terça-feira, 18 de outubro de 2005


Foto de Francesca Pinna


PORTAMI IL GIRASOLE ch'io lo trapianti
nel mio terreno bruciato dal salino,
e mostri tuttu il giorno agli azurri specchianti
del cielo l'ansietà del suo volto giallino.

Tendono alla chiarità le cose oscure,
si esauriscono i corpi in un fluire
di tinte: queste in musiche. Svanire
è dunque la ventura delle venture.

Portami tu la pianta che conduce
dove sorgono bionde transparenze
evapora la vita quale essenza;
portami il girasole impazzito di luce.

Eugenio Montale

1 comentário:

Armando Rocheteau disse...

TRAZ-ME O GIRASSOL pra que eu o transplante/
para o meu terreno mordido pelo ar salgado,
e mostre todo o dia ao céu azul espelhante
a ansiedade do seu rosto amarelado.

Tendem para a claridade as coisas escuras,
esgotam-se os corpos num fluir
de tintas: e estas em música. Esvair
é assim a ventura das venturas.

Traz-me tu a planta que conduz
ao lugar onde surge a loura transparência
evapora a vida qual essência;
traz-me o girassol enlouquecido de luz.

Trad. deJosé Manuel de Vasconcelos, Assírio & Alvim