L'individu, enjeu de la gauche
Par Philippe CORCUFF, Jacques ION et François de SINGLY
mercredi 19 octobre 2005
L'intelligence du réel apparaît en crise dans la gauche française. Dans son réfrigérateur conceptuel, on trouve surtout des formules creuses à tonalité technocratique sur «la nécessaire conciliation de l'économique et du social», avec çà et là des restes rances d'économisme keynésiano-marxiste. La fin de l'hégémonie marxiste en son sein aurait pu ouvrir une ère intellectuelle de diversification salutaire de ses références. Ce n'est pas ce qui s'est passé : une régression anti-intellectualiste a pris le pas. Les trois pôles constitués jadis par le goût de l'élaboration théorique, par le souci de l'enquête sociale et par l'éducation populaire se sont affaissés. Des médias de plus en plus standardisés et une expertise dotée d'oeillères énarchiques triomphent à leur place.
La sociologie, apparue en même temps que l'idéal démocratique et que la société des individus, depuis toujours confrontée à la question sociale, peut proposer quelques repères pour alimenter un renouveau du débat, notamment concernant les processus d'individualisation. Car l'individu se présente encore bien souvent comme un ovni, mal-aimé et incompris à gauche. Ceux qui, sociaux-libéraux, admettent le cours néolibéral, en l'agrémentant de quelques édredons sociaux à la marge, font de l'individualisme un «mal nécessaire» lié à la puissance du marché. Quant à ceux qui récusent le néolibéralisme, ils réduisent fréquemment l'individualisme à un sous-produit de la marchandisation à combattre. Il n'y a guère d'individualistes heureux à gauche.
Desenvolvimento em
http:/www.liberation.fr./page.php?Article=331992#
11 comentários:
Apesar de encarar com muitas reservas quase tudo o que vem do " Liberation ", dou os parabéns ao " postador " pelo excelente artigo que colocou aqui no blog. Espero que a esquerdalha e a esquerda, frequentadora deste blog, saiba falar francês, e que reaja ao que aqui vem escrito. Era interessante.
Um pedido seu é uma ordem.
Este texto é particularmente estúpido.
Não sei se foi isso que disse, mas tem razão.De facto, é pura cretinisse.
E foram precisas três "cabeças" para parirem um aborto que bem exprimido só fede.
"Sociaux-libéraux"??
E há "light"?
Factos:
- 1874 - Revolução Americana
- 1879 - Revolução Francesa
- 1814 - Luís XVIII e o Terror Branco
- 1848 - Revoluções na Europa
- 1852 - Ditadura de Napoleão III
- 1871 - Comuna de Paris
O primeiro governo operário da história universal durou 62 dias, de 28/III a 28/V, e deixou obra.
E passou-se apenas um século da História!
Para bom entendedor, como o senhor parece ser, meia-palavra deve bastar.
O zemri@ até lê francês. Pena é que não tenha lido o artigo. E que a esquerda não se consiga libertar de Marx.
Eu pedi a "esquerda e a esquerdalha"..., e recebi! Tive um "filet mignon au proivre" e depois um bitoque do acém. Meus caros, os franceses para além de outros feitos, são 100% especialistas em arranjar álibis para os golpes de rins e cambalhotas que dão na política. Merecem pouca credibilidade. O problema não é o Marx, ( ou se é ou não é ), o problema é a imaginação criativa de certa classe política da esquerda francesa. Demasiado criativa e contraditória, que serve ás mil maravilhas a direita.
É possível o cristianismo renegar Cristo?
É possível ao neo-fascismo ignorar Mussolini, Hitler, Franco ou Salazar?
É possível existir sportunguismo sem Alvalade?
É possível falar de comédia cinematográfica sem os Irmãos Marx?
Só uma mente obnubilada e em adiantado estado de desagregação consegue vislumbrar uma esquerda sem Marx.
Bjs.
PS:
Relido o texto confirma-se a 1ª opinião: é um nojo nojento.
Cá para mim parece-me que não se leu Marx à séria. Creio que o falecido Cunhal o fez, daí ser tão "odiado" pelo dinossáurico candidato ao raio que o parta que dá pelo nome de Mário Soares.
O dr. Cavaco disse logo que se recusava a ler Marx. E respeitaram-no os Mestres da Academia onde ele se formou.
Cá para mim o Engels explicou as coisas de uma forma mais chã e ninguém fala nele. Até parece um Jerónimo de Sousa... sem netos...
Estou banzado.
Os meus comentadores preferidos são homens de fé. Sonham com o paraíso na Terra.
"A religião é o ópio do povo."
Abaixo o obscurantismo!
