É interessante a forma com está a ser noticiada a presença de Bill Gates em Portugal. Está a ser tratado como uma espécie de D. Sebastião binário, que vem salvar uma jangada de pedra que se afunda. Mas bem pode ser balão de oxigénio para o governo, com uma necessidade urgente de apresentar iniciativas. Se para a Microsoft tudo isto são peanuts, e conferências deste tipo ficam bem a empresas desta envergadura, as acções conjuntas que vai ter com o governo não vão ser obras de caridade. O preço a pagar ainda não se conhece. Como também não se sabe como se vai concretizar o seu envolvimento com o Estado português na dinamização do plano tecnológico, na criação de centros de desenvolvimento de software e nos centros de especialização tecnológica. Quais os seus custos e benefícios? Todos nos lembramos das acções de formação nos anos 80 e 90, de má memória. Servia para os organizadores ganharem fortunas, Estado incluído. Mas depois dos tempos de desperdício, a situação mudou e a margem de manobra diminuiu significativamente. Analisar se as contrapartidas para Portugal são vantajosas e os efeitos da parceria a curto ou médio prazo é um imperativo. Assim como a exigência de prazos e resultados. A formação não deve ser mais um emprego, mas um caminho para desempenhar funções com mais qualidade e eficiência. No entanto este tipo de encontros internacionais não deixam de ser importantes. Trazem uma lufada de ar fresco ao bafiento empresariado nacional, pouco interessado em apostas estratégicas e mais virados para o lucro do curto prazo. Espero que esta conferência da Microsoft em Lisboa tenha resultados visíveis e que as conclusões do encontro que tem o nome pomposo "Impulsionar a competitividade global através da inovação local" dêem em qualquer coisa. É uma oportunidade que não se pode desperdiçar. terça-feira, 31 de janeiro de 2006
Existe algum messias chamado Bill Gates?
É interessante a forma com está a ser noticiada a presença de Bill Gates em Portugal. Está a ser tratado como uma espécie de D. Sebastião binário, que vem salvar uma jangada de pedra que se afunda. Mas bem pode ser balão de oxigénio para o governo, com uma necessidade urgente de apresentar iniciativas. Se para a Microsoft tudo isto são peanuts, e conferências deste tipo ficam bem a empresas desta envergadura, as acções conjuntas que vai ter com o governo não vão ser obras de caridade. O preço a pagar ainda não se conhece. Como também não se sabe como se vai concretizar o seu envolvimento com o Estado português na dinamização do plano tecnológico, na criação de centros de desenvolvimento de software e nos centros de especialização tecnológica. Quais os seus custos e benefícios? Todos nos lembramos das acções de formação nos anos 80 e 90, de má memória. Servia para os organizadores ganharem fortunas, Estado incluído. Mas depois dos tempos de desperdício, a situação mudou e a margem de manobra diminuiu significativamente. Analisar se as contrapartidas para Portugal são vantajosas e os efeitos da parceria a curto ou médio prazo é um imperativo. Assim como a exigência de prazos e resultados. A formação não deve ser mais um emprego, mas um caminho para desempenhar funções com mais qualidade e eficiência. No entanto este tipo de encontros internacionais não deixam de ser importantes. Trazem uma lufada de ar fresco ao bafiento empresariado nacional, pouco interessado em apostas estratégicas e mais virados para o lucro do curto prazo. Espero que esta conferência da Microsoft em Lisboa tenha resultados visíveis e que as conclusões do encontro que tem o nome pomposo "Impulsionar a competitividade global através da inovação local" dêem em qualquer coisa. É uma oportunidade que não se pode desperdiçar.
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1 comentário:
O camarada teve direito a condecorações e tudo. É só graxa ou é mérito?
E o porquê das razões invocadas:prestação de apoio ($$$$) aos PALOP?
Não deveriam ser os PALOP a condecorá-lo?
Jon
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