A ouvir a rádio pelo que resta de noite escuto notícias de sondagens.
Sessenta e três por cento de portugueses inquiridos por uma sondagem de opinião manifestaram um desejo: as grandes superfícies deveriam estar abertas ao público durante todo o dia aos domingos e feriados.
É grave, é excessivamente grave.
A malta daquela faixa a partir dos 55 anos volta a atacar impiedosamente.
Pressinto mesmo um processo gerontológico em curso, vulgo PGEC.
E a coisa não se dá por acaso, não meus amigos. A coisa começa com um daqueles profes. que há anos não passam pelas salas de aula a fazer aquilo que os profes mesmo profes fazem: dar aulas. A coisa começa aqui. O que é que faz um profe. que, no fundo, não é profe.? Tem que justificar de qualquer forma o facto de andar por ali. E, como? Pois gasta uma boa parte da sua jornada de trabalho a contar piadas de gabinete em gabinete.
É obra!
Perguntem lá aos Gato Fedorento, ao Marco Horácio ou mesmo ao maluco do Tochas se aguentavam sessões de 'stand-up comedy' das 9 às 5! Era o aguentas!
E andam esses maduros a ganhar balúrdios!
Voltemos à sondagem.
É confuso, à primeira vista,o entendimento deste valor tão exagerado. A malta não tem grande poder de compra, a malta anda enrascada nos últimos vinte dias do mês. A malta gasta mais do mini-preço, do lidl e das outras superfícies que vendem produtos assim um pouco para o suspeito - e a razão é simples: é mais barato. Só lá vai (a malta) porque sim, a carteira não alcança mais.
( A propósito, leram aquela reportagem da última Pública sobre os produtos 'gourmet'?... É mesmo uma chapada nas vossas caras de frequentadores rascas de grandes superfícies, não é?... Está lá tudo: não podem encomendar um quilo de Beluga numa loja 'gourmet' mas podem passear ao Domingo às 18 horas no corredor dos enlatados de uma qualquer grande superfície. Estiveram apenas a um passo do caviar. Um pequeno passo para esta grande maioria que reclama o direito a frequentar as grandes superfícies não importa quando nem a que horas de expediente. Aí reside a sua força, aí residem os seus direitos!)
E, a despropósito, temos - na mesma Pública - a reportagem de um dia a abordar adolescentes para fins publicitários. O próprio 'modelo' se rebaixa à categoria de olheiro e se presta a fins que raiam o proxenetismo: tira medidas, dá esperanças, preenche fichas junto de escolas secundárias. Numas, os Conselhos Executivos alinham e noutras fazem vista grossa.
Impera, ou assim parece, imperar entre nós o Galo Cócó. Aquele da anedota: enterrado na areia, exausto, cercado pelos abutres (sessenta e três por cento dos abutres disponíveis, esclareça-se...) que aguardam com paciência o seu último suspiro, diz:
- Deixa-os pousar... deixa-os pousar...
S.P.N.P.O.V
(só para não postar outra vez)
Aquela gentinha dos profes continua com as desculpas esfarrapadas do costume quanto ao facto de não fazer greve. Continuam a invocar aquelas tretas costumeiras. Mesmo vendo todos os sinais, mesmo experimentando na pele todos os sinais, persistem na sua condição de avestruzes...
Um grande bem-haja para essa gente. Exportemo-los para o Iraque. Já!
1 comentário:
Eh Nanditos!... tás no teu melhor. Gosto da verve.
Aliás...
já sabias que gosto sempre mais de ti com a verve, assim, na melhor das formas.
bjinhs verviais
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