O único critério é estar farto de meias-tintas.
O voto será este:
«Francisco Anacleto Louçã nasceu em Lisboa e tem 48 anos.
Actividades políticas
Participou da luta contra a ditadura e a guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso na Capela do Rato (Dezembro de 1972); libertado de Caxias sob caução. Adere à LCI em 1973 (transformada em PSR em 1979) e faz parte da sua estrutura da direcção quando do 25 de Abril de 1974, participando na luta política desde então.
Escreveu ou fez crónicas de rádio em diversos órgãos de comunicação social (O Jornal, Público, TSF, Antena Um, etc.)
Fundador do Bloco de Esquerda em 1999 e membro da sua direcção desde essa data. Eleito deputado por Lisboa em 1999, reeleito em 2002 e em 2005. No Parlamento, pertence às comissões da área de economia e finanças e, durante uma legislatura, pertenceu igualmente à comissão de liberdades, direitos e garantias.
Foi um dos intervenientes na preparação da reforma fiscal parcial de 2000, de que algumas medidas emblemáticas foram logo revogadas pelo governo Guterres e depois pelos governos das direitas. Fez parte de várias comissões de inquérito e dirigiu a bancada do Bloco de Esquerda no parlamento durante alguns anos.
Apresentou e defendeu inúmeros projectos de lei da sua bancada, alguns dos quais foram aprovados nestas três legislaturas: criminalização da violência doméstica, acesso livre à contracepção de emergência, despenalização do consumo de drogas e nova política para a toxicodependência, legalização das medicinas alternativas, lei sobre a informação genética e pessoal de saúde, redução dos prazos do trabalho a prazo, novas políticas fiscais e outras. Defendeu projectos que foram recusados, nomeadamente sobre a criação de um imposto sobre as grandes fortunas, sobre as regras para o levantamento do segredo bancário para efeitos de combate à fraude fiscal, generalização da banda larga, separação entre drogas leves e duras, administração médica de canabinóides em doentes terminais e crónicos e outros.
Participou como convidado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre e em diversos fóruns e contra-cimeiras na Europa. Participou nos movimentos sociais contra a guerra imperial, com Mário Soares, Freitas do Amaral, Maria de Lurdes Pintasilgo, Boaventura Sousa Santos, Carvalho da Silva e muitas outras personalidades. É membro da direcção do Partido da Esquerda Europeia. Participou em conferências políticas em diversos países, como a França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suiça, Holanda, Bélgica, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Nicarágua, Equador, Colômbia e Argentina.
Em 2005, tendo sido convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
Publicou os seguintes livros de ensaio político:
Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)
Frequentou a escola pública em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996. Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Univ. Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).
Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; “referee” para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.). Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suiça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).
Publicou os seguintes livros de economia:
Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)
Terminou em Agosto um livro sobre “The Years of High Econometrics”, que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra»
Actividades políticas
Participou da luta contra a ditadura e a guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso na Capela do Rato (Dezembro de 1972); libertado de Caxias sob caução. Adere à LCI em 1973 (transformada em PSR em 1979) e faz parte da sua estrutura da direcção quando do 25 de Abril de 1974, participando na luta política desde então.
Escreveu ou fez crónicas de rádio em diversos órgãos de comunicação social (O Jornal, Público, TSF, Antena Um, etc.)
Fundador do Bloco de Esquerda em 1999 e membro da sua direcção desde essa data. Eleito deputado por Lisboa em 1999, reeleito em 2002 e em 2005. No Parlamento, pertence às comissões da área de economia e finanças e, durante uma legislatura, pertenceu igualmente à comissão de liberdades, direitos e garantias.
Foi um dos intervenientes na preparação da reforma fiscal parcial de 2000, de que algumas medidas emblemáticas foram logo revogadas pelo governo Guterres e depois pelos governos das direitas. Fez parte de várias comissões de inquérito e dirigiu a bancada do Bloco de Esquerda no parlamento durante alguns anos.
Apresentou e defendeu inúmeros projectos de lei da sua bancada, alguns dos quais foram aprovados nestas três legislaturas: criminalização da violência doméstica, acesso livre à contracepção de emergência, despenalização do consumo de drogas e nova política para a toxicodependência, legalização das medicinas alternativas, lei sobre a informação genética e pessoal de saúde, redução dos prazos do trabalho a prazo, novas políticas fiscais e outras. Defendeu projectos que foram recusados, nomeadamente sobre a criação de um imposto sobre as grandes fortunas, sobre as regras para o levantamento do segredo bancário para efeitos de combate à fraude fiscal, generalização da banda larga, separação entre drogas leves e duras, administração médica de canabinóides em doentes terminais e crónicos e outros.
Participou como convidado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre e em diversos fóruns e contra-cimeiras na Europa. Participou nos movimentos sociais contra a guerra imperial, com Mário Soares, Freitas do Amaral, Maria de Lurdes Pintasilgo, Boaventura Sousa Santos, Carvalho da Silva e muitas outras personalidades. É membro da direcção do Partido da Esquerda Europeia. Participou em conferências políticas em diversos países, como a França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suiça, Holanda, Bélgica, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Nicarágua, Equador, Colômbia e Argentina.
Em 2005, tendo sido convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
Publicou os seguintes livros de ensaio político:
Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)
Frequentou a escola pública em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996. Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Univ. Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).
Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; “referee” para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.). Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suiça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).
