quarta-feira, 22 de março de 2006

The Broken Column, 1944

The Bus 1929
*
Fui ver a Frida Kahlo ao CCB.
A força da exposição e a chuva,
levaram-me a ter saudades da minha barba à Trotsky.
Faz sentido?

13 comentários:

Anónimo disse...

Faz todo o sentido! Frida reacende o lado rebelde da nossa alma, o lado artístico, if you prefer...

Kane disse...

“ Não sou surrealista. Não pinto sonhos, mas a realidade que sinto...”

Bienvenida, Frida!

Anónimo disse...

Recebi dum amigo, o PCR, este magnífico poema que 'despejo' aqui.


Ser artista

Es convertir un objeto cualquiera en un objeto mágico.
Es convertir la desventura, la imbecilidad y la basura en un manto luminoso.
Es una enfermedad deslumbrante.
Es saborear el futuro, oler la inmensidad, palpar la soledad.
Es mirar, mirar, mirar.
Es escuchar el canto de Giotto.
La sonrisa de Leonardo.
El sollozo de Van Gogh.
El grito de Picasso.
La perfección de Mondrian.
El silencio de Duchamp.
Es desafiar a la razón, a la sociedad, a la època, a la muerte.
Es tener mujer e hijos como si fueran telas y pinceles.
Es tener telas y pinceles como si fueran armas de combate.
Es tener armas de combate como si fueran tubos de colores.
Es tener tubos de colores como si fueran pájaros vivos.
Es pintar el cielo estrellado como si fuera un basural.
Es pintar un basural como si fuera un cielo estrellado.
Es vivir como un príncipe siendo solamente un hombre cualquiera.
Es vivir como un hombre cualquiera siendo solamente un príncipe.
Es jugar, jugar, jugar, jugar.
Es cubrirse la cabeza de azul ultramar.
Es cubrirse las manos con amarillo de cadmio.
Es cubrirse el corazón de rojo escarlata.
Es jugarse la vida por una pincelada.
Es despertarse todos los días ante una tela vacía.
Es no pintar nada.

Jorge Eduardo Eielson

maloud disse...

As saudades da barba à Trotsky fazem todo o sentido. A Frida é mexicana e mulher do Rivera...

Anónimo disse...

Uauu Ivone.
Grande poema.

Anónimo disse...

Es una enfermedad deslumbrante...

tem tudo a ver

maloud disse...

Afinal as saudades da barba à Trotsy não faziam sentido. Eram folclore do PREC. Ingénua!

Anónimo disse...

Maloud
Havia mundos para além do PREC
E também havia vida para além da jangada.
Nem todos são daqui.
Alguns continuam a ser da Baía, Salvador.
Ser ingénuo pode ser uma atitude filosófica perante a vida.
Não é nenhum desprimor.
E pelo que li, a si só lhe fica bem.

Luis M.

Anónimo disse...

Eu acho que tem a ver com o facto dela ficar com os mamilos duros cada vez que via Trostky.
Seria da barba?
Seriam os óculos?
Who knows.
O machado cortou a raiz ao pensamento.

maloud disse...

Luís M.
Sou uma ingénua. Não me passou pela cabeça que tanto mar nos separava no Prec e agora. Mas continuo a achar que a barba à Trotsky faz todo o sentido, quando falamos da Frida Kahlo, dentro ou fora da jangada. Não acha?

Anónimo disse...

Frida Kahlo foi uma verdadeira mulher do seu tempo. O seu amor era alargado, e vivido com intensidade, que hoje muitos invejam. Era uma ingénua, porque acreditava em quimeras. Concretizou algumas e outras não.
Foi essa ingenuidade e pureza que lhe deu o impulso fundamental para o acto criador. É um privilégio de poucos. A barba era para ela um fetiche erótico, que utilizava como e quando podia. E queria.

jan

Anónimo disse...

Caríssimo Oli
Bem sei que a Frida e você caíram de amores pelo Trotsky. Mas olhe que o homem só não matou mais que o Estaline por o terem apagado.
Abraço

Anónimo disse...

Alto e pára o baile.
Não tenho procuração do Trotsky para o defender, mas não posso deixar de estranhar o puritanismo - e a vontade de excluir e proibir - que tomou conta desta "tertúlia".
Caluniar é fácil, mas o fundamento da aleivosia fica sempre no tinteiro, perdão, no teclado.
Toda a gente sabe que Trotsky arrasou a comuna anaquista de Kronstad.
Mas ninguém sabe o rumo que tomaria a História se ele tivesse aniquilado esse antigo seminarista e porteiro de clube nocturno, segundo Hugo Pratt, antes de este o decapitar.