LEMONDE.FR 25.05.04 15h00
L'intégralité du débat avec John Mason, directeur du département de sciences politiques de l'université William-Paterson de Wayne (New Jersey), aux Etats-Unis, mardi 25 mai, à 15 h .
Franco : Est-il absurde de comparer l'Irak et le Vietnam ?
John Mason : La réponse est bien entendu oui et non. Oui, dans le sens où l'armée de terre américaine est de plus en plus convaincue qu'elle peut gagner toutes les batailles au niveau tactique mais qu'elle est en face d'une défaite stratégique. Et non parce que les enjeux pour les Etats-Unis et pour l'Europe, dans le conflit irakien, sont beaucoup plus importants. On aurait pu perdre la guerre du Vietnam et gagner en Asie, mais il est loin d'être certain de pouvoir dire la même chose pour l'Irak.
Patus : Hubert Védrine a parlé d'hyperpuissance au sujet des Etats-Unis. Cette hyperpuissance peut-elle avoir un avenir en faisant fi de l'évolution de l'opinion publique internationale ? Existe-t-il d'ailleurs une période de l'histoire des Etats-Unis où ils ont été aussi contestés à l'extérieur ? N'est-ce pas le propre des empires de déchoir après avoir atteint un certain apogée ?
John Mason : Je pense tout d'abord que la notion d'hyperpuissance ou d'"empire américain", qui est un thème cher à la fois à la gauche et à la droite américaines, est une notion très contestable. Il va sans dire que les Etats-Unis sont actuellement une hyperpuissance militaire étant donné qu'ils dépensent à eux seuls autant que le reste de la planète. Mais, comme l'a bien remarqué Emmanuel Wallerstein, l'hégémonie économique américaine est en perte de vitesse depuis quelques décennies. Et les Etats-Unis sont devenus complètement dépendants de ses créditeurs extérieurs, à commencer par le Japon et la Chine, pour financer le niveau de leurs dépenses.
Comme beaucoup d'observateurs américains, je crains donc que ce moment de dominance unipolaire ne soit que transitoire. L'essentiel pour les stratèges américains était de préparer la transition à la multipolarité future, où les Etats-Unis ne seraient qu'une puissance parmi plusieurs autres dans un jeu de pouvoir compliqué. Bien entendu, le grand défaut de M. Bush et de ses conseillers était d'imaginer que l'emprise américaine sur la planète est une condition permanente que l'on peut prolonger à long terme. (...).
Desenvolvimento em
www.lemonde.fr/web/chat/0,46-0@2-3210,55-1334,0.html
L'intégralité du débat avec John Mason, directeur du département de sciences politiques de l'université William-Paterson de Wayne (New Jersey), aux Etats-Unis, mardi 25 mai, à 15 h .
Franco : Est-il absurde de comparer l'Irak et le Vietnam ?
John Mason : La réponse est bien entendu oui et non. Oui, dans le sens où l'armée de terre américaine est de plus en plus convaincue qu'elle peut gagner toutes les batailles au niveau tactique mais qu'elle est en face d'une défaite stratégique. Et non parce que les enjeux pour les Etats-Unis et pour l'Europe, dans le conflit irakien, sont beaucoup plus importants. On aurait pu perdre la guerre du Vietnam et gagner en Asie, mais il est loin d'être certain de pouvoir dire la même chose pour l'Irak.
Patus : Hubert Védrine a parlé d'hyperpuissance au sujet des Etats-Unis. Cette hyperpuissance peut-elle avoir un avenir en faisant fi de l'évolution de l'opinion publique internationale ? Existe-t-il d'ailleurs une période de l'histoire des Etats-Unis où ils ont été aussi contestés à l'extérieur ? N'est-ce pas le propre des empires de déchoir après avoir atteint un certain apogée ?
John Mason : Je pense tout d'abord que la notion d'hyperpuissance ou d'"empire américain", qui est un thème cher à la fois à la gauche et à la droite américaines, est une notion très contestable. Il va sans dire que les Etats-Unis sont actuellement une hyperpuissance militaire étant donné qu'ils dépensent à eux seuls autant que le reste de la planète. Mais, comme l'a bien remarqué Emmanuel Wallerstein, l'hégémonie économique américaine est en perte de vitesse depuis quelques décennies. Et les Etats-Unis sont devenus complètement dépendants de ses créditeurs extérieurs, à commencer par le Japon et la Chine, pour financer le niveau de leurs dépenses.
