Com a eleição de Michelle Bachelet para a presidência do Chile, a América do Sul torna-se definitivamente o grande laboratório da Esquerda para os próximos anos. Com Bachelet no Chile, Morales na Bolívia, Kirchner na Argentina, Chavez na Venezuela e Lula no Brasil, existe uma linha claríssima em que, independentemente das diferenças entre estes, foi plebiscitada uma governação alternativa ao modelo neoliberal que nos é apresentado como "inevitável". Organizados neste bloco poderso, os sul-americanos podem resistir com eficácia à depredação dos seus recursos e ao ciclo infindável de pobreza a que as políticas alinhadas com Washington levaram nas últimas décadas. A observar com todo o interesse deste lado do Atlântico, onde uma Europa que também poderia constituir um modelo alternativo se deixa ir na onda, levada pela tibieza e falta de coragem dos seus líderes (com a honrosa excepção Zapatero em Espanha), quando não mesmo pela efectiva conjugação dos interesses destes com os do sistema vigente.
P.S.- Por razões a que sou alheio, a minha colaboração neste blogue será um pouco mais esparsa nos próximos tempos. Nada de preocupante, pois o 2+2=5 continua a contar com a grande qualidade dos outros intervenientes.
1 comentário:
Um grande abraço, André. Que tudo corra bem em terras holandesas. Continua a dar notícias, e a mandar crónicas e pensamentos. Cá estaremos para te dar apoio, se for necessário.
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