quinta-feira, 9 de março de 2006

Crédito: estamos a ficar mais sérios?

Depois das notícias alarmantes sobre o endividamento das famílias, ao que parece a rondar os 115%, eis que surge outra notícia digna de destaque, a apontar para outra perspectiva do problema. Vem no Diário Económico com o título “dívidas incobráveis atingem mínimo histórico”. O interessante da notícia é que isto acontece numa altura em que o crescimento económico não aparece ou é ínfimo e o número de desempregados não pára de aumentar. Reza assim a estória:
“A evolução do crédito mal parado atingiu em 2005 um valor mínimo. De acordo com os dados do Banco de Portugal, o crédito de cobrança duvidosa representa apenas 1,9% do total de crédito concedido. Este rácio tem apresentado uma tendência decrescente ao longo dos anos, tanto no sector empresarial como no sector do crédito às famílias. Em 1998, a taxa de delinquência financeira representava 4,5% dos créditos concedidos.
(…)
Explicações
. Juros baixos limitam o serviço da dívida, logo o risco de incumprimento.
. Baixo custo do dinheiro leva a que, em caso de incumprimento, a dívida não aumente a um ritmo acelerado.
. Aposta no crédito à habitação limite crédito ao consumo das famílias e torna-as mais conscienciosas do risco de longo prazo.
. Maior maturidade do sistema financeiro obriga a um maior controlo do risco nas empresas e nas famílias.
. Apatia do ciclo económico obriga empresas a controlar os seus custos financeiros e a recorrerem a autofinanciamento.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Será que está a passar uma núvem negra por aqui ou estamos a ficar civilizados demais?
Quem rouba o ladrão já não tem 100 anos de perdão?
Isto está no tratado constitucional europeu?
Tantas perguntas afinal....
Estou chocada

Nina