

Já o correspondente da BBC, John Simpson, que participou no programa, considerou que lhe foi difícil cobrir os protestos e os incêndios. "o difícil foi encontrá-los, não aconteceu como estava á espera. No entanto, encontrei algo diferente do que muita gente pensava: não foi uma guerra”, disse.
Daniel Schneidermann considerou ser inevitável em televisão não haver
distorção da realidade, devido á natureza do media. As câmaras focam o que mais interessa, que neste caso foram os carros incendiados. Dão-lhes um destaque muitas vezes desproporcionado. E dá como exemplo as imagens que passaram na televisão russa, que davam a impressão que a França estava toda em chamas. “E é claro que a França não estava a arder”, disse o jornalista e apresentador. No entanto, considerou que algumas das críticas dos media internacionais tinham razão de ser e a França tem de as levar a sério. Destaca, nomeadamente, o falhanço da forma como a França tratou a integração dos imigrantes, e também o não funcionamento do seu modelo republicano. Para Daniel Schneidermann “deve ser levada a sério a observação que os jornalistas ingleses fizeram segundo a qual, a nossa liberdade, igualdade e fraternidade é uma treta há mais de 50 anos”.

4 comentários:
O'Reilly nao é um jornalista, é um pregador na boa tradicao americana, como os outros zelotas da FOX. Com uma agenda politica determinada com varios dias de antecedencia nos think tanks da Olin Foundation e outras organizacoes neo-nazis, os jornalistas da FOX recebem um memorando todas as manhas com as expressoes a utilizar e as noticias a empolar nos "FOX Alerts!" que se repetem de 20 em 20 minutos. Os factos nunca atrapalham esta escumalha, e quando a FOX quer lancar um boato comeca as "noticias" com "Some say that..."
De facto os media conseguem dar uma dimensão às coisas, que acaba por nunca se saber a verdadeira dimensão do acontecimento. Normalmente tornam relevante apenas uma parte da história, o que não deixa de ser uma distorção da própria realidade. Realidade essa que eles têm a obrigação de transmitir da forma mais objectiva possível.
As nossas televisões deram a mesma perspectiva que as outras. Apostaram na árvore e esqueceram a floresta. Será correcto, segundo o ângulo deles?
Nunca se consegue abarcar toda a realidade. Tem de se ir ao âmago das coisas. Qualquer que seja a análise, ela é sempre parcial. Os media são uma extensão daquilo que nós somos.
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