Publicou os seguintes livros de economia:
Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)
Terminou em Agosto um livro sobre “The Years of High Econometrics”, que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra»
10 comentários:
Todo e qualquer membro de um partido que tenha estado em lugares de poder e não tenha, pelo menos denunciado, o sistema de sinecuras e favores da máquina administrativa, são, sem excepção, coninventes.
Todos estiveram/estão envolvidos em, chamemos-lhe assim, "lobbys" que desviam quantias absurdas (até dou de barato que não é isto realmente que provoca o défice do Estado) em proveito próprio ou dos seus amigos.
E não me venham com, "ai, aquele? não", ou "alguns sim, outros não", mais pátáti, patátá, ou que uns estão mais envolvidos que outros...
Zemari, parece-me que um dos poucos tipos, talvez o único, que preenche o teu critério "ter estado em lugares de poder" (embora estar na AR não seja exactamente estar num "lugar de poder") e "ter, pelo menos denunciado o sistema de sinecuras e favores da máquina administrativa" é precisamente o Louçã.
O Estado Democrático assenta em três poderes: Legislativo, Executivo e Judicial.
Ó André: importas-te de repetir?
É evidente que a AR é um orgão de poder. O que não significa que ser deputado seja estar num lugar de poder, devido à natureza representativa do poder legislativo. Isto só é importante por causa das confusões e generalizações que por aí se fazem sobre "os políticos".
Pensemos precisamente no Louçã; é deputado, mas alguém acha que ele "tem poder", como p. ex. tem o PS? Ou dito de outra forma, que interesse teria um qualquer lobí na activbidade do Louçã na AR se ele sistematicamente perde?
Oh andré carapinha estás a meter os pés pelas mãos!!
Lamento, mas volto a insistir: estar num orgão de poder não é a mesma coisa que estar num lugar de poder. É preciso fazer um desenho ou há por aí dificuldades em entender a lingua portuguesa?
Eu ajudo, então, explicando-me como possa: um "lugar de poder" implica sempre o "poder de decisão". Right? Por isso podemos considerar que o líder da bancada parlamentar do PS ocupa um lugar de poder, ao contrário do Louçã.
A natureza da função de deputado é específica numa democracia representativa, e nem de perto nem de longe deve ser comparada à função de um governante. É que, como sabem, há alguns deputados que não pertencem ao "centrão", por isso não podem nem devem ser responsabilizados pelo estado pantanoso actual. É preciso muita prudencia com o discurso actual de "os políticos isto... os políticos aquilo". Infelizmente é o que me parece ressalvar do comentário inicial do zemari. No entanto, volto a insistir, os próprios critérios que ele utiliza são um convite ao voto no Louçã.
Salut! Les barricades: " Comme vous haissez les honnêtes, les simples, les purs, comme vous évitez leurs yeux innocents! Ce savoir plus vrai dont ils sont les représentants et que vous entendez en vous-mêmes douter à voix trop haute de vôtre croyance- comme vous cherchez à le rendre suspect em l´accusant d´être ume mauvaise habitude, ume maladie de l´époque,un abandon et une contamination de vôtre propre santé intellectuelle! Vous allez jusqu´à la haine de la critique, de la science, de la raison! ". Livre V: Aurore. F. Nietzsche, pág.274.Édition Gallimard,établie par Giorgio Colli/ Mazzino Montinari et Julien Herrier ; FAR.
Peço desculpa.
De facto, fui um bocado extremista nos termos que usei no meu comentário acima.
«Denunciar» não é o termo preciso e até pode ser redutor.
Devia ter dito desmascarar, desmontar de cima abaixo, «pôr a boca no trombone», «chamar os bois pelos nomes», escarrapachar anúncios nos jornais e nas revistas do coração, usar “flyers”, alugar helicópteros (há outras acções de campanha que custam mais e rendem menos)e lançar folhetos sobre as multidões, da Feira de Carcavelos aos estádios, mandar cartas, e.mails, contratar “cabeçudos” e “gigantões de andas”, reservar uma edição do “Metro” e outra do “Destack”, o que quiserem desde que tomem a atitude que se espera de um Bloco de Esquerda.
Enfim... uma atitude de esquerda.
Concordo que o Bloco é quem tem o discurso mais crítico/radical do sistema.
Não consegue é ter um discurso anti-sistema, porque faz parte dele, alimenta-o e engorda-se.
(...)
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Castoriadis sempre! " A corrupção generalizada que se observa no sistema político-económico contemporâneo não é periférica ou anedótica, tornou-se um traço estrutural, sistémico da sociedade na qual vivemos ". II. " Vivemos uma fase de decomposição. Numa crise existem elementos opostos que se combatem; ora aquilo que caracteriza precisamente a sociedade de hoje é o desaparecimento do conflito social e político ". III- " O totalitarismo é apenas a ponta extrema deste projecto de domínio, o qual, aliàs se inverte na sua própria contradição, visto que mesmo a limitada e instrumental racionalidade do capitalismo clássico se torna, no seu caso, irracionalidade e absurdo, como o demonstram o estalinismo e o nazismo ".IV " A oligarquia dominante é formada por um milésimo da população, percentagem que faria empalidecer de inveja a oligarquia romana". C. Castoriadis. Terceiro livro traduzido em português, " A ascensão da insignificância ", tradução de Carlos Correia de Oliveira, Editorial Bizâncio,2000.
FAR
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