“A Revolução deve-se preparar todos os dias“
“Jamais pensámos que a revolução consiste na tomada do poder por uma minoria que imporia a sua ditadura ao povo. A nossa consciência revolucionária opõe-se a tal táctica. Queremos uma revolução feita por e para o povo. Fora desta concepção, não há revolução possível. Seria um golpe de Estado, nada mais. E nós, arrancando da fábrica, da mina e do campo, procuramos promover uma revolução social efectiva. E não há nisso nem blanquismo, nem trotskismo, tão-somente a ideia clara e precisa que a Revolução é qualquer coisa que se deve preparar todos os dias; com uma incógnita: não se pode nunca saber, de maneira segura, quando ela pode rebentar“.
Buenaventura Durruti, o único texto, in “O Povo em Armas”, Abel Paz, tradução de Júlio Carrapato, Assírio & Alvim
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sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Durruti sem esforço (2)
Etiquetas:
Buenaventura Durruti,
Revolução Social
domingo, 29 de julho de 2007
Durrruti sem esforço (1)
A decomposição do Imperialismo mundial na actualidade, sem apelo nem agravo, impõem-nos uma tomada de posição radical. Buenaventura Durruti, um dos heróis imortais do cerco de Madrid no Inverno de 1936 da Guerra Civil, lançou a gloriosa coluna indiciada sob o seu nome. Gesta exaltante que analisa deste modo iniciático: “A força principal da coluna (Durruti) reside na compreensão do sentido da luta. Os milicianos sabem porque se batem. Sentem que são autênticos revolucionários.
E não combatem com frases e palavras ocas. Não esperam que da Revolução venham leis e decretos, mas sabem que, com a vitória, terão a posse directa da terra, da fábrica, das oficinas, dos meios de transporte. É por isso que eles se batem. Isso obriga-nos a dizer que nós, na frente de guerra de Aragon, fazemos, ao mesmo tempo, a guerra e a revolução. Uma coisa é inseparável da outra; se nós as separássemos, matá-las-íamos a ambas, perderíamos a guerra, que não pode ganhar-se sem entusiasmo. Perderíamos, de igual modo, a revolução que não pode existir senão graças a uma constante prática revolucionária. Em cada aldeia conquistada por nós, os habitantes organizam a sua vida como uma comunidade de homens livres. Para nós, não há outra estratégia, para além desta. A mais pequena aldeia tem, para nós, um valor importante, porque aí vivem trabalhadores que têm o direito de realizarem a ideia pela qual lutaram toda a sua vida. Hoje, as circunstâncias exigem que se fale claramente, para que ninguém, fique com ilusões. As frases com duplo sentido devem ser deixadas para o uso exclusivo dos políticos e dos diplomatas. Nós somos revolucionários e declaramos que lutamos pela Revolução Social”.
In Abel Paz, O Povo em Armas, II vol., trad. Júlio Carrapato
FAR
E não combatem com frases e palavras ocas. Não esperam que da Revolução venham leis e decretos, mas sabem que, com a vitória, terão a posse directa da terra, da fábrica, das oficinas, dos meios de transporte. É por isso que eles se batem. Isso obriga-nos a dizer que nós, na frente de guerra de Aragon, fazemos, ao mesmo tempo, a guerra e a revolução. Uma coisa é inseparável da outra; se nós as separássemos, matá-las-íamos a ambas, perderíamos a guerra, que não pode ganhar-se sem entusiasmo. Perderíamos, de igual modo, a revolução que não pode existir senão graças a uma constante prática revolucionária. Em cada aldeia conquistada por nós, os habitantes organizam a sua vida como uma comunidade de homens livres. Para nós, não há outra estratégia, para além desta. A mais pequena aldeia tem, para nós, um valor importante, porque aí vivem trabalhadores que têm o direito de realizarem a ideia pela qual lutaram toda a sua vida. Hoje, as circunstâncias exigem que se fale claramente, para que ninguém, fique com ilusões. As frases com duplo sentido devem ser deixadas para o uso exclusivo dos políticos e dos diplomatas. Nós somos revolucionários e declaramos que lutamos pela Revolução Social”.
In Abel Paz, O Povo em Armas, II vol., trad. Júlio Carrapato
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Revolução Social
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