Hoje desligue a televisão
Se está farto de telelixo e de programas de qualidade duvidosa tem uma boa solução: desligue o seu televisor. Hoje é o dia de abstinência televisiva na península ibérica a favor de uma televisão de qualidade. A acção é organizada pela Federação Ibérica das Associações de Telespectadores, que organiza o protesto pela 11ª vez. Pretende pôr os cidadãos ibéricos a reflectirem sobre o tempo que gastam em frente ao pequeno ecrã, muitas vezes inutilmente. E então, qual é a alternativa quando à noite não tiver nada para fazer? O Pedro Abrunhosa dá-lhe a resposta. Coloque o álbum "Palco" na sua aparelhagem e escolha uma das duas versões da música com o título mais sugestivo. São longas, portanto, vá com calma.
7 comentários:
Contem comigo. Só com uma diferença. Tiro o Abrunhosa e vou mais para um jazzezito.
um abraço
Eu, por mim, sou um quase permanente abstinente de televisão. Tenho umas quantas regras práticas do género: vejo o telejornal da RTP 1, para aí durante os primeiros 20 minutos, enquanto não aparecem a menina com uma doença tenebrosa qualquer, ou uma manifestão de populares enraivecidos a protestarem contra não sei quê e a ameaçarem não sei quem. Mal aparecem, fecho a televisão e vou fazer coisas mais interessantes, como por exemplo ler ou passear a pé.
Acho, portanto, graça a este dia de black-out televisivo. Há, porém, um pequeno detalhe que torna a iniciativa um pouco ridícula. Parte do pressuposto que a o lixo televisivo é uma imposição das televisões ao povo sedento de cultura e programas sérios. Acontece que a televisão é regulada pelo mercado. Dá a ver o que as pessoas querem. Se não dá, trama-se e passa a dar. O mercado não perdoa. Por outras palavras: a televisão é uma bosta porque o povo ama a bosta.
A alternativa, ao que julgo supor, é a censura, o controlo de programas por uns quantos iluminados, o fim das televisões no plural, etc. De modo que talvez seja melhor deixar as coisas como estão.
Eu, por mim, tenho bons livros e largos de espaços para continuar a passear a pe.
Hoje não posso porque dá um jogo de bola qualquer.
Como na TV só vejo desporto e o Gato Fedorento, logo vou praticar mais um pouco de "mapling".
Isto está mesmo a iberizar-se!
Só faltava a FIAT.
( Ainda ontem o ministro da Saúde veio dizer que foi estabelecido um protocolo com a maternidade de Badajoz. Disse ele: agora as mulheres mais desfavorecidas também já podem ir a Badajoz parir. São porreiros, digo eu. )
Tudo o que é demais faz mal à saúde. A televisão também.
Haviam de ver se fosse eu a mandar na televisão. Ópera em prime-time, todos os dias. Em vez dos mais diversos jogos para os mais diversos campeonatos de futebol, transmissão em directo do festival de Bayreuth. Quando chegasse a vez do Anel dos Nibelungos, 16 horas sem intervalos para publicidade. E não me venham dizer que não gostam, que isso não é argumento. Se vamos por aí, mau! Acabamos na quinta das celebridades.
A brincar se vai para o Inferno!- A rubrica diária de António Oliveira tem todo o interesse. E tem um ritmo de escrita surpreendente.O pior foi ter recorrido à prática dos pseudónimos, onde de todo em todo nada se justificaria. Bem, o que lá vai lá vai... Agora, como o Publico só chega aqui hoje: vi um artigo delicioso de VPV( Domingo)sobre uma notícia do Expresso, em que o semanário dava a confidência de Cavaco Silva- género confessional e trágica de curandeiro- sobre a economia portuguesa:" está condenada até 2010, e depois disso nem sequer tem a certeza que melhore"(sic). Esta uma " deixa " que faz manchete em qualquer parte do Terceiro Mundo, convenhamos.
Hoje Alain Duhamel escreve no Liberátion que a política interior francesa, a gravíssima questao do banco Clearstream ,projectou a classe política numa "situacao ubuesca". De alta voltagem e impensável em países da periferia. Na Polónia ou na Hungria existe corrupcao mas as instituicoes políticas- tribunais céleres, independência dos poderes e papel das polícias- ficariam abaladas severamente. Em Franca, o poder de Estado está enfraquecido, mas o processo em tribunal está em cima das mesas dos juízes, 10 dias apòs o rebibombar das sequelas de um thriller de alta densidade emcional...FAR
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