal não tinha leitores muito menos católicos. Depois separámo-nos todos e a maioria de nós fez-se à vida, com o anónimo a subir altíssimo na carreira.
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