Comme beaucoup d'observateurs américains, je crains donc que ce moment de dominance unipolaire ne soit que transitoire. L'essentiel pour les stratèges américains était de préparer la transition à la multipolarité future, où les Etats-Unis ne seraient qu'une puissance parmi plusieurs autres dans un jeu de pouvoir compliqué. Bien entendu, le grand défaut de M. Bush et de ses conseillers était d'imaginer que l'emprise américaine sur la planète est une condition permanente que l'on peut prolonger à long terme. (...).
Desenvolvimento em
www.lemonde.fr/web/chat/0,46-0@2-3210,55-1334,0.html
16 comentários:
Desde há muito que a questão do apogeu e declínio da hegemonia do Império Americano (militar, política, económica, científica, mediática, cultural e sobre quase todas as ONGs) depende muito, muito mais, do Mundo do que dos Estados Unidos.
Acima de tudo, o Imperialismo da América – e isso é uma das virtualidades da globalização – está estreitamente interligado à evolução, em simultâneo:
- da União Europeia.
Até pode caminhar-se para a construção da tal Europa a 2 velocidades* com, por exemplo, duas espécies de moedas euro – os chineses têm o “yuan” (moeda de circulação nacional/internacional) e o “reminbi” (moeda de circulação apenas nacional) – ou qualquer outra solução técnico-financeira que a ciência não deixará de procurar e encontrar (vem do Homem, o Homem resolve).
- da Rússia, China, Índia e Irão.
Este alinhamento não é hierárquico em nenhum sentido. O “Continente Judaico-Cristão” terá de (já está a) “enfrentar” cada um destes poderes de “per si” e todos eles em conjunto. Mas eles também não deixarão de se “controlar” entre si.
Além disso, os Chineses e os Indianos contam com “sucursais do mais alto-nível” em todo o planeta, coisa que nunca aconteceu antes com qualquer imperialismo.
É um trunfo tão gigante quanto desconhecido nos seus efeitos que “os outros” vão ter de enfrentar.
- da sedimentação do mundo muçulmano
O Islão está a viver um crescendo e agitadíssimo trabalho de “parto”que tanto pode dar uma única liderança (de que tipo? descentralizada ou califado?) aceite da Indonésia, ao Quénia e à Nigéria. Ou haverá mais um cisma? Ou vários cismas?
- da evolução do Mercosul sul-americano
e da SADC-Southern African Development Community
- da ambição japonesa,
que faz tanto parte da cultura nipónica como o “sushi”. Para se ter uma melhor ideia destes “meninos”, lembremo-nos que este e outros pratos de peixe cru, embora sendo mais ou menos caros, sobretudo no interior, eram muito vulgares porque a sua confecção não exigia nenhum combustível, nem lenha, nem carvão, que nunca abundaram no Império do Sol Nascente.
Ou veremos uma coligação (que será sempre ténue) Judaico-Cristã-Nipónica?
*
O Silva e o Sacristão I exultaram por nos terem posto no comboio da frente.
Até nos deram bilhetes de 1ª classe.
Mas não se preocuparam em “dar-nos” saberes, instrumentos e meios (dinheiro tivemos nós!) para ganharmos para o almoço, a dormida, enfim para as despesas quotidianas de uma família que, sem emigrar, passou a “viver no estrangeiro”.
Resultado: estamos quase a ser “enxotados” para um bairro de lata e destinados a viver de esquemas. Sendo assim, não está tudo perdido. Nessa arte/ciência somos dos melhores e dos mais refinados, como provam os últimos cinco séculos da vida portuguesa.
Como sempre continuas a surpreender-me.
Grande reflexão sobre os dias de hoje.