Excelente tema: Não deixemos o monopólio do indivíduo ( da pessoa ) nas mãos do neoliberalismo e na sua definição ( estrita ) como mais uma mercadoria.
Os regimes de diktat sempre lidaram mal com o individualismo. Foi sempre abominado pelos regimes comunistas ainda há pouco tempo extintos; Bakunine, Malatesta, Proudhon, entre outros, foram homens malditos...
Hoje, em França ( e aqui também ), o individualismo continua a ser tabu para a esquerda. Daí o não haver “individualistas felizes”.
É espantoso como a pregação do individualismo vem agora dos sectores neoliberais, sem dúvida “ com água no bico “...As voltas que o mundo dá! Ouve-se hoje em sectores neoliberais, coisas, como por exemplo: “ O Estado não tem nada que se imiscuir na educação dos meus filhos”.
E a esquerda e a sociologia, porque não entram no debate? Não me digam que o “projecto “ está no grande Estado Social...
Primeiro vamos falar daquilo que estamos a falar, para que não haja confusões.
Neoliberalismo – doutrina expressa pouco antes da II Guerra Mundial por economistas das escolas austríacas e francesas, reunidos à volta de W. Lippmann, Entre os seus princípios fundamentais está a crença de que a desigualdade das condições humanas desenvolve a iniciativa, o gosto pelo risco e o dinamismo produtivo.
Ou seja: o Homem é madraço e masoquista. Se não o desancam, dá-lhe a “fiaca”. (acho que já ouvi conversas parecidas acerca de pretos).
Ora, se não há produção, não há “mais-valias”. E isso é apertar o gasganete ao capitalismo inumano.
Não gramo estas adjectivações, até parece que há vários tipos de capitalismo, sendo o mais recente o“social-liberal”.
Para os seguidores daqueles "gurus" a solução é axiomática: tem de haver desigualdade para haver cada vez mais “mais-valias”.
Marxismo – Para os marxistas, a apropriação e a acumulação dessas “mais-valias” é extorsão, pois elas são o produto do sobretrabalho do informático, do bancário, do varredor da rua, do empregado do clube, do meu, do seu e, imagine-se, até do operário.
É a exploração generalizada do homem pelo homem, o que nenhum homem de bem pode aceitar. Antes deve considerar que tem o compromisso com a sociedade de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para diminuir essa barbaridade.
A talhe de foice: Marx editou «Fundamentos da Crítica de Economia Política» na 1ª metade do século XIX, à volta de cem anos antes do “brainstorming” de Lippmann.
Em segundo lugar, esta troca de comentários fez-me perguntar ao meu “zipper”:
- com que olhos relerei hoje Marx?
Uma coisa tenho como certa: os “Fundamentos” não mudaram.
Mas acho que vou tentar perceber quanto precisam de ser "actualizados".
Não confundir com "modernizados", se possível até à sua negação, como gostariam os funcionários do capitalismo.
Vasco Pulido Valente, Nuno Rogeiro e Pacheco Pereira são dos mais eficientes. Deviam receber 15º mês.
Et nous voilà na praxis…
Fazendo uma ponte com o comentário de Zémaria, também considero que o conceito da mais valia de Marx continua actual.
A questão que sempre se levantou e que continua a gerar polémica, contraditório, “ guerra”, reside na distribuição dessa mais valia. Todos querem a sua apropriação, mais que menos: Estado, Capitalista, Trabalhadores.
Países há que encontraram um razoável equilíbrio neste jogo de forças, até ver.
Como opinião pessoal, penso que o modelo do capitalismo triunfou. Aliás, pergunto-me se alguma vez deixou de existir, mesmo nos ex-estados comunistas, onde o Estado e a sua Nomenklatura tinham a fatia de leão.
E com um mundo global, o que se perspectiva? Estados-Nação a perecerem?
( será este o quadro onde poderá começar o debate sobre o Individualismo )
Vamos abrir mais umas portas abertas! Como os aprendizes do Diabo! Que nos diz António Negri, de chapa:" Nommer est un acte revolutionnaire? Il arrive aussi que cela soit le contraire. Le nouveau sujet est un " monstre", une créature hybridée,inventée. Cette absence de nom n ést pas commode mais elle a également une certaine efficacité: normalment nommer signifie´identifier. Et l´ídentification est la première étape de la neutralisation de cette force d´invention collective et sans nom qu´est la multitude ". Ora, no meio disto tudo, osmeus amigos estao a descurar a questão do projecto
super-autoritário incarnado por Cavaco e os seus muchachos . Não veio
noticiado que os anarquistas de Lisboa se tinham esfaqueado no início do ano? FAR
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