segunda-feira, 22 de maio de 2006

Carrilho e Rangel contra Costa e Pereira ou Carilho contra Costa e Rangel contra Pereira ou Pereira contra Costa e Rangel contra Carrilho?

Hoje, no programa “Prós e Contras” da RTP1, vai debater-se a relação entre política e comunicação social. Presentes vão estar Manuel Maria Carrilho, Ricardo Costa, José Pacheco Pereira e Emídio Rangel. De cada lado da barricada vai estar um jornalista e um político.
As relações entre media e política voltaram a estar na ordem do dia depois do polémico livro de Manuel Maria Carrilho “Sob o Signo da Verdade”. Um dos factos, não o único, que despoletou toda esta discussão, prende-se com o debate de campanha entre Carrilho e Carmona Rodrigues na SIC-Notícias. No final desse debate, Manuel Maria Carrilho teve um diálogo tenso com Carmona Rodrigues e não lhe apertou a mão. Foi tudo filmado pelas câmaras da SIC-Notícias.

"Não pensei que estivesse a ser filmado, para gáudio de um espectáculo vergonhoso que a SIC-Notícias fez. Um amigo disse-me que isso era o que fazia a polícia política dos países de Leste: filmarem cenas privadas e usarem-nas para depois o humilharem".
Sobre o livro "Sob o Signo da Verdade". "Ricardo Costa falou de um livro que não existe, espezinhando o Código Deontológico dos jornalistas e mentindo ao dizer que sou impopular. Disse coisas grotescas, que são intoleráveis", e terminou dizendo que "há um poder opaco, impune, que é o da comunicação social".
Manuel Maria Carrilho

“A versão é absolutamente falsa. A gravação que a SIC fez foi feita por uma equipa de reportagem. Naquela noite, estava uma equipa de reportagem da SIC, como de outros órgãos de comunicação social, a fazer a reportagem de bastidores do debate. Assim que o debate acaba, abrem-se as portas e entraram esses jornalistas. E a cena do não aperto de mão dá-se já perante esses jornalistas e é filmada pela equipa de reportagem da SIC. Essa cena é feita perante o olhar dos repórteres, não é nenhuma cena feita no estúdio. E digo exactamente o contrário, que era ilegítimo e uma manipulação clara não termos passado isso. Era um facto tão inaudito que acabou por abafar o debate. A culpa não é nossa, é dele.”
Ricardo Costa

11 comentários:

maloud disse...

Que pena a SIC não ter usado a mesma metodologia para o debate autárquico do Porto. Teríamos tido o Rui Rio a ameaçar os jornalistas com uma queixa ao seu amigo Balsemão, e ainda o staff do Rui Rio numa peixeirada com os jornalistas. E claro tudo isto retransmitido ad nauseum. Critérios!

Anónimo disse...

xi, há muito tempo que não assistia a um tipo (MMC) a apanhar tanto!!!!!

Anónimo disse...

E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO????

Anónimo disse...

Ó MJoãoAmaral não sejas assim tão mazinha. Porque não exterminar também os outros? Especialmente pacheco pereira e emídio rangel...
Portugal ficaria mais pobre?

Anónimo disse...

MM Carrilho deve estar a delirar com a propaganda e a venda do seu livro, um " livro ignóbil " segundo o nosso singular VPV. E nós vamos ajudando na festa. O caso Carrilho- com infinitas teses de V.Graca Moura a António Barreto ao longo dos anos-desafia todas as leis da ética e da Informacao. E do mau gosto: ou optou pelo serôdio populismo, à la carte? Nao vejo, nem descortino semelhanca alguma com o perfil de um filósofo profissional na economia-mundo: só se for com o psicanalista congolês, antigo aluno de Lacan, que assessorava o defunto presidente Kabila!!! Ao menos, esse ainda se casou com a secretária pariseense do famoso psicanalista de todos os chefes de Estado do planeta dos anos 70/80... Carrilho na ribalta, temos golpada perversa na calha e na manga, pela certa. Mesmo malgrè lui, claro. FAR

Anónimo disse...