Bjs
O Digníssimo zemari quer vender-nos a mundializacao( a sua virtualizacao) e as teses em contrabando do sacrossanto António Negri. Ora, a mundializacao só favorece a expansao e o poder dos mais fortes, em matérias primas, em matéria cinzenta, em demografia ou
em poder militar, como lembra Patrick Artus no livro mais recente que publicou: " Le capitalisme est en train de s ´autodestruire ", Outubro, 2005. FAR
Em continuação do post anterior, vou partilhar mais uma vez a "minha querida" Sophia,na luminosa e rigorosa limpidez dos seus versos:
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E o seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
( Linguagem mais simples e profunda
Em continuação do post anterior, vou partilhar mais uma vez a "minha querida" Sophia,na luminosa e rigorosa limpidez dos seus versos:
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E o seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Fez eco!!!
Porra Chita! Estou banzado, agora viraste intelectual e de esquerda. Fico feliz. Enquanto há vida há esperança e as pessoas podem sempre tornar-se melhores, nem que seja por amar um homem.
Caro anónimo
Os rotulos que me "cola".....são seus.
"Enquanto há vida há esperança..."só se for para si. Mostre a cara!!!
Alegro-me por o ter feito feliz, e fico feliz por não ter nada a ver consigo...
Há anónimos que são como os elefantes: não sabem onde põem as patas!
Olá
Chamo-vos a atenção para a petição online do B.Leza
obrigado
Nuno
A esquerda está de rastos à conta de gurus deste calibre. Um grande bem haja ao zemari@. Continuem que vão muito bem.
IRAK Tote seit 2003 :30 000 Irak Zivilisten + 1997 US Soldaten
HIGH TOLL IN IRAQ WAR 25.10.2005.
The number of American soldiers that have been killed in Iraq is nearing 2,000, two-and-a-half years after the war to oust Saddam Hussein.
The Iraq Coalition Casualty Count website, which gets its figures from the US government, lists 1,997 American soldiers killed in Iraq as of Oct 23, 2005. "Two thousand is a significant number and will resonate with the US public," said Charles Heyman, a senior defence analyst at Janes's Information Group in London. The Pentagon website says of the US dead, 436 were killed in non-combat situations. The number of British soldiers killed in Iraq stands at 97, according to Britain’s Ministry of Defence.
The death toll from the other countries in the coalition totalled 102, according to Coalition Casualty Count, including 27 from Italy, 18 from the Ukraine, 17 from Poland, 13 from Bulgaria and 11 from Spain. The website puts the total number of Iraqi police and guardsmen killed at 3,450. Civilian deaths However, the number of coalition troops killed is dwarfed by the estimated 30,000 Iraqis who have been killed since the invasion of March 2003, most of them civilians. Iraq Body Count, a peace group made up of UK- and US-based academics and researchers puts the number of Iraqi civilians killed at between 26,690 and 30,051. Iraq Body Count tallies casualties based on “medically reported civilian deaths … resulting directly from military action by the USA and its allies”.
The group’s website says there were over 7,000 civilian deaths as a result of military action during the “combat phase” in Iraq prior to May 2003. In the current “occupation phase” since then, the civilian tally also includes deaths “resulting from the breakdown in law and order and deaths due to inadequate healthcare or sanitation,” the Iraq Body Count website says. The casualty figures are derived from a study of media reports.
SOURCE: World News * http://www.iraqbodycount.net/
É muito dificil mudar depois dos 50?
Uma vez snob, sempre snob?
Quando não se assumem as origens é em definitivo?
Mau carácter não tem cura?
Ça m' est égal.
Olá Félix!!
O tamanho está em proporção á cobardia.....taaaanto!!!!
De facto para alguns é possível ter que chegar aos cinquenta anos para começar a tentar fazer amigos. Sabe-se mais, pensa-se que se ilude melhor, julga-se que os cifrões têm algum efeito!!! mas só que a amizade é um "exercício" que não é do pé prá mão... tem que se lhe diga, e para quem já exercita há muito tempo quase que sem querer percebe quando se aproxima uma criatura "podre".
Portanto largue-me do pé !!!!
Siga a sua vida, pois eu estou razoávelmente bem com a minha.
De amigos não me queixo!!!
PS:Se por acaso não conseguir resistir a essa sua infelicidade interior e quiser continuar a massacrar-me, arranje forma de o fazer noutro local, pois não me parece ser o blog o local apropriado,razão pela qual consigo será a última vez que intervirei.
Além disso é uma questão de elegância. Estamos á mesa....por
favor!!
Enviar um comentário