Na América o uso académico do conceito "Imperialismo" vulgariza-se nas élites intelectuais da nova Direita. Leia a análise de John Bellamy Foster, editor da Monthly Review, da qual destaco este excerto:
« De acordo com a Estratégia de Segurança Nacional da administração Bush, não há limites ou fronteiras reconhecidas ao uso do poder militar a fim de promover os interesses dos Estados Unidos. Face a esta tentativa de expandir aquilo a que só se pode chamar de Império Americano, intelectuais e figuras políticas estão não só a regressar à ideia de “imperialismo”, como à visão da mesma proposta pelos seus antigos promotores do século XIX, ou seja, como constituindo uma grande missão civilizadora. Comparações dos Estados Unidos com a Roma Imperial e com o Império Britânico são agora comuns na imprensa de referência. Tudo o que é preciso para torná-la plenamente aproveitável é libertar o conceito das suas velhas associações marxistas de hierarquia económica e de exploração – para não mencionar o racismo. »
4 comentários:
O Imperialismo, seja qual for a sua motivação, faz parte da herança genética da humanidade. A história está recheada deles. Comparo um pouco o aparecimento dos " Imperialismos ", ás doenças ou infecções oportunistas de um paciente com uma doença do foro imunitário. Quando as defesas estão fracas e vulneráveis, eles aparecem, e depois desaparecem..Não vale a pena tecer grandes considerações sobre isto, como as que vêm no "resistir.info" ! Basta estar atento aos sinais..
Caro Anónimo:
Para se compreender o Mundo é necessário, absolutamente, compreender a essência da História. E isto significa perceber a História fugindo a dois erros de perspectiva típicos: 1) que a História é linear, um caminho sempre "em frente" 2) que a História é uma repetição de paradigmas passados. Só compreendendo isto se percebe a noção de "momento histórico", e só percebendo-a se pode entender que o momento histórico presente é o da consolidação de um novo Império como não existiu algum, e que como único termo comparável terá o próprio modelo de império inscrito na nossa cultura, o Império Romano. Estes tipos que falam despudoradamente do "imperialismo" (que, ainda há uns tempos, tinha nas nossas mentes a justa imagem da violência e do racismo) são os arautos do novo Império, os novos Cíceros e Horácios.
É sempre preferível a tansparência à hipocrisia.
Que os "condottieri" americanos se assumam como imperialistas é apenas "chamar os bois pelos nomes".
Podem chamar-lhe neo-imperialismo, democratização dos estados, estratégia político-militar, o que quiserem, mas continua a ser imperialismo execrando acarretador de todas e mais algumas desgraças.
É diferente dos outros porque nenhum é igual. Nem será o último. Outros virão, mas também ruirão.
Vide "O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo" de Vladimir Ilitch 'Lenine', 1916.
Eis um blogue anti-imperialista.
Por isso o frequento.
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