Passo com os dedos
O teu rosto
De um fôlego apaziguado
As pálpebras borboletando no batimento cardíaco
Percorro lábios que tinham amanhecido
E nas covas fundas do rosto
Onde se tecem as doces olheiras
Azeitona escuro incólume e amendoado
Prego o silêncio
Olhos a promessa cantam solta
Irradiam palavras apetrechadas de asas
Em estrias de transparência e pele monologando
Esse aberto de esforço que as olheiras habita em dias longos e intensos
São as caudas da visão em cometa
Marés nas planícies deslizando a noite e nos despertam
Dessas deambulações cresce
Um absoluto de manufactura
Olimpo de cravinas em assembleia
Que a infância tece sempre de volta
Aí estamos algures fora da moldura
f. arom
1 comentário:
Sensualidade à flor da pele, sempre desejada.
Enviar um comentário