sábado, 15 de outubro de 2005



Em 1976, em Évora, um comando internacionalista de anarcas afixou um panfleto à porta dos principais cafés da cidade.

Ficaram-me partes do texto: “Burgueses vocês não entenderam nada….As nossas plantações crescem lindas como as searas cooperativas do Alentejo…Vocês a falar de droga fazem lembrar as freiras a falar de sexo…Libertemos a droga, libertemos a loucura, desejemos sem limites.”

O Marciano, Eduardo Luiz Magno, argentino de Martinez de Hoz, fez parte do grupo.

Anos mais tarde recebi dele esta foto do Luxemburgo. Onde andará?

7 comentários:

Anónimo disse...

O PS tem uma ala de anarcas?

Anónimo disse...

Pela foto junto vê-se que, esse tal argentino era afinal, não um anarquista mas um sujeito com valores completamente burgueses. O que estaria ele a fazer em Évora? Seria um dos muitos provocadores da CIA, que proliferam pelo mundo inteiro, sempre que há algum indício de revolução?
Marlon

Armando Rocheteau disse...

O Marciano era dos mais novos do grupo. Anos mais tarde foi para o Luxemburgo e casou. Não me parece que tenha de ser o Marlon a passar atestados de conduta política e moral. Será de ser Brandão?

Anónimo disse...

Tanta plantação e acabou assim? Não devia ser genuíno o produto...
Tanto 'libertemos' e depois amarra-se assim, com os estereotipos todos? Afinal os 'desejos sem limites' eram iguais aos desejos mais limitadinhos...
Tanto barulho para quê? Para se comportarem como os próprios bisavós, cumprirem as bizarrias dos rituais mais tolos?? Há qualquer coisa que não confere entre o discurso e a foto. Ou se calhar confere, o que ainda é mais assustador.
Nem quero saber onde andará agora, pois temo que as notícias sejam terríveis: que bebe e bate na mulher, que ataca a secretária e a criada, que não deixa a filha saír à noite nem namorar com o preto, que obriga o filho a ser engenheiro quando ele queria ser bailarino, por aí fora...

Armando Rocheteau disse...

Ivone:

Não vejo o Marciano desde 77. Recebi a foto há muitos anos.
Mas este rapaz era cool. Não sei o que ele e a vida se fizeram um ao outro. Temo que a mulher e os filhos o surrem. Terá sempre lugar aonde eu estiver.

Beijinho

Anónimo disse...

Ivonicha,

A rica merece todo o meu respeito. Mas foi injusta. Penso que terá que ver com o trabalho que tem em aturar os marialvas dos seus companheiros de blog.

A menina cultiva cada fantasma.Brr|

Afianço-lhe que o Marciano é um homem sensível e com encanto. Em Évora, conheci muita jovem da JCP que abandonou a militância para se lhe entregar.
É verdade que, depois do período anarca, casou e partiu em viagem de núpcias com aquele Ferrari. Fraquezas.

Olhe que eu por si vestia-me de noiva, passava a frequentar restaurantes macrobióticos e votava no Jerónimo.

Just whistle.

Xi-coração

Anónimo disse...

Puxa, que coscuvilice.