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quinta-feira, 5 de abril de 2007

X - Caso Litvinenko: Fundação - tipo ONG para pressionar investigações morosas

O tycoon Boris Berezovsky avançou com o dinheiro e a viúva e os amigos de Alex.Litvinenko fundaram uma associação "Pro-Justiça", de forma a não deixarem impunes os crimes crapulosos de origem política ou mafiosa. Com altos sound-bytes, exigem celeridade do inquérito em fase de instrução pela Scotland Yard. "Será impensável se existir imunidade em relação a um crime tão abominável como este", frisou o advogado da mulher da vítima.

Se bem se recordam, ainda ontem o NY Times trazia um extenso artigo do seu correspondente em Londres, sobre a abertura do processo de inquérito sobre a morte por envenenamento do antigo agente do KGB, amigo e confidente de Putin, que deixou meio mundo perplexo e interrogado sobre a potência devastadora do isótopo - micro bomba nuclear, o celebérrimo Polónio 210, que o vitimou. Nem nos mais avançados livros de espionagem jamais foi ventilado o uso e processamento de tal arma letal, de potência incalculável. Conforme esclarecemos ainda mais de 4 mil pessoas foram afectadas, de perto ou de longe, tendo 17 de um conjunto de risco de mais de 700, poderem vir a ter problemas no futuro...

O procurador-geral russo que se deslocou a Londres, ouviu, tão só, Boris Berezovsky e um exilado checheno, Akmed Zakayev. Ambos lidaram de perto com Litvinenko no exílio: primeiro na Turquia e depois na capital britânica. A chicana das autoridades judiciárias russas provocou o multimilionário, com quem Litvinenko tinha relações de extrema confiança política, pessoal e laboral. Berezovsky tirou partido das " larguezas " prodigalizadas por Ieltsin aos seus colaboradores e homens de mão, controlados pela filha e genro. Agarrou num grande pecúlio e fugiu para Londres. Aí investiu na construção/ imobiliário de luxo: a sua fortuna multiplicou-se e tornou-se inimigo do estilo do seu antigo cúmplice, a quem chama novo czar - Putin, ele que o tinha indicado para sucessor do agrónomo alcoolizado que escancarou as portas aos émulos de Milton Friedman.

Em menos de 24 horas, Berezovsky lançou os alicerces de uma terrível arma de guerra contra a democracia " vigiada", a nascer na Rússia: uma ONG, dotada de todos os meios e com uma cobertura jornalística fora do vulgar. Os reclamantes exigem celeridade das autoridades inglesas. Temem que a dificuldade de acesso a todos os itens do processo criminal se torne invencível. Por incúria ou coloração política mais acentuada. Os advogados apoiantes da novel ONG questionam-se sobre o futuro da causa principal, pois, receiam que de ambos os lados do processo de investigação, não exista " vontade e capacidade para inculpar os principais suspeitos ".


FAR