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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A falência moral de uma certa extrema-esquerda

É com posts como este que é posta a nu a miséria moral de uma certa parte da "extrema-esquerda", enredada na ilusão das escolhas obrigatórias, e perdida ideologicamente e praticamente, de tal modo que, cega pelo seu ódio ao sistema vigente, desesperada pela aparente falta de respostas (que não as vê, o que não quer dizer que elas não existam), resolve "escolher": escolher tudo o que (aparentemente, pois se o faz de facto, é outra conversa) se "oponha" ao "capitalismo". É assim que esta esquerda escolhe o Hamas e o Irão contra os Estados Unidos, o que se é um erro e uma prova de ingenuidade e de infantilidade na forma de olhar para a complexidade do Mundo, pelo menos pode-se discutir. Mas é também assim que esta esquerda escolhe nem mais nem menos que o lado dos gangsters, que aterrorizam e oprimem os habitantes das favelas brasileiras, e são pelo menos tão responsáveis pela falta de saída das vidas dessa gente como o estado brasileiro e a ordem social vigente (aliás: não serão eles parte da ordem social vigente?), posto que do outro lado está "o estado", e o exército, e a lei do Brasil. Temos assim que os criminosos das favelas brasileiras, que assassinam os seus vizinhos, que enriqueceram à custa dos seus concidadãos e dos quais não se conhece um pingo de um programa de solidariedade social, são elevados a verdadeiros revolucionários urbanos, quiçá à esperança dos desesperados da extrema-esquerda, que detestam o sistema, não encontram alternativas, e alucinam com exércitos revolucionários onde apenas está o fascismo (no caso islamita) ou a pura delinquência (no caso em apreço). Preto ou Branco. Capitalismo ou os seus inimigos. Esta é a armadilha teórica que resulta na falência moral das posições do Renato Teixeira.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Análise crítica de uma análise crítica

O blogue Cinco Dias é um histórico que albergou, e ainda alberga, gente muito respeitável. Contudo, ultimamente tem servido de pousio a determinadas personagens cuja companhia intelectual muito pouco se recomenda. O maior de todos, sem dúvida, um controleiro de nome Carlos Vidal, aliás um figurão (infelizmente) conhecido de alguns outros carnavais. Não há espaço aqui para uma descrição detalhada de todas as alarvidades já lá escritas pelo estalinista controleiro. E eu, como tem notado os leitores, também não tenho estado muito dado a escrever, seja sobre política seja sobre outros blogues.

Acontece que me saltou a tampa com este post. O controleiro aqui revela-se em todo o seu esplendor. Em relação à esta canalhice alarve, a que chamamos “post” por falta de termo mais adequado, apraz-me só dizer isto:

1 – Uma democracia determina-se precisamente por não impedir uma manifestação, seja de seis ou de seis mil pessoas, quer a maioria da população esteja de acordo ou não.

2 – Insinuar que os opositores a qualquer coisa são “traidores a soldo do inimigo” é um método que infelizmente conhecemos bem demais, que apenas revela quem o pratica. Além de se tratar de uma falácia deveras utilizada por fascistas de direita ou de esquerda como o nosso Vidal, denuncia enorme fragilidade intelectual, desconfiança no uso da razão, incapacidade em argumentar dentro de um quadro de linguagem a que se chama de “discursivo”, em suma, o pior do defeito a que chamamos, por maioria de razão, de “imbecilidade”.

E quanto à caixa de comentários desse abjecto “post”, há a referir que:

1 – Dizer que Cuba não tem presos políticos, pois isso está mesmo é entre a cegueira e a insanidade completa;

2 – Dizer que Cuba é uma democracia “porque tem eleições” revela a concepção diminuída de democracia que os controleiros estalinistas possuem. O Estado Novo também tinha eleições, e até com algumas semelhanças (havia eleições, o que havia era um partido só). Há que ter a esperança de que algum dia entendam que a democracia é muito mais que eleições. E que se aqui defendemos a democracia é porque defendemos a Liberdade, e ainda não encontrámos forma melhor de viver em Liberdade que aquela que se consubstancia numa organização política democrática.