terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Cavaco continua em queda. Maria na expectativa

De acordo com a sondagem do DN de hoje, a direita ainda não pode sorrir, uma vez que Cavaco continua a descer. A Marktest deu-lhe 54,6% das intenções de voto, ou seja, menos 6,4% do que há uma semana. E embora eles digam que esta queda ainda não põe em causa a sua vitória na primeira volta, talvez não seja bem assim. Faltam cinco dias para as eleições e caso a queda cavaquista continue, poderemos estar à beira de um turning point, que poderá levar a uma segunda volta. Como ainda 16% de indecisos, sendo a maioria de esquerda, pode-se concluir que ainda nada está decidido.
A descida poderá ter a ver com a dramatização que Cavaco introduziu agora na sua campanha. Apela aos seus apoiantes para convencerem os primos afastados , os amigos na farmácia e os colegas no local de trabalho para irem votar. As sondagens estão a criar um desassossego no seio da campanha da direita. E pode ter uma explicação académica. De acordo com um estudo de Thomas E. Patterson, "Of Polls, Mountains: U.S. Journalists and their Use of Election Surveys", inserido no norte-americano Public Opinion Quarterly, e divulgado no Margem de Erro: “os candidatos são estrategas, com certeza. Mas o facto deles dramatizarem os seus apelos e encenarem as suas mensagens não é nenhuma novidade. Tais manobras são tão velhas quanto a política. O que é novo é a intensidade penetrante sob a qual as actividades dos candidatos são expostas, dissecadas e criticadas. E não deve constituir surpresa que ao mesmo tempo que os candidatos que são apresentados como mestres de estratégia e manipulação, os americanos os tenham em menor consideração”.

3 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei siderado com aquela postilla do Valente de Oliveira sobre o papel de omnividência e omnipotência como atributos cimeiros do PR. Nem o Charles Taylor, que deixou rios de sangue na Libéria, se atreveu a tanto. Prova provada, que a direita oligárquica lusitana está disposta a tudo para alcancar o Poder. Recta final fantástica que deveria despoletar duas desistências imediatas, a meu ver.Caso contrário,repete-se aquele cenário francês de ser em os candidatos de Esquerda a desbravarem caminho para o singular da direita, caso que foi fatal a Lionel Jospin, que tinha brilhado a grande altura como PM. FAR

Anónimo disse...

Arejamento é preciso. Sonhar também.
Força Alegre!

Anónimo disse...

Outra análise:

Dados brutos:
Cavaco: 42,9; Alegre: 14,4; Soares: 10,3; Louçã: 5,2; Jerónimo: 5,0; Pereira: 0,6;

Branco: 4,1; Não sabe/não responde: 15,5; Não vota: 2,5.

Excluindo os que não vão votar (2,5%), as percentagens redistribuem-se desta forma:
Cavaco: 43; Alegre: 15; Soares: 11; Louçã: 5; Jerónimo: 5;Pereira: 1;
Branco: 4; Não sabe/não responde: 16;

Os candidatos de esquerda somam 37%, contra Cavaco com 43%.
Ainda há 16% de indecisos (Não sabe/ Não responde).

Fonte: DN-TSF-Marktest – 17-01-2006

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