A crise da Europa é muito profunda - Zaki Laidi, a estrela da sociologia política francesa, escreveu um longo texto no Libé, no qual avisa que a "crise da Europa é profunda mesmo muito profunda". E relembra, sem emitir juízos de valor aquele axioma do sucessor de Tony Blair, o mister Brown: " A Europa, é um conjunto muito grande para resolver os pequenos problemas e muito pequeno para tentar resolver os grandes ". Sobre a actualidade política aflitiva para a Esquerda gaulesa, sujeita aos dissabores de uma infernal luta fratricida entre Ségolène e os dois " elefantes " do seu partido, Strauss-Khan e Fabius, Laidi aponta sem dó nem piedade: " A aliança com o Centro ontem desprezada será praticada amanhã, custe o que custar ".
Superpower hipocrisy - Eu procuro o sentido das coisas, dê lá por onde der. Ando a ler um livro do Alain Badiou sobre o Deleuze, " O clamor do Ser", que me dá água pela barba. Edição da Hachette, reedição em Poche pelo preço de uma caixa de cigarrilhas jamaicanas. Ora, um leitor do NY.Times escreveu a dizer que a líder oposicionista de Myanmar, Aung Kyi, não consegue ser libertada da prisão domiciliária infernal porque não existem " reservas de energia suficientes " no subsolo que justifiquem uma intervenção dos EUA para democratizar. "Por que é que a superpotência se mostra tão empenhada em restaurar a democracia pelo mundo fora e recusa salvá-la de uma implacável e antidemocrática situação?", sustenta.
As "luvas" mirabolantes do príncipe saudita - Não deve ser por acaso que uma das figuras políticas de maior peso do inextricável xadrez dos herdeiros sauditas, o príncipe Bandar Bin Fayçal, um provável sucessor do rei Abbdullah, antigo embaixador nos USA durante 22 anos, se vê envolto em jogadas de contra-informação por causa de uma série proverbial de " luvas " encaixadas nas suas contas na Suíça. As autoridades inglesas fazem o cerco total à revelação de pormenores e, segundo o Wall Street Journal, pensam é em incriminar a atitude das empresas de armamento. Melhor moral e ética do que esta só na democracia " vigiada " de Putin...
FAR
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