sexta-feira, 26 de maio de 2006

N.Y. Times: os pontos de fricção entre os EUA e a China

" Ler entre-as-linhas os pontos de fricção entre os EUA e a China", é um texto da série incomparável criada no NY Times pelo analista-globalista Roger Cohen. Na edição de ontem, o balanço do texto é particularmente bom e totalizante. Trata-se, efectivamente, do lento e inexorável surgimento de uma obscecada e perigosa luta entre duas potências mundiais de primeiro plano. Piadas ferozes e alusões alucinantes marcaram mais uma edição anual da Conferência da Sociedade Asiática instalada nos EUA. E que alberga também cidadãos norte-americanos.

A visita do presidente chinês Hu Jintao aos EUA deixou muitas feridas. " Recebendo os três representantes chineses da Igreja Católica pouco depois da visita do presidente Hu - a quem foi recusada a classificação de visita de Estado- e que foi insultado nos jardins da Casa Branca-isso só pode passar por provocação. You guys like to provoke ", cita o relato de Cohen. É recordado o facto do PM australiano, John Howard, ter agora sido recebido em visita de Estado e ter tido direito a um banquete na CB...

A China, através dos seus coriféus adeptos residentes nos EUA, critica o facto da política económica e militar dos americanos ter "dois registos contraditórios", o que causa prejuízo à " responsabilidade internacional de fomento dos direitos humanos ". " Como nos dificultam a importação de petróleo do Canadá e do México, deliberamos fazê-lo de outros lugares . O nosso princípio é o da não-ingerência nos assuntos internos dos outros estados, que consideramos preferível ao uso que v.fazem da bandeirola da democracia-liberdade para esconder a perseguição dos v.interesses nacionais, incluindo segurança e petróleo ". Muita polémica tem sido estimulada pelos serviços crescentes prestados pela China em África e no corno de África, especialmente, em troco do incremento das importações petrolíferas do Sudão, Tchad e Nigéria ,entre outros países. Isto para não falarmos da ajuda e cooperação muito estreitas com a Venezuela, a Arábia Saudita e o Irão.

Os emigrantes chineses deploram o facto dos EUA estarem a materializar uma " aliança anti-China na Ásia". "Como se deve explicar o reforço dos laços entre os EUA e o Japão, o novo partenariado e a cooperação nuclear com a Índia, a venda de armas a Taiwan e as vossas ameaças a favor do aumento das tarifas aduaneiras contra a importação de bens chineses ? ". Os representantes yankees sublinham o facto de os EUA terem sido "marginalizados" da Conferência da Ásia do Sudeste ,"de forma prematura, quando se deviam fazer esforços para criar um fórum de Cooperação Económica Ásia/ Pacífico".

A reciclagem dos lucros chineses em bilhetes do Tesouro americano foi outro dos pontos fortes do meeting. " Os EUA estão a ficar muito afectados. Endividam-se diariamente em cerca de 8 biliões de dólares, através de buscas mundiais, para tentar apagar o déficite corrente da economia. Mas não nos deixem de avisar sobre as possibilidades de um desastre, está bem ?", ironizam os chinocas. " Vocês são fracotes do miolo. Ninguém conseguirá ultrapassar com disputas os desiquilíbrios económicos mundiais. Vocês não conseguirão sustentar o v.rápido crescimento num mundo que favorece a Inovação, se continuarem a amordaçar o fluxo livre de informação", contra-atacaram os filhos do tio Sam.

FAR

3 comentários:

Anónimo disse...

BREAKING NEWS! BREAKING NEWS!- Dois grandes artigos no NY Times de sexta-feira: O primeiro de um professor iranaiano, Abbas Amanat, da U. de Yale ( USA) que revela a monstruosidade de, no final do séc 19, a Rússia e a Inglaterra impediram(!) o Irao de ter Caminhos de Ferro, o nec plus ultra tecno-económico para o progresso na altura.Dezenas de anos mais tarde, as tropas aliadas serviram-se do combóio novo( finalmente permitido...) iraniano para atacar e encaminhar socorros contra Hitler; e os estados-maiores aliados apelidaram o Irao de " ponte para a vitória " contra o regime nazi, por isso mesmo.

II. O IRAO prepara-se para entrar na Organizacao de Cooperacao de Shangai. Trata-se de uma entidade regional sino-russa que engloba os principais países produtores de gás e petroléo da Asia central, e engloba o Kasaquistan, Uzbequistan, Tajikistan e o Kyrgyzstan. Vai haver uma cimeira, a 15 de Junho... oito dias depois da do G-8. Os membros permanentes da organizacao referiram que 4 uatro 4 novos países pediram a sua adesao: o Irao, a India, a Mongólia e Paquistao. Preve-se mesmo a presenca do PR iraniano na cimeira. Toda a estratégia de Bush e Rice posta em questao, de uma penada. FAR

Anónimo disse...

Fair-play Joe!
Fair play.

Anónimo disse...

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