O debate de ontem foi absolutamente decepcionante. Pelo começo, ainda acalentei esperanças de que aquilo levasse a algum lado. Mas depois, nada. O Pacheco Pereira calou-se, porque percebeu que não percencia àquele filme. Ao intervalo fui para a cama. Ler a biografia do Mao. Ao menos aí há sangue a sério.

Anónimo disse...

Jó, a ler a biografia do Mao?
Sinto alguma nostalgia no ar ou é apenas um interesse desinteressado por figuras políticas carismáticas?

Vi o programa hoje de manhã e de facto JPP foi o que esteve melhor. Nota positiva apenas para ele.

Anónimo disse...

AS BOLSAS DE VALORES MUNDIAIS EMITEM SINAIS MUITO PREOCUPANTES- Esta semana apareceu um artigo muito importante no blogue Grande Loja do Queijo Limiano, da autoria de Medina Carreira, o gúru realista dos sociais-democratas avancados. Nele o ilustre economista avisa Sócrates do plano inclinado em que desliza a economia portuguesa, das poucas que nao dá sinais de alento na Europa... dos 15. Sim, porque temos o segundo círculo, a dos 25... a 27 estados-membros.Bem, Wall Street e a City- com inflexoes para Paris e Francfort- mostram graves irregularidades no curso normal dos negócios, com quedas abruptas no valor absoluto das cotacoes. Será que nos estamos a aproximar daquele terrível cenário da INFLACCAO DOS LUCROS, onde o aumento de stocks de bens invendidos se conjuga com a baixa dos salários reais,a queda do poder de compra, o aumento do desemprego e das taxas de juro reais, uma espécie de crise de 1929 de proporcoes mundiais?!? E Portugal?!? E a classe política portuguesa? FAR

Anónimo disse...

A quem ainda não se decidiu a ler a biografia do Mao pela aparência de tijolo com quase mil páginas que o livro tem, aconselho-o vivamente a ousar fazê-lo. Os mecanismos do terror comunista são ali descritos com uma minúcia impressionante. Quem quer que se interesse por história ou teoria política tem ali pano para muitas mangas. 70 mil milhões de mortos deliberadamente assassinados pelo grande timoneiro... Se a questão fosse estatística, Hitler e Staline seriam meninos do coro ao lado dele. MAS NÂO É.

Anónimo disse...

Esta biografia do "Mao" é um documento fundamental e excelente para se perceber o Império do Meio -- porque está entre o Céu e a Terra, por isso o líder é(ra) um semideus.

À parte o aspecto documental, o livro é um nojo!

Nunca atinei com o Mao.
Fui militantemente e sou anti-maoista, mas este livro destila ódio primário. Basta dizer que nas suas 600 páginas a única qualidade que é apontada ao Mao é a sua extraordinária memória.
O estupor é retratado como se, de facto, comesse criancinhas ao pequeno almoço, rivais ao almoço, possíveis rivais ao jantar e alguns nacionalistas (nem todos)à ceia.

O livro - uma notável tradução, de facto, - é extraordinariamente coerente.
Tudo tem só uma leitura.
Se ainda há chineses vivos, são os que escaparam por entre os dedos de Mao, que os comia às mãos cheias. Mas continuam tão aterrados que não dizem nada sobre aquele semideus.

Conhecendo dos "Cisnes SEvagens" o casal autor, mesmo assim fiquei surpreendido pela desmesurada parcialidade, que torna a biografia incongruente quando compaginada com outras leituras de grandes opositores e especialistas sobre "O Furúnculo".
Este "Mao" é obscenamente faccioso.
Mas o papel aguenta tudo...

Anónimo disse...

A biografia do Mao.

Li-a. Nada que se não soubesse.
Os comunistas comiam criancinhas. Os fascistas também. Koestler falou para uma parede.
E é ainda preciso dizer que os pais e os filhos se continuam a comer, malgré la democracie.
É assim a natureza.
Mas os pardais senhor? Porque lhe dais tanta dor?
Chove no meu coração!
Cumprimentos para o Gil.