Olá,
Tennessee Williams chamava-lhe “o anjo das cinco horas”. O “drink” que ele bebia ao fim da tarde num período da sua vida em que todos diziam que a sua capacidade criativa tinha acabado.
Five O’ clock angel. I think of you . How you always get me through.
Não era uma gaja, não. Era talvez aquilo que o Keith Richards gosta de beber no Bemelmans Bar no Hotel Carlyle de Mannhattan e a que ele chama de “lixo nuclear”. Pois outro dia estava a olhar para umas fotos antigas. Estavam lá caras que já não existem. Eles. Elas. Tinha comigo o meu “five O’clock angel”, neste caso um “cuvée” australiano. Não mau. O que não é de admirar. Isto porque durante meses meses e meses tentei encontrar um vinho australiano que fosse mau. Tenho a dizer-vos que é difícil. Australianos não sabem fazer zurrapas. Nesses meses todos encontrei um (1) vinho australiano … zurrapa.
Pois com o “five o’clock angel” “cuvée” australiano olhei para as fotos e lembrei-me:
Empty space
Where once I saw a face
Memory stands by me now
I feel the passing of the years
Bitter teardrops
I see shadows everywhere
But I still carry on
Though there’s a lot of good ones gone
Peter Wolf
Abraços,
Da capital do Império
Jota Esse Erre
4 comentários:
quase zen (?)
A zurrapa anda a fazer-te
mal, JotaEsseErre. Abraço.
JF.
Pois é, enquanto uns produzem cada vez mais grandes vinhos (que infelizmente ainda não tivemos ocasião de provar), outros fazem campanha para arrancar cepas...Felizmente, ninguém nos vai tirar aquelas « cuvées » famosas que já existem !!!! e há quem, na velha Europa, investe muito na inovação e na pesquisa, mesmo aqui em Portugal!
By the way, fomos (O Zemanel e eu) ver o « There will be blood »..o assunto não é novo, mas o papel do Daniel D.Lewis é grande. Gostei do ambivalente « I'm finished » do fim.
Annie
JSR: Os encontros mais fascinantes são, nos dias de hoje, nas lounges dos hotéis. Com álcool ou sem. Mas com raiva e sabedoria,claro. Bom vinho! FAR
Enviar um comentário