Segundo o Abrupto, "o modo europeu de 'receber' e integrar os emigrantes envolvendo-os em subsídios e apoios" está em "crise", sendo mais eficaz o "modo americano"que dá "dá oportunidades de emprego e ascensão social". E um leitor do Abrupto considera que a fuga de cérebros da França traduz descontentamento com "o tipo de sociedade, emprego, impostos" franceses.
São teorias interessantes. Por um lado, porque estudos da London School of Economics revelam que os EUA e a Grã-Bretanha são os países ocidentais com menor mobilidade social e maior fosso entre ricos e pobres. Por outro lado, os EUA são também o país com maior número de prisioneiros do mundo em termos absolutos (mais que a Índia, a Rússia, o Brasil) e a aumentar.Suponho que se poderá chamar a isto um modelo de integração de alta segurança.
Em relação à teoria dos cérebros, reparo que segundo um estudo do FMI, alguns dos principais países com fuga de cérebros para os EUA são Taiwan, a Coreia do Sul e as ilhas Fiji, onde milhares de jovens académicos, sufocados com tanto subsídio, só sonham em tornarem-se self-made men americanos.
São teorias interessantes. Por um lado, porque estudos da London School of Economics revelam que os EUA e a Grã-Bretanha são os países ocidentais com menor mobilidade social e maior fosso entre ricos e pobres. Por outro lado, os EUA são também o país com maior número de prisioneiros do mundo em termos absolutos (mais que a Índia, a Rússia, o Brasil) e a aumentar.Suponho que se poderá chamar a isto um modelo de integração de alta segurança.
Em relação à teoria dos cérebros, reparo que segundo um estudo do FMI, alguns dos principais países com fuga de cérebros para os EUA são Taiwan, a Coreia do Sul e as ilhas Fiji, onde milhares de jovens académicos, sufocados com tanto subsídio, só sonham em tornarem-se self-made men americanos.
Jorge Palinhos
2 comentários:
Tendo em conta o que foi escrito no último parágrafo, não me parece que a "fuga" seja de "cérebros muito inteligentes"...
Quem já andou por países ditos pouco desenvolvidos, como os da América latina por exemplo, saídos de ditaduras impostas pela grande potência vizinha, a que se seguiram, nos anos 80, as políticas liberais importadas, constata a flagrante diferença entre classes sociais e verifica também que mesmo para classes favorecidas a situação não é muito feliz. A insegurança é constante e não se vive naturalmente. Só quem não sai deste rectangulozinho é que pode desejar políticas que desprotegem completamente os mais inaptos, os mais fragilizados.
Apesar da discussão da diferença entre esquerda e direita estar completamente fora de moda, arrisco-me a dizer que, para mim, é entre uma sociedade que coloca ao dispor das pessoas o mínimo para elas se sentirem confortáveis e então poderem trabalhar e produzir para o bem comum, e outra que diz: “produzam e depois logo compram o que quiserem”.
Marlon
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