Mostrar mensagens com a etiqueta Myanmar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Myanmar. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Telegramas

A crise da Europa é muito profunda - Zaki Laidi, a estrela da sociologia política francesa, escreveu um longo texto no Libé, no qual avisa que a "crise da Europa é profunda mesmo muito profunda". E relembra, sem emitir juízos de valor aquele axioma do sucessor de Tony Blair, o mister Brown: " A Europa, é um conjunto muito grande para resolver os pequenos problemas e muito pequeno para tentar resolver os grandes ". Sobre a actualidade política aflitiva para a Esquerda gaulesa, sujeita aos dissabores de uma infernal luta fratricida entre Ségolène e os dois " elefantes " do seu partido, Strauss-Khan e Fabius, Laidi aponta sem dó nem piedade: " A aliança com o Centro ontem desprezada será praticada amanhã, custe o que custar ".

Superpower hipocrisy - Eu procuro o sentido das coisas, dê lá por onde der. Ando a ler um livro do Alain Badiou sobre o Deleuze, " O clamor do Ser", que me dá água pela barba. Edição da Hachette, reedição em Poche pelo preço de uma caixa de cigarrilhas jamaicanas. Ora, um leitor do NY.Times escreveu a dizer que a líder oposicionista de Myanmar, Aung Kyi, não consegue ser libertada da prisão domiciliária infernal porque não existem " reservas de energia suficientes " no subsolo que justifiquem uma intervenção dos EUA para democratizar. "Por que é que a superpotência se mostra tão empenhada em restaurar a democracia pelo mundo fora e recusa salvá-la de uma implacável e antidemocrática situação?", sustenta.

As "luvas" mirabolantes do príncipe saudita - Não deve ser por acaso que uma das figuras políticas de maior peso do inextricável xadrez dos herdeiros sauditas, o príncipe Bandar Bin Fayçal, um provável sucessor do rei Abbdullah, antigo embaixador nos USA durante 22 anos, se vê envolto em jogadas de contra-informação por causa de uma série proverbial de " luvas " encaixadas nas suas contas na Suíça. As autoridades inglesas fazem o cerco total à revelação de pormenores e, segundo o Wall Street Journal, pensam é em incriminar a atitude das empresas de armamento. Melhor moral e ética do que esta só na democracia " vigiada " de Putin...

FAR

domingo, 3 de junho de 2007

Liberdade para Aung San Suu Kyi !

Bill Clinton, Bush-pai, Carter, Walesa , Havel, Corazon Aquino e Thatcher de um conjunto de 58 personalidades mundiais rogam ao chefe da Junta Militar de Myanmar a libertação da líder da Oposição Democrática vencedora das eleições gerais de 1990 e Prémio Nobel da Paz

A ONG Freedom Now sediada em Washington lançou um alerta mundial contra o prolongamento da detenção arbitrária em residência da líder das forças da coligação democrática, a Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, que perfaz já mais de 11 anos consecutivos, desde que a Junta Militar tomou conta do poder em 1990. Aung, com 61 anos de idade, está impossibilitada de receber visitas, correio e atender o telefone. Num artigo publicado na edição Week-End do NY Times, dois advogados da ONG protestam contra a arbitrária e funesta atitude da Junta, revelando que num primeiro tempo "os militares tentaram vender a ideia de que a líder oposicionista estava detida na sua residência como medida de protecção a seu favor...".
Myanmar, região asiática paradisíaca, está transformado pelos militares corruptos e facínoras num paraíso de produção e tráfego de ópio e heroína, sendo conhecido como o segundo maior exportador mundial a seguir à Colômbia. A corrupção e séquito de atentados humanos em série, aterradores, acompanham essa perspectiva de edificação de um narco-estado à margem de todas as leis. A Junta envolveu-se em obras faraónicas e resolveu mudar a capital para o interior da selva. Resultado: 3 mil aldeias destruídas, 800 mil pessoas deslocadas à força, 1 milhão de exilados nos Estados vizinhos e 800 mil cidadãos condenados a trabalhos forçados. 70 mil crianças estão integradas no Exército. O Inferno existe à face da terra e não só no Zimbabué ou na Coreia do Norte.

FAR



(foto de wikimedia.org/wikipedia)