“ (...) os governos, entre nós, não têm por hábito corromper juízes, nem ameaçá-los de morte ou às suas famílias, não os podem mandar prender, nem desterrar, nem destituir, nem sequer censurar pelas suas decisões.
(...)
(...) temos assistido recentemente a uma prática de contragovernação, em especial por parte dos tribunais administrativos e através dessa varinha mágica que são as providências cautelares.
(...)
(...) Já faltou mais para vermos os tribunais administrativos a oporem-se, por providência cautelar, ao Orçamento do Estado, ao envio de soldados para a Bósnia ou aos exames nacionais do Secundário.
Bem fala o novo presidente da Fenprof quando promete boicotar mais uma reforma proposta pela ministra da Educação entupindo os tribunais administrativos com providências cautelares – uma por cada professor que não seja promovido por mérito. Parece-me uma causa bem capaz de obter vencimento nos tribunais administrativos.”
Miguel Sousa Tavares
“ (...)
É verdade que a confiança do país na Justiça se encontra próximo do grau zero e que há indícios de uma certa propensão justicialista em certas decisões dos tribunais. (...)”
Fernando Madrinha
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