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Depois descemos pela poeira
Hospedados os deuses em suas casas
De longe segurando os frutos
Vimos o lucilar das lanças e as abóbadas fendidas
Os nomes
Inermes nas bermas dos caminhos
Imprecavam às cidades
Ur, a perdida,
Sttutgart ainda à Sua espera
E as botas na lama do Sublime por Diotima
Se os deuses as ocupam
Onde abrigar os Amigos?
Dissemos
E plantámos a maçã no teu ventre
E veio a noite
O que nos cercava
a videira redimiu
E o sol Amigos
Eu vi
Um anjo máquina pelos caminhos da montanha
Os vales e as reentrâncias da Terra
Seus lábios no mar
Era depois do Escuro
E as mãos
O que tacteámos delas!
Um nome disse: é um dorso
Arqueado ao meio por um rio
Alguém desesperou do rosto
E as casas abriram-se
E eram os teus seios
Eu vi a Árvore
E o diverso sopro
Ó os cajueiros de os erguer
Da infância
Ò trovão anunciando os Espíritos
Arrepio azul dos gala-galas
Ò longe aqui tão perto nos caminhos
Que as mãos afagam
Perdida tu na lonjura
E precipitada de toda a Beleza
Alta noite
Hannah
E os Amigos latejando
Ò trucidante máquina louca
Do mundo
Íman mineral silenciosa
Ó espúria!
Eu vi
E foi o primeiro Escuro
Luís Carlos Patraquim
Excerto de “O Escuro Anterior”, inédito
2 comentários:
Uauu! Um inédito do Patraquim...
Ganda blog, prof. Rocheteau!
Pela primeira vez li poesia de Luís Carlos Patraquim. Senti-a enigmática, densa e ardente.
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