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domingo, 29 de junho de 2008

John McCain:um vero ultraconservador pro-Guerra!


A super-encenação em torno do " independente" candidato republicano às Presidenciais USA está a sofrer sérios danos nas últimas semanas. Analistas políticos de Wasghinton tentam desmontar o meccano estrutural da venda da imagem política e social do rival conservador de Barack Obama. As sondagens apresentam-se muito embrulhadas e mistificadas. E as grandes apostas de MacCain centram-se na continuação da Guerra no Iraque e no bombardeamento do Irão, por forma a pagar os múltiplos apoios angariados e satisfazer os Neo-Cons que já se colaram ao seu staff nuclear.
No Observer de Londres, Paul Harris fala-nos disso tudo num artigo de boa qualidade. Segundo ele, fundamentalmente, McCain é o candidato dos fortíssimos grupos lobbistas que operam na capital federal, a ponta-de-lança dos neo-capitalistas mais empertigados e o refém das teorias mais sinistras do Criacionismo, seita ligada aos meios trágicos do cristianismo radical extremista, racista e xenófobo norte-americano.
Subliminarmente, os terríveis fantasmas da cientologia podem manobrar na sombra também. O cocktail é alucinante, dramático e sinistro: um verdadeiro filme de terror, onde as gafes de GW Bush
parecem deslizes de adolescente mimado e infeliz. Ao invés, McCain construiu uma "máquina " eleitoral extrema: a nata dos capitalistas financeiros, o suprasumo dos grandes lobbistas juntos com o magma dos cristãos extremistas.
O staff dos conselheiros políticos do "republicano" é altamente revelador: o mais importante conselheiro de política internacional é Randy Scheunemann, uma das individualidades mais sinistras ligadas ao Comité para a Libertação do Iraque, erguido há muitos anos por Rumsfeld e os seus acólitos do American Entreprise Institute. Outros neo-conservadores integrados no inner circe da estratégia de McCain são, nada mais nada menos que, John Bolton,o famigerado antigo representante dos USA nas Nações Unidas Bill Kristol, editor da bíblia dos conservadores de todos os bordos, Weekly Standard, representada em Portugal pela Atlântico, o polígrafo extremista Max Bot, que quer ressuscitar o neo-colonialismo anglo-saxónico, e o assustador James Woolsey, ex-director da Cia e adepto consagrado do bombardeamento da Síria.
FAR

terça-feira, 8 de abril de 2008

Alexander Solzhenitsyn: À beira dos 90 anos luta para escrever!

É uma das grandes imagens-força do autor do Arquipélago do Goulag, a saga que completou a crítica do sistema soviético no princípio dos anos 80: a obsessão descomunal contra o marxismo-leninismo e, paralelamente, a paixão pela escrita.. Numa entrevista ao The Observer, a edição semanal do The Guardian, a mulher e o biógrafo do taumaturgo russo desvendam alguns lances da vida actual do Nobel. E anunciam que, até ao final do ano, Dezembro será o mês do 90° aniversário do escritor, estarão à venda 12 dos 30 volumes dassuas Obras Completas, sem ainda as Cartas e as Notas inerentes…

Solzhenitsyn vive numa cadeira de rodas durante o dia. Raramente sai da datcha, sita na zona Oeste de Moscovo. A mulher Natália diz que ele não sai à rua há cinco anos. Não votaram nas Presidenciais de Março, portanto. Tem relações normais com Putin e os seus colaboradores. Admira a força do PR russo por não deixar alienar o prestígio da Rússia, agora que a NATO quer alargar o circulo dos seus membros até às fronteiras da nação.

O povo russo recomeçou a ler A.Solzhenitsyn, diz o seu biógrafo DM.Thomas. Apesar de algumas polémicas azedas e inconsequentes sobre o misticismo e o irracionalismo integrista, o Nobel é fervoroso adepto da Igreja ortodoxa russa. Esconjura tanto o secularismo do Ocidente como o comunismo. O autor de "A Roda Vermelha", mesmo com grandes dificuldades e saúde abalada, procura sem fraquejar, "tudo o que se relacione com a tragédia da repressão na antiga URSS, o arquipélago do Goulag e outros campos de internamento e a perdição dos deserdados, trabalhadores do campo errantes que, após o final da II Guerra Mundial, Estaline transformou em escravos, sem dó nem piedade", frisou a sua mulher Natália ao jornalista Luke Harding, em Moscovo.

